Há tempos não fazia isso, me expressa, nem Twitter tenho usado mais, mas esse texto não tem destinatário apesar de aparentar ser em algumas partes.
Enfim, nos últimos quatro dias eu o vi duas vezes e amanhã vou vê-lo de novo. E me dá uma sensação ruim, como se o ser que você conheceu a um ano não fosse aquele, embora certas situações me mostrassem esse seu pseudônimo. Ainda é ele, mas é tão exagerado, forçado... E por saber e não querer isso, eu me afasto ainda mais. Confesso que saber que vou vê-lo me não anima e fico ainda mais decepcionada do que quando achava que não o veria.
Ontem fomos nós quatro num bar, pensei alegre que seria como no aniversário da nossa amiga eu que ri até doer a barriga, que esperei ele me beijar a noite inteira, que, no fim da festa curtiríamos um momento quase romântico... Ah besta eu fui. Assim como a festa de quarta, eu descobri a triste realidade de que não somos o que éramos.
Quase certeza que a culpa é totalmente minha: não acho mais graça nas piadas, não acho mais divertido o ver zoando os outros e, principalmente, não gosto de o ver gostando daquele jeito outras meninas.
Burra, idiota, controladora, masoquista! Depois da dispersão da neblina da paixão e da falsa promessa de "um dia" eu o vi, não só verdadeiramente, mas como um homem. Meu problema é que sou amiga de uma pessoa que eu amei e isso NÃO É POSSÍVEL! Tem uma relação entre nós, mas não é de amigo e fiquei sabendo disso da pior formar...
Ele, no bar, foi contar sobre sua vida amorosa e eu não consegui ouvir, não queria ouvir, meu inconsciente relutava para prestar atenção na conversa dela, mas eu me contive, precisava me conter.
Por que isso? Porque o amei, o sonhei como marido perfeito, como pai dos meus filhos, depois caí na real e sou ser humana depois pra ouvir sobre suas outras paixões numa boa. Se não posso escutar o que ele diz, se não posso aceitar suas brincadeiras, como posso ser amigo? Ah me aproveito dos momentos que não é preciso trocar ideias para resgatar o bem que sua presença me fazia.
Meu coração quebra um pouquinho a cada vez que sei que alguém quer beijá-lo ou que ele quer pegar alguém, quebra a cada gozação exagerada e desnecessária, a cada acontecimento que não considero certo. Mas daí deixo o coração de lado e minha razão (em quem eu devo confiar mais) me diz que tudo que quebra meu coração é o que faz dele um homem, um ser humano.
Torno-me então uma pessoa fria e chata, realmente chata, assumo, que não é legal conviver, mas, sinto muito, é apenas assim que consigo te ver e dormir a noite sem desejar-te.
Sinto muito meu querido, ainda te desejo tudo de melhor que possa ter mas percebo que não será do meu lado, sinto por te iludir, sinto por de deixar mal sabendo que também fui iludida, sinto por muitas mas sobre tudo, sinto pelo fim daquela gostosa e querida amizade, que encontre nos braços de outro alguém aquilo que não posso de dar pra ser feliz e nem você pode me dar.
16/06/13
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Para não sufocar
Non-FictionHistórias do meu cotidiano, desabafos, coisas que sinto e que preciso por em palavras para não sufocar, escritas ao longo de 9 anos e contando.