𝑴𝒚 𝒇𝒂𝒗𝒐𝒓𝒊𝒕𝒆 𝒋𝒐𝒌𝒆 - 𝑭𝒓𝒆𝒅 𝑾𝒆𝒂𝒔𝒍𝒆𝒚

Capítulo 72

Pov Fred Weasley

Seis longos meses se passaram desde que eu vi a Lyra pela última vez, desde as nossas últimas palavras, nosso último olhar. As vezes tudo parecia um pesadelo, que em breve iria acabar e ela estaria ao meu lado dormindo com o cabelo no rosto. Por muitas noites antes de dormir eu desejei isso, por todo esse tempo eu durmo na esperança de acordar com Lyra ao meu lado. Devo adiantar que não aconteceu, nenhuma vez.

No ano novo todos estavam comemorando a entrada de um novo tempo, mas na realidade estavam apenas escondendo a vazio que Lyra deixou em nossos corações. Nessa virada do ano eu desejei que pudesse ver Lyra uma última vez, apenas para saber se ela ao menos está viva.

Então na manhã do dia primeiro eu estava saindo da loja para buscar algo que a minha mãe pediu para levar ao almoço da toca, quando uma garota ruiva esbarrou em mim. Ela parecia com pressa e assustada, mas o mais estranho é que eu sentia como se a conhecesse. Quando a ajudei a levantar eu senti uma corrente elétrica passar pelo meu corpo e olhei em seus olhos, foi sem dúvidas uma sensação muito estranha, eu poderia chama-la de Lyra se ela não fosse tão diferente da minha namorada ou ex namorada.

Eu sequer tive tempo de perguntar seu nome, ela apenas agradeceu e saiu apressada para o lado oposto ao meu, me deixando plantado na calçada.

- era alguma prima nossa? - George perguntou chegando atrás de mim e me assustando.

- George, nem todas as pessoas ruivas do mundo bruxo são Weasleys. - respondi, mas ainda pensando na sensação de encontrar a garota.

George soltou um riso abafado e passou o braço pelo meu pescoço, me guiando até a aonde a nossa mãe pediu para irmos.

- como está se sentindo hoje? - ele perguntou.

- você sabe como. - respondi. - estou me sentindo hoje como eu me senti no dia vinte e cinco, vinte e seis, vinte e sete, vinte e oito, vinte e nove, trinta e trinta e um.

- ela vai voltar, só dê tempo a ela. - George respondeu meio sem graça.

- George, eu não acredito nessa história de fugir para o Brasil, isso não é a cara da Lyra. - respondi. - me diga, George, quando foi que ela fugiu de uma situação?

- você tá certo, Fred, mas não pode ficar pensando apenas nisso todos os dias. - ele respondeu ainda.

- tudo bem, tem mais alguma namorada que me abandonou que eu possa pensar? - perguntei ironicamente e George revirou os olhos e não respondeu nada.

Quando chegamos na toca, o clima não estava diferente do que estava no natal. A minha mãe tentava animar os outros, mas ela também sentia a falta da Lyra, Katherine estava parecendo doente, pois ela não se alimentava nem dormia direito desde que a filha sumiu. Sirius ficava cada dia mais inquieto e dando sugestões absurdas.

- ela pode ter sido sequestrada pelos comensais. - ele dizia quando estávamos todos reunidos na sala.

- Sirius! - minha mãe o repreendia quando via Katherine recomeçar a chorar.

- mas e se ela realmente só estiver no Brasil? - Gui sugeriu.

- ela não está no Brasil! - eu exclamei.

- como tem tanta certeza disso, Fred? - meu pai perguntou.

- eu só tenho. - respondi e olhei para baixo.

Era triste ver todos daquela maneira, desiludidos e sem esperanças de encontrar a Lyra, mas eu realmente não os julgo, foi tudo rápido demais.

- você deveria ter ido atrás dela, Fred! - Sirius exclamou.