Primeiramente quero me desculpar com vocês se o "ele" tão falado aqui não for o pai de vocês, ainda sou muito jovem e pouco conheço da vida então os sentimentos ditos aqui são os que me fazem perder o sono, chorar em silencio, refletir infinitamente.
Para minhas meninas escrevo na esperança de saberem que a mãe de vocês também se apaixonou um dia, que assim como vocês, sofria com isso. Não me tornarei outra pessoa ao ser mãe, mas temo seriamente esquecer como é ser jovem, ser criança, ao crescer, então ao lerem isso, por favor, me lembrem disso, acendam de novo em mim a luz da juventude, da inconsequência, da loucura, da amizade, da paixão, do amor.
Me sinto como uma pessoa que acabou de receber o diagnostico de Alzheimer, que teme o esquecimento, mas em parte, é isso mesmo, a vida adulta ofusca e enclausura a verdadeira vida. E se o "ele" for o pai de vocês, se deliciem com nossas histórias de amor, dois adolescentes em um dilema, um rolo, como eu rotulei. Aqui também falarei, e muito, dos meus amigos, que são de uma importância tão infinita que me emociono de pensar, apenas. Mais uma vez eu peço, meus filhos, que me lembrem deles se o tempo e a distância nos distanciarem.
Levem também esse livro aos meus netos, sobrinhos, afilhados e por várias gerações. Entreguem cópias aos meus amigos e espalhem o que acharem enriquecedor para todo o mundo. E não se esqueçam: "a vida é muito curta para se importar com tudo".
25/02/13
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Para não sufocar
Non-FictionHistórias do meu cotidiano, desabafos, coisas que sinto e que preciso por em palavras para não sufocar, escritas ao longo de 9 anos e contando.