The boy and the demon

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Os grupos estavam divididos. Erwin e Gabi em uma carroça simples e própria para viagens longas que compraram na vila e Hannah, Franz e Yimir naquela que tinham usado para chegar até ali. Enquanto isso, ainda do lado de fora dos veículos, Eren, Levi e Historia trocavam algumas palavras de despedida com a loira esforçando-se para que seu inglês tivesse o mínimo de sotaque possível. Ela lamentava por ter causado problemas a eles e mais do que isso, agradecia pela ajuda que lhe tinham dado até ali e queria expressar tudo isso em palavras antes de partir:

- Me desculpem pela pedra e... Em fim... Obrigada por tudo... - ela concluiu cabisbaixa, mas ainda assim sorrindo mínimo.

- Eu nunca a usaria mesmo se estivesse inteira. Não tens que pedir desculpas por nada... -Eren respondeu sorrindo de volta- Espero que consiga alcançar seus objetivos e vingar sua amada como tanto deseja, lady Historia - concluiu se curvando levemente e beijando a mão da jovem que dispensou o gesto cortês com um aceno.

- Para onde irá depois de denunciar teu pai? -Levi questionou levemente preocupado com o destino da moça- Imagino que não poderá voltar para Provins enquanto o julgamento da igreja não terminar e mesmo aí, não sei se te permitirão assumir o lugar dele depois de tudo o que aconteceu...

- Mesmo que permitam, não sei se desejaria voltar para aquele lugar... -sua expressão decaiu, embora o sorriso permanecesse ali- Foram momentos dolorosos demais os que vivi lá...

- Pedirá abrigo para algum dos nobres que tem aliança com tua família? - o moreno perguntou curioso a vendo acenar negativamente.

- Não... Na verdade pretendo denuncia-los também. -informou para a surpresa dos dois- A maioria sabia de tudo e mantinha silencio para usufruir dos milagres artificiais que as pedras filosofais podem criar... Não perdoarei nenhum deles e contarei tudo o que vi e ouvi nos últimos anos mesmo que isso custe minha vida também.

- Acreditas que tentarão silenciar-te? - ele continuou a questionar interessado no assunto.

- Isso também, mas existe ainda a chance de me sentenciarem a guilhotina por te sido cúmplice disso mantendo silencio por tanto tempo.

- Inacreditável... - sussurrou insatisfeito antes de olhar para o marido ao seu lado. Havia simpatizado muito com a moça, queria fazer o que estivesse ao seu alcance para a ajudar e felizmente Levi parecia pensar o mesmo, pois foi o próximo a tomar a palavra.

- Conheces a o Barão Bozard da Grã Bretanha?

- Já nos encontramos uma vez... -cruzou os braços sem entender aonde o hibrido queria chegar com aquilo- Soube que ele, o cunhado, a filha e o genro faleceram num motim. Os envolvidos estão foragidos junto do navio e parecem ter se tornado piratas... Mas por que queres saber deles?

- Eu os conheci. -informou simplesmente arrancando duas penas de suas asas, uma branca e uma negra, antes de entregar para a jovem- Envie uma carta para a baronesa com essas duas penas dentro do envelope e peça apoio e abrigo a ela. Diga, em nome da amizade que ela tem com o dono dessas penas, que ela retribua para ti o favor que fiz a ela.

- Obrigada... -ela sussurrou emocionada tomando os objetos em suas mãos com delicadeza- Muito abrigada, Levi. Serei eternamente grata por vossa gentileza... - abraçou a ambos antes de seguir para sua carruagem e partir com o grupo de franceses.

- Sobre o que estavam conversando? - Erwin questionou curioso atiçando os cavalos para partirem assim que o casal acomodou-se na carruagem deles.

- Apenas nos despedimos. Não foi nada de mais... - o hibrido deu de ombros recebendo um abraço do marido e de Gabi, permanecendo conversando com a garota e o alquimista no decorrer da jornada para afastar a mente dos problemas que sabia que estavam por vir.