Capítulo 77

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Pov Lyra Black

25 de dezembro de 1997

Eu ainda estava chocada, tentando entender a natureza daquelas afirmações, o que havia acontecido comigo, porque segundo Narcissa e Draco eu havia dormido por vinte dias, mas eu sentia como se fosse apenas algumas horas de um sono normal, com sonhos anormais.

- isso não tem sentido algum. - eu disse para eles que ainda estavam no quarto comigo. - como é possível algo assim?

- eu não sei como, mas Voldemort sabe que tem haver com o seu dom e ele quer saber se sua visão tem algo para ele. - disse Narcissa indiferente, mas me analisando.

- Não, não tem nada haver com ele ou a guerra, tem haver com a minha família, o passado dela para ser mais exata.

- o que quer dizer com isso? - perguntou Draco.

- é complicado demais. - respondi apenas e eles se entreolharam e depois olharam para mim com a feição claramente perturbada. Aquilo estava realmente me incomodando, o que estava acontecendo?

- Lyra, acho que devemos descer. - Draco sugeriu.

- por que? - perguntei impaciente.

- venha logo, Lyra. - ordenou Narcissa com menos paciência do que o filho.

Eu olhei de um para o outro e percebi que os dois realmente estava escondendo alguma coisa, mas certamente não iriam me contar, então se eu quisesse descobrir o que era, é melhor segui-los até lá embaixo.

- vou me trocar primeiro. - eu disse e pedi licença para que pudesse fazer isso.

Abri o meu guarda roupa e fui procurar uma roupa qualquer para descer. E enquanto mexia no mesmo, aquele pergaminho aonde Fred havia me respondido acabou caindo, então eu o peguei e deixei uma lágrima solitária cair dos meus olhos. - eu não aguentava mais ficar aqui longe dele.

Então me lembrei da minha visão do passado, aonde eu vi o meu pai e o que realmente aconteceu com ele. Regulus não morreu como um comensal desgarrado, ele morreu como um herói, tentando acabar com Voldemort e sua ou suas Horcrux.

Por mais que eu tenha ficado espantada, não foi surpresa nenhuma que Voldemort fosse capaz de criar uma ou várias, o cara era simplesmente obcecado pelo poder ou pela vida eterna. Imagino como deve ter sido morrer para um bebê de um ano de ida...HARRY! É isso que o Harry está procurando! Dumbledore estava caçando-as, então passou a missão para o Harry. Meu Merlin! Esse velho louco!

- Lyra? Está pronta? - Era Narcissa batendo na porta.

- um minuto. - eu disse ainda chocada com os fatos que juntei e me vesti rapidamente com um vestido preto e uma bota. Penteei os cabelos e abri a porta.

- vamos. - afirmei e ela é Draco se entreolharam mais uma vez e nós três descemos.

Estava de dia, acredito que no horário de almoço e a mansão estava completamente silenciosa, não haviam ruídos ou gritos de pessoas sendo torturadas, nem nada do tipo. Para ser sincera aquele lugar ficava mais assustador no completo silêncio do que no barulho catastrófico.

Narcissa e Draco caminhavam um de cada lado meu e pareciam tensos, Draco olhava para mim a todo momento pelo canto dos olhos e Narcissa olhava para mim também e desviava em seguida. Algo de muito estranho estava acontecendo, eu tenho certeza.

Chegamos na sala de jantar, acho que para o almoço e Narcissa empurrou a porta dupla, aonde para a minha supresa e desagrado apenas Voldemort, Lucius, Evan e Eric Rosier estavam sentados à mesa.

𝑴𝒚 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓𝒊𝒕𝒆 𝒋𝒐𝒌𝒆 - 𝑭𝒓𝒆𝒅 𝑾𝒆𝒂𝒔𝒍𝒆𝒚 Onde histórias criam vida. Descubra agora