CAPÍTULO 104

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Madison Walker

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Madison Walker

     Fins de semana sempre passam rápido demais, nunca entendi o motivo disso. É triste, melancólico. Esse meu fim de semana foi resumido em minha casa, poucas horas de sono, sem Lando e com muito trabalho.

Na segunda de manhã estou sentada em minha mala, do lado de fora do prédio, quando uma van da McLaren se aproxima. Pouco discreto, o carro laranja parece ter uma energia animadora, o que me faz ainda mais querer voltar pra minha cama e dormir. Minha bateria social, nesse momento, é inexistente.

-Bom dia, garotinha. Parece cansada. - Lando diz assim que entro em sua carruagem, já transformada em abóbora.

-Bom dia, gatinho. Bom dia, todo mundo. Eu estou cansada. Só tive duas horas de sono.

-Terá mais duas em breve. Calma, respira.

Quando chegamos ao aeroporto estamos novamente em uma sala com pufes, o ponto fraco de Lando. Antes de se jogar ele me entrega seu celular e delicadamente se deita na enorme espuma encoberta por couro roxo.

Ele ergue seus braços retirando o blusão da McLaren que esconde uma camisa roxa. Estudo cada centímetro daquele tecido e é como se me passasse uma energia nostálgica, escondida entre suas costuras.

-Tudo bem? - Quando olho em seus olhos ele também está me estudando, cuidadosamente.

-Claro. - Digo balançando a cabeça quando fecho os olhos me recostando no sofá de couro branco.

Ao passarmos pela sala de embarque somos saudados por algum poucos fãs que estão no local. O que nos dá espaço e garante acessibilidade à eles. Tiramos algumas fotos rápidas para então entrar no avião.

-Sinto saudades das nossas férias, quando as fotos que tirávamos na praia éramos só nós, sem mais ninguém. Eu não me sentia ansiosa. - Digo me recostando em seu ombro.

-Ainda se sente ansiosa, mesmo com os remédios e as consultas?

-É como se a ansiedade estivesse grudada em mim. - Me acomodo mais em seus braços e penteia meu cabelo com seus dedos, como sempre faz. - Gosto de ver nossas fotos quando fico assim, fazem eu me sentir tranquila as vezes.

-Meu celular tá com você? Tenho algumas boas fotos nossa. São bem...espontâneas.

-Nenhuma comprometedora, né?

-Não! São fotos fofinhas. Tem alguns vídeos também.

Ele desbloqueia a tela e entra na galeria, me entregando o celular novamente. A galeria dele é basicamente nossa viagem. Vídeos dele e de seus amigos se jogando no mar do terceiro andar do iate. Enquanto eu e a namorada de Oliver assistimos tudo do deck, rindo deles.

Em um dos vídeos, Land escorrega e cai direto no mar, gritando pelo descontrole. Seus gritos nos arrancam algumas risadas e outros tripulantes em nosso vôo nos encaram com desaprovação no olhar.

Quando as fotos do summer break chegam ao fim passo para o lado, procurando por algo perdido, mas não tem nada nosso. Então apenas bloqueio a tela e devolvo o celular à ele.

-Você precisa apagar suas fotos deletadas. Apague elas de uma vez. - Murmuro de olhos fechados me aconchegando nele.

POR UM MOMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora