Eu sempre tive uma coisa de achar que tinha que ser lembrada quando partisse, que tinha que saber coisas importantes nessa vida para deixar meu nome na história, ser lembrada, até entrei na faculdade com esse pensamento, mas agora eu vejo como isso é trabalhoso. Pensei que o caminha mais certo para entrar na história seria o PIBIC, pesquisas importantes e tal, mas chegar a publicá-lo já é um trabalho enorme que não fico feliz de ter.
Algumas coisas mudaram esse meu pensamento de fazer meu nome, dois filmes bobinhos sobre câncer, e principalmente, o exemplo que tenho em sala da pessoa que faz PIBIC. Tudo bem, talvez eu tenha associado a pessoa dela (que está longe do que eu quero ser) com essa história de ser importante.
Primeiro, todos querem deixar seu nome na história simplesmente porque ninguém quer ser esquecido, é triste pensar que sua existência, uma hora, não será mais lembrada, então todos nos agarramos a esperança de sermos lembrados sempre, e se possível, por todos. Segundo, para se dedicar a algo, muito deve ser sacrificado, e isso é sério, eu já comecei uma vez e tive que optar pelo meu bem-estar ao invés de tentar, enfim, já dá para entender.
Agora estou sentindo que estou fazendo mais diferença do que com textos e pesquisas, o projeto me mostrou que o importante são as coisas simples, pequenos atos, um carinho, um sorriso, já mudam um dia ou uma vida. Aprendi com isso também que é mais certo se dedicar as pessoas que te rodeiam do que buscar reconhecimento em outros braços. Também é uma questão de lógica, não tem como 7 bilhões de pessoas serem conhecidas e "deixarem seu nome em história", então vamos aceitar que uma hora vamos todos morrer e aqueles que lembraram de ti também irão morrer, e viver amando quem está a sua volta é muito mais produtivo e belo do que todo o resto.
12/06/2015
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Para não sufocar
NonfiksiHistórias do meu cotidiano, desabafos, coisas que sinto e que preciso por em palavras para não sufocar, escritas ao longo de 9 anos e contando.