Aquilo que buscávamos

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Abrindo os olhos vagarosamente, Levi sorriu com a imagem dos fios castanhos de seu amado decorados com as penas preta e branca que tirara de suas asas. Ele estava sobre si com a cabeça repousando em seu peito, ambos nus e cobertos por uma manta apenas da cintura para baixo.

Estava feliz. Realizado.

A pele bronzeada Do rapaz, antes imaculada, agora encontrava-se repleta de marcas de beijos e mordidas que não conseguiu evitar de dar assim como suas costas que, pela ardência, com certeza estava com grandes arranhados.

"Fizemos isso... Realmente fizemos." mordeu o lábio contendo a risada de felicidade que queria dar "Estamos casados... Mesmo que num ritual pagão, estamos casados." acariciou o rosto sereno do amado que logo tremeu as pálpebras num prenuncio de seu despertar:

- Bom dia, meu menino de olhos esmeralda.

- Bom dia... Amor meu... - o mais novo respondeu sorrindo com os olhos semicerrados antes te tomar seus lábios num beijo demorado.

- Dormiu bem? - sussurrou quando finalmente quebraram o contato.

- Maravilhosamente bem, -ele respondeu envolvendo-o num abraço- tu estavas ao meu lado afinal...

- E ao seu lado permanecerei, hoje e sempre, até que a velhice nos separe... -tomou a mão direita do moreno, beijando-a sobre a aliança de madeira talhada- Sabe, tua mão fica mais bela com esse anel a decora-la...

- Fica mais bela ainda quando entrelaçada na tua... - sussurrou em resposta antes de voltar a beija-lo. Estavam extasiados, sem espaço em seus corações para guardar tanta felicidade.

- Devemos vestir-nos... -o mais velho murmurou entre os beijos- Hoje partiremos em busca da seiva para o medicamento que vai curar-te.

- Não quero... -a resposta veio manhosa, acompanhada de beijos em seu pescoço e suaves arranhões no peito- Vamos ficar assim mais um pouco... Ama-me mais, Levi...

- Amar-te-ei quantas vezes quiseres depois de curar-te, meu menino de olhos esmeralda -acariciou o rosto do rapaz depositando um selar em sua testa antes de afastar-se- Aqui, veste tuas roupas - estendeu as peças para o mais novo que sentou-se com dificuldade.

- Tão mandão logo no nosso primeiro dia casados... -brindou avaliando as vestes que pegara, eram nativas, sem duvidas, mas...- Essas não são as roupas de ontem...

- Pedi ao Sani para separar algumas que cobrissem mais seu corpo para te proteger melhor durante a viagem. Os outros também devem ter ganhado algo parecido.

- Mas elas não estavam aqui ontem de noite, isso significa... -sentiu as bochechas esquentarem- Oh, deus... Que vergonha... Ele nos viu nus.

- Ainda não entendo todo esse pudor que os humanos tem com a nudez. Corpos são apenas isso, corpos. Embora o teu seja um que se dá prazer admirar...

- Pare de ser meloso ou não vamos sair daqui tão cedo - repreendeu com o rosto corado diante do sorriso matreiro que seu, agora marido, lhe lançava.

Após essa pequena troca de palavras passaram a se vestir com calma e se para Levi não houve qualquer dificuldade, para Eren esse momento foi... Complicado. Estava fraco pela doença sem duvidas, mas as consequências da noite passada faziam-se presentes em seu corpo principalmente da cintura para baixo. 

As marcas roxas causadas por beijos e apertos no quadril, coxas e virilha... As mordidas que perfuraram a carne e ardiam com a brisa não eram absolutamente nada comparadas ao desconforto doloroso que sentiu quanto tentou se levantar, chegando ao ponto de necessitar do apoio do amado que pediu mil desculpas por ter sido "rude demais" enquanto recitava uma prece de cura e lhe estendia seu cajado.

The boy and the demonOnde histórias criam vida. Descubra agora