CAPÍTULO 59

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Madison Walker

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Madison Walker

-Sei que tá machucado, sei que tá com medo. Eu também estou. Não sei porque disse que queria vir aqui quando meu cérebro tava gritando para eu não vir. Talvez seja porque eu vi Amberly hoje e eu só conseguia pensar sobre como não quero me parecer com ela.

-E o que isso seria?

-Deixar aqueles que amam. Não quero chegar ao ponto de ser fria e insensível. Trabalhando o dia todo e voltando pra uma casa vazia.

-E o que quer fazer? - Seu questionamento me pega desprevenida. Olho seu rosto e meus tênis. Quero sair, não quero estar em casa. Me levanto do sofá e estendo as chaves de seu carro para ele. - Vamos aonde?

-Nós vamos a algum lugar. - Respondo, apontando para seus tênis próximos à porta enquanto jogo as chaves para ele. - Você faz eu me sentir livre e quero que sinta essa relação como eu a sinto.

-Ainda temos uma relação?

-Nhe.

      Ele parece confuso, sei pela expressão em seu rosto que uma parte sua acha que isso não passa de uma piada. Caminho de volta ao sofá mas, dessa vez para puxá-lo.

-Aonde nós vamos? - Ele resmunga, puxando seu braço de volta.

-É segunda-feira, quase meio dia. Nós precisamos almoçar. Depois vamos sair por aí.

      Pegando as chaves, caminhamos até a McLaren laranja. Ligo o som, alguma música aleatória de sua playlist começa a tocar.

-Para qual restaurante?

-Casa Cruz.

-Não temos reservas.

-Não. Temos meu nome. - Digo piscando pra ele.

      Algum tempo de trânsito depois, paramos em frente ao suntuoso restaurante, frequentado pela high society de Londres. Talvez eu já tenha estado com meus pais aqui algumas vezes, mas nunca com alguém que me acompanhasse verdadeiramente.

-Olá, bem vindos. Reserva em nome de quem? - O senhor na porta pergunta, seu nariz elevado aos céus.

-Amberly Stewart Walker. - Respondo sem olhá-lo nos olhos. É, Amberly pode ser uma cretina, mas ainda tenho direito às suas reservas. Ela me pariu, ela que lute. Todas as segundas ela almoça aqui com meu pai, acredito que não hoje, mas a reserva está sempre lá.

-Estamos um pouco lotados hoje, senhorita Walker, mas já vamos conseguir sua mesa. Perdoe o inconveniente. - O senhor se dirige rapidamente à uma mesa, gesticulando para os clientes que a utilizam que saiam. O casal se encaminha para os fundos.

-Mad, o que tá fazendo? - Lando pergunta segurando meu braço. - Eles estão comendo.

-Por favor, relaxa. Eles estão aqui só pra cobrir as mesas. - Respondo. Seu olhar se torna ainda mais confuso. - Bem, eu espero.

     Um garçom se aproxima e nos leva à mesa. Nos servimos de carne, saladas e, para mim, vinho.

-É triste que eu não possa te acompanhar. - Lando diz olhando para a taça.

-Por que não?

-É race Week. Não posso beber. Preciso me manter focado. Pelo que entendi de seus planos, já vou perder meus treinos da tarde.

-Lando, hoje você vai ver isso com meus olhos, lembra?

-Isso quer dizer...? - Sua voz é hesitante, ele sabe o que quero.

-Vai beber, pelo ao menos uma taça. Tem que prometer que vai aproveitar o dia. Sem preocupações. Sem "e se".

     Minhas palavras voam, velozmente, até ele, que acena para o garçom pedindo mais uma taça para a mesa.

-O que realmente tá planejando? - Seus olhos me desafiam, a procura de respostas reais.

-Vou te colocar no topo do mundo. Quero fazer com você tudo que queria ter feito quando era uma criança seguindo meus pais por aí e não fiz por medo.

-Primeiro, posso ficar no topo do mundo se estiver em cima de você destruindo seus países baixos. - Suas palavras me atingem me forçando à usar as mãos para fechar minha boca.

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