Capítulo 20

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Os dias em casa começaram a passar, Fred ainda não havia passado aqui como prometera e um mês das férias já haviam se passado.

Depois da última carta, há um mês atrás, ele não me escreveu mais e eu obviamente também não.

Sempre que minha mãe saía para o trabalho, eu ia vasculhar o quarto dela em busca de algo sobre meu pai, mas eu não encontrei nada. Nem mesmo com feitiços.

Harry me escreveu de volta sobre Sirius, mas sua carta não foi muito esclarecedora, ela apenas dizia:

"Acredito em sua inocência e você também deveria, mas não posso te falar sobre isso por carta, o ministério está enlouquecido."

A carta de Harry foi tão esclarecedora quanto minha mãe, mas pelo menos me fazia refletir mais ainda sobre Sirius Black. Eu parecia estar me convencendo de que o mesmo era inocente e sem prova alguma. Eu deveria apenas acreditar na palavra de Harry e Dumblore sobre a inocência de Black?

Eu também não tive mais nenhum sonho revelador sobre minha mãe, mas sonhava com uma parede com uma tapeçaria horrível com nomes, todos Black. Eu também via o nome de Sirius, mas seu rosto parecia ter sido queimado. Nada muito revelador.

Hoje era dia 3 de agosto e daqui a menos de um mês eu estaria de volta na plataforma nove e meia e voltando para Hogwarts, para a minha redoma de vidro.

Minha mãe havia saído para trabalhar e disse que demoraria mais que o normal para voltar e que eu não deveria me preocupar, pois ela disse que estava fazendo um trabalho extra no ministério.

E falando no ministério, eles pareciam odiar Harry e Dumbledore, pois o profeta diário vivia atacando os dois, nem sempre em primeira página, mas sempre em um lugar de destaque.

As primeira página atualmente continha colunas dizendo que tudo estava bem no mundo bruxo e que não deveríamos acreditar em boatos sobre o retorno de você-sabe-quem.

Cornélio Fudge iria se afundar em sua própria ignorância e levar todo o mundo bruxo. É incrível o que o medo pode fazer com as pessoas.

Obviamente com a inimizade de Fudge com Dumblore haveriam mudanças em Hogwarts, mesmo que o ministério não tenha poder sobre a escola, eles estavam fazendo uma tática boa. As pessoas estavam com medo de Dumbledore e o que poderia acontecer com seus filhos debaixo do teto do castelo, aliás debaixo das asas do diretor, os alunos iriam descobrir a verdade sobre Voldemort, uma verdade que o ministro e o ministério não queriam aceitar de forma alguma.

Eu receio pelo nosso retorno, mas receio mais ainda pelos alunos que terão de continuar, até porque esse seria meu último ano, mas o de Harry, Hermione, Rony e Gina não.

Já era tardezinha, por voltas das 18 horas quando eu ouvi um barulho de aparatação dentro de casa e saquei minha varinha. Merlin, que seja minha mãe.

Com a varinha em punho, fui andando lentamente para dentro, pois eu estava no Jardim do fundo de casa.

Entrei lentamente sem fazer barulho e cheguei até a sala de estar, na havia ninguém então subi as escadas, minhas mãos já estavam um pouco trêmulas, mas tentei manter o foco e tirar coragem de algum lugar.

Enfim cheguei no corredor dos quartos e passei a primeira porta, mas então senti um braço agarrar minha cintura e uma outra tapar minha boca.

Eu comecei a espernear e tentar chutar por trás a pessoa, mas ele me girou e me prensou na parede me deixando de frente para ele. Fred.

- VOCÊ É IDIOTA?! - gritei o empurrando.

- calma, Lyra. Eu só não achei você quando aparatei, então pensei em procurar por aqui, mas vi você passando pela porta e resolvi te assustar. - ele respondeu com aquele sorriso que conseguia me desmontar inteira. Mas eu me mantive firme, aparentemente pelo menos.

𝑴𝒚 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓𝒊𝒕𝒆 𝒋𝒐𝒌𝒆 - 𝑭𝒓𝒆𝒅 𝑾𝒆𝒂𝒔𝒍𝒆𝒚 Onde histórias criam vida. Descubra agora