Minhas preces não foram totalmente atendidas, eu só fechei o olho para o problema, melhor assim, o que os olhos não veem, bem, o coração é meio burro e sente um pouco, mas... Está chato, ficar perto dele, ele também percebeu, apesar de abraçar muito bem e dizer bonitas palavras. Ele nem me forçou a ir à casa dele, esse ano que acabou foi como um muro, construído de tijolo por tijolo para nos distanciar. Nesse ano, eu me tornei eu, crítica e chata, e ele mostrou quem ele é, um jovem de quase 19 como qualquer outro.
O muro não pode ser derrubado, pode-se ouvir através dele, mas não se pode acreditar naquilo que não se vê. E vai ficando chato, não posso acreditar nas mensagens, ele podia ou devia estar bêbado. Sobre os testemunhos, em que eu depositei toda minha fé, hoje são motivos de piada, mas sem graça para mim. Eu sofro, e ninguém vê, ninguém escuta. Eu perdi a fé, perdi a fé nele, perdi a fé em mim, não quero o futuro, não quero tanta incerteza e duvida, não quero ter que me preocupar com namorado e opinião alheia, quero só o agora, um filme, uma música, uma dança, apenas o agora. E eu pedi para que me entretenham, para que aí não sobra espaço para esses pensamentos. Vamos dançar.
01/01/15
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Para não sufocar
Non-FictionHistórias do meu cotidiano, desabafos, coisas que sinto e que preciso por em palavras para não sufocar, escritas ao longo de 9 anos e contando.