CAPÍTULO 16

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Comentem,ajuda muito minha autoestima.

Madison Walker

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Madison Walker

   Entro em uma rua escura, se eu não tivesse morado em Londres por tantos anos eu diria que estou perdida, mas felizmente, sei me virar por aqui. Encaro as casas e prédios ao meu redor, lembro de quando era criança.

     Meu pai me levava pra passear pela cidade sempre que podia. Nós caminhávamos, tomávamos sorvete na praça e ele me fazia alimentar os pombos, pra perder o medo que eu sentia de todos os animais. Não era algo muito emocionante, sei que era só pra me fazer esquecer que minha mãe não estava em casa.

      Mas aí, no dia seguinte, era ele quem sumia. Eu ficava em casa com empregados, babás ou algum assistente da minha mãe. Logan começou a trabalhar comigo nessa época. Ele tinha doze anos quando a mãe dele virou assistente da minha.

      O garoto era fascinado por moda e estar na minha casa era uma realização pra ele. Nós brincávamos de desfile e ele sempre me colocava em um pedestal, como sua rainha, mesmo quando as outras garotas me diziam que eu não conseguiria. Mesmo quando Amberly, minha mãe, não via potencial em mim.

     Uma coisa importante, quando Amberly Stewart Walker conheceu meu pai, ela não era ninguém. A mãe era professora e ela era babá. Minha avó queria que ela se tornasse professora de universidade mas, ela queria poder então ela perseguiu meu pai por aí, como uma stalker, até ele decidir que estava apaixonado demais e precisava se casar. Não sei o que Joshua faz, ou o que meus avôs paternos fazem, sei que deve ser algo no governo. Também sei que tem sujeira demais então não me envolvo.

      Olho pra trás, saindo de meus pensamentos, e noto um cara totalmente de preto logo atrás de mim. Seus passos são rápidos e longos. Começo a andar ainda mais rápido, sem saber onde entrar. A rua está completamente deserta.

     Eu diria que sou mais rápida, mas os saltos e o vestido me impedem de me mover com precisão, fazendo com que um de meus passos sejam dois do cara atrás de mim. O garoto parece andar ainda mais rápido e me alcança.

-Ah, droga! Tá fazendo o quê aqui? - Ele bufa quando estamos lado a lado.

-Eu? Você não deveria estar comendo alguma depravada por aí? - Resmungo e continuo meu caminho.

-Seria mais emocionante do que estar aqui com você, tarde da noite. Você é tão estressante. Eu já tô cansado de você, dessa coisa mal resolvida. Isso tudo é culpa sua!

-Culpa minha? Sério? Não vou me desculpar por beijar alguém! Sou solteira. Você é quem tá agindo como uma criança por ter visto uma mulher solteira beijando um cara solteiro.

-Foram dois caras, até onde me lembro e você estava sem roupas.

-Certo, eu sou modelo, existem milhares de fotos minhas por aí com os seios de fora. Aliás, eu beijei um deles novamente essa noite. - Volto a andar, ignorando sua existência, tentando me manter longe.

-Pera aí, por que não tá com seus amigos agora?

-Porque estou indo pra casa. Será que você pode me deixar em paz?

-Por que não tá indo com um motorista?

-Porque eu tô afim de respirar! - Grito, parando e me virando em sua direção. Disparando palavras contra ele. - Se você tá cansado de ser enganado, imagina eu! Não tenho culpa se você sofreu por outra pessoa ou sei lá o que se passa na sua cabeça infantil e estúpida que não confia em mim, não tenho culpa de nada do que tá acontecendo. Eu tô cansada de toda essa merda, das pessoas me julgando e me olhando como se eu precisasse ser salva. Como se vocês soubessem o que realmente estão fazendo. Olha pra você antes de apontar qualquer um de meus defeitos, tá legal?!

    Ele me olha, o cenho franzido. Balanço a cabeça em sinal de positivo e volto à andar. Se meu coração continuar tão acelerado talvez eu morra em um ou dois passos.

-Meus amigos não vieram. Meu celular descarregou, não consegui pedir um táxi e não vim de carro,então estou indo andando.

-Não me interessa nada disso, Lando Norris!

-Beleza. Vamos só andar em silêncio então.

    Ele volta pra posição inicial, bem atrás de mim, andando lentamente. Ignoro sua existência, rendida pela frustração. Eu só queria um dia legal, um dia bom com meus amigos e foi tudo por ralo abaixo. Eu poderia culpá-lo por isso mas, meu ódio não partiu de vê-lo transar com Briona, mas sim pelo fato da minha mãe ser tão egoísta.

     Acredite em mim, não precisa ter pena daquela mulher. Ela é uma cobra, já fez coisas pelas quais uma pessoa normal seria presa, mas não ela, porque tá sempre encobrindo sua própria sujeira, culpando outras pessoas, fingindo que nada aconteceu. Manipulando tudo. Transando com o marido dos outros e destruindo relacionamentos pra ter o que quer. Traindo seu próprio marido, aquele que à deu tudo o que tem. Ela não destruiu só meu pai quando começou a agir feito uma sociopata.

      A caminhada se mantém em silêncio por mais alguns instantes, lágrimas pesadas ameaçam cair e eu tento as controlar encarando o imenso céu de um azul escuro quase preto.

-Quer entrar? - A voz de Lando reverbera atrás de mim.

-Aonde? - Olho pra trás e o vejo encostado em um corrimão.

-Moro aqui. Quer entrar ou não?

-Não, obrigada, eu vou pra casa. - Me viro e começo a andar. Ele bufa e se adianta, se postando na minha frente, me impedindo de continuar.

-Você mora há mais de dois quilômetros daqui, se não morrer de dor nos pés, vai morrer de hipotermia. Ou, pelas mãos de algum psicopata.

-Entra logo e me deixa continuar. - Tento ultrapassar ele, mas sou impedida.

-Madison, uma modelo não deveria fazer todo esse percurso. Eu posso pegar as chaves e te deixar em casa?

-Você pode sair da minha frente e parar de agir feito um idiota.

-Estou tentando ser um cara legal e te ajudar. Me perdoa pelas merdas que eu disse.

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