CAPÍTULO 35

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Madison Walker

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Madison Walker

    Ele não diz nada, acho que sua cara de confusão e seus olhos lacrimejantes são o suficiente. Minha respiração é curta, rápida, totalmente enlouquecida. Ele me puxa para seus braços, me mantendo perto, segura.

      Finalmente nos soltamos, encosto a cabeça em seu ombro, uma de suas mãos passam pelo meu rosto até o outro lado da minha cabeça, acariciando meus cabelos, enquanto liga o carro e dirige até o hotel.

      Chegamos no quarto, Lando avisa que precisa sair para comprar nossa janta. Nenhuma palavra, nada. Ele mal consegue olhar em meus olhos, ele mal consegue dizer o que precisa ser dito em voz alta, tudo que recebo é seu silêncio. Isso dói. Amá-lo dói. Saber que estou o envolvendo em uma grande confusão dói. Saber que se o pessoal de sua equipe soubesse sobre eles acabariam com essa relação e o quer que ela seja, ou signifique.

       Eu tô tentando não ser a garota que precisa de ajuda, mas isso tem sido tão difícil. Sempre que penso estar bem meu passado volta pra me assombrar. Acho que engoli coisas demais e agora elas estão voltando, me afogando. Meus ossos parecem congelados, minha cabeça dói, minhas têmporas ardem em chamas.

      Rolo na cama por algumas horas, nada dele, nenhuma chamada, nenhuma mensagem. Ele pode ter fugido e me deixado aqui. Ele pode simplesmente ter desistido disso, eu entendo, ninguém precisa de peso extra pra carregar e eu não quero ser esse peso. Se existisse qualquer resquício de forças em meus átomos eu me levantaria daqui agora e fugiria, mas acabo apagando. Ficando a sós com a escuridão que existe por trás de meus olhos.

       Acordo na manhã seguinte, encolhida no meio da cama, o vestido apertado já não comprime mais meu tórax. Meus saltos e os acessórios também não estão mais me completando. Tento me mexer e noto o braço dele enrolado em minha cintura com força, muita força mesmo, me prendendo contra seu peito. Quanto mais disperto, posso sentir sua respiração em meu cabelo, arrepiando minha nuca.

      Lágrimas rondam meus olhos. Eu não sei onde ele esteve durante oito horas do dia Quando chegamos aqui eram quatro da tarde, ele saiu atrás de "um jantar" e não voltou mais.

      Estico meu braço pegando o celular na mesinha de cabeceira. Sua mensagem brilha na barra de notificações.

"Zack me ligou, ele já está na cidade, nos encontramos e não consegui te avisar antes. Estou pegando nosso jantar agora. " - Lando.

      Respiro fundo algumas vezes, me levanto e saio, caminhando na direção do banheiro. Ele reclama, assim que abro a porta.

-O que tá fazendo? - Ele resmunga. - Volta pra cama, ainda tá cedo.

-Volta a dormir. - Respondo, fechando a porta atrás de mim.

     Na bancada da pia algumas de minhas nécessaires já estão organizadas, uma atrás da outra. Fito elas por alguns segundos e abaixo minha cabeça, balançando-a negativamente. Me abaixo no chão, minhas mãos ainda segurando a beirada da pia. Lando entra no banheiro e se agacha na minha frente, olhando pra mim enquanto boceja, seus olhos ainda parecem cansados.

-Vai ficar tudo bem. - Ele diz, apertando de forma carinhosa minha perna.

-Qual garantia nós temos disso? - Pergunto, procurando uma resposta em seus olhos.

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