Pov Lyra Black
01/01/1997
☆"Eu estava lá novamente, na caverna escura e estranha, e eu estava observando ainda mais de perto o homem e o elfo, de todo modo eu ainda não conseguia enxergar seu rosto com clareza, mas eu sabia que era um homem jovem, pela postura.
Agora eu conseguia ouvir um pouco melhor sobre o que os dois estavam falando.
- você...levar...destruir...Voldemort. - era tudo o que eu conseguia entender, pois o homem gemia de dor às vezes e era puxado pelos monstros.
Então ele mergulhava, não, ele era arrastado até o fundo, até que só restassem ecos das suas últimas palavras, movimento das águas e um estranho aperto no meu coração."
Acordei com uma terrível dor de cabeça e um desânimo imensurável, principalmente sabendo que hoje é dia primeiro de janeiro e o que isso significa.
Eu me levanteir e vesti uma roupa que eu comprei em uma loja, enquanto estava com o rosto transfigurado. Durante esses dias, desde o Natal eu vou até o beco transfigurada, as vezes para comprar mantimentos e roupas, mas todas elas são para vê-lo. Ele pareceu abatido e isso doía profundamente em mim.
Na noite em que tudo aconteceu eu sequer tive vontade de levantar da cama, eu queria afundar e afundar cada vez mais, até que isso me levasse à uma outra realidade ou que eu pudesse me esconder das minhas obrigações atuais.
Eu me levantei e com uma roupa e uma capa preta eu saí da pequena casa aonde estava me escondendo. E comecei a andar em direção à Borgin e Burkes. Eu estava distraída e olhando para o chão quando senti um impacto contra mim e caí no chão.
- me desculpe! - era Fred. Eu senti meu coração palpitar e tentar sair do lugar, eu queria sorrir para ele e beijá-lo, mas não podia.
- tudo bem. - eu respondi com aquela voz que não era minha, naquele corpo de uma mulher ruiva de uns vinte anos que também não era meu.
Ele estendeu a mão e me ajudou a levantar, mas assim que pegou na mesma eu senti um choque estranho e nossos olhares se encontraram por um longo momento, eu me afastei rapidamente. Ele pareceu ter percebido.
- Obrigada. - eu respondi e continuei a minha caminhada até a Travessa do Tranco.
Isso foi doloroso e apertou o meu coração, mas o pior de tudo foi a sensação da corrente elétrica que passava por nós. Era triste pensar nisso e ver que não vai voltar a acontecer, pelo menos não enquanto eu estiver lá.
Entrei na Travessa e haviam muitos bruxos e bruxas mal encaradas que me observavam e as vezes tentavam se aproximar de mim. Eu com apenas um gesto de mão ou da varinha os afastava.
Abri a porta da loja e ela parecia aquela lojinha de antiguidades da senhorinha aonde comprei a corrente para o Fred, exceto que no lugar de antiguidades interessantes, haviam antiguidades das trevas. Aquele lugar passava uma sensação extremamente sombria.
- o que deseja? - o homem perguntou secamente.
- estou procurando Severo Snape. - respondi no mesmo tom.
- e quem você seria para procurar Snape? - ele perguntou desconfiado e se aproximou de mim.
- alguém que eu pedi que me procurasse, obrigada, Borgin. - disse Snape surgindo de uma porta ao fundo com suas habituais roupas pretas esvoaçantes. Realmente algumas coisas nunca mudam.
O homem soltou um tipo de rosnado, mas logo me deu passagem para seguir até o meu antigo professor de poções.
- Snape. - eu cumprimentei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝑴𝒚 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓𝒊𝒕𝒆 𝒋𝒐𝒌𝒆 - 𝑭𝒓𝒆𝒅 𝑾𝒆𝒂𝒔𝒍𝒆𝒚
FanfictionPense em sua vida como um livro muito bom, o qual desejava ler há muito tempo, porém quando aberto há páginas faltando e a história já não se conecta com tudo o que te disseram sobre ele. Essa é a vida de Lyra, uma bruxa criada pela sua mãe durante...