CAPÍTULO 141

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Madison Walker

      Quando nosso carro estaciona frente ao prédio, Charles desce comigo, me acompanhando até a entrada depois que cochilei durante o caminho de volta. Me sinto estranha por tê-lo tão perto, sabendo que nós dois agora estamos divididos entre o carinho amigável que criamos desde que nos conhecemos, e a paixão que parece aumentar paralelo à isso.

-Seu quarto fica longe? - Questiono deitada em seu ombro enquanto atravessamos a calçada. - É bom que seu braço possa me acompanhar.

Não sei se são seus ombros largos, o casaco felpudo ou, até mesmo, meu sono, mas esse parece o lugar mais macio e confortável pra um cochilo. Eu poderia ficar aqui a noite toda. Passaria essas horas restantes sentindo o cheiro de sua colônia Armani e sua loção pós barba.

-É aquele último - Charles aponta para uma das luzinhas no fim da rua - foi o que a companhia aérea encontrou.

-Então a resposta é não - concluo quando chegamos ao saguão.

-Não é tão longe. Vou com você até o elevador. - Ele move o braço de maneira leve, que não desgruda minha cabeça de seu corpo. Seu braço me envolve. - Você não vai à corrida no Texas?

-Eu não sei - respondo em meio à um bocejo.

-Ah, - ele olha para o chão como se estivesse chateado - é um não.

-Não, isso não é um "não". - Respondo e mais um bocejo foge por entre meus lábios. - Não consigo raciocinar agora.

-Eu consigo - sua mão desliza por cima do meu casaco. - Preciso que você esteja lá. É meu amuleto da sorte.

Desencosto minha cabeça de seu ombro olhando em seus olhos, um sorrisinho malicioso toma conta de seus lábios mas, ainda assim, é tão doce e sereno.

-Tá mesmo me objetificando? - Coloco as mãos na cintura, irritadissa com seu comentário.

Ele sorri mais e se aproxima, puxando meus pulsos para baixo. A porta do elevador se abre e ele me guia para dentro.

-Jamais faria isso - ele se inclina, teclando o número do meu apartamento. - Quando o assunto é Madison Walker eu só sei ser feminista.

As portas se fecham e posso jurar que o ar puro ficou preso lá fora, ou nos lábios de Charles. Me inclino em sua direção, consigo sentir o calor em sua pele, louca pelo fervor em sua língua. O quero e sei que ele anseia pelo mesmo que eu, seu corpo me diz o suficiente quando se aproxima com suas mãos ainda prendendo meus pulsos. Balanço minha cabeça, fito meus pés tentando afastar pensamentos sórdidos que preenchem minha mente.

-Que foi? - Sua voz é grave, rouca e doce. Como ele consegue ser tão sexy?

-Eu...é... - Tento falar mas tudo que se passa em minha mente não cabe em uma única palavra. - Deixa pra lá.

Um leve bip diz que já estamos no meu andar. As portas se abrem e ele caminha, de costas, parando no vão, me encarando.

-Não ganho um beijo de despedida? - Ele me estuda de maneira calma.

-Que maldade da minha parte, não é mesmo? - Me aproximo dele, há poucos centímetros de seu rosto. Perto suficiente pra sentir o calor ardente em sua pele. - Achei que Carlos é que fosse conhecido por uma pimenta.

-Como? - Sua pergunta é quase retórica, como se ele não estivesse aqui.

-Nada. Boa noite, Charlitos. - Rodo sobre meus joelhos e beijo sua bochecha.

Um gemido de descontentamento escapa por entre seus lábios. Também quero beijá-lo, mas eu ainda me sinto assustada.

Desculpa pela demora guys!!!

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