The boy and the demon

A esperança reside em terras longínquas

Viram essa coisa linda na capa do capitulo de hoje? É um presentinho que ganhei da GiovannaMaria363 (j.c_jellycat) lá no insta. Sério, fiquei emocionada. É a primeira vez que alguém faz uma fanart de uma historia minha, meus olhos até lacrimejaram TvT

Você é uma fofa, Gi

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- Droga, Eren. Se estava sentindo-se mal devia ter ficado sentado e me pedido para cuidar dos pedidos! - a voz alarmada de Levi alcançava os ouvidos do moreno que, em meio a uma onda de vertigem, tentava raciocinar sobre os sintomas que vinha sentindo já a algum tempo.

E então ele se lembrou. Já havia visto aquilo antes em outra pessoa e os acontecimentos subsequentes praticamente destruíram sua família:

- Que infortúnio o meu... Pensei que escaparia, mas no fim teremos o mesmo destino... - lamentou em tom triste.

- Do que está falando?

- Num primeiro momento pensei que fosse apenas cansaço e dormências ocasionas nas mãos e pés, mas com tantos sinais já não dá para dizer que é apenas coincidência... O mesmo infortúnio que caiu sobre minha mãe parece estar me atingindo também... A temível doença sem nome que meu pai fracassou em tentar curar...

- Não... Não pode ser - desesperou-se o mais velho, agarrando as mãos de Eren um tanto tremulo.

- Infelizmente não há como negar... Vertigem, visão dupla, dores nos olhos... -o outro enumerou nos dedos com um suspiro- Dormência nos membros, formigamento, descoordenação e agora a fraqueza... São sintomas demais para continuar a fingir não ver.

- Eren... - teve a fala interrompida por um gesto apaziguador do rapaz de olhos verdes que se levantou rapidamente sem se deixar abater.

- Felizmente, se avançar ao mesmo ritmo que ocorreu com minha querida mãe, deve me restar mais alguns bons anos antes de cair de cama e então... -sorriu sem jeito- Bem, não me restará muito tempo depois disso.

- Tem que haver algo que se possa fazer... Talvez uma benção divina... - estendeu a mão iniciando uma oração que não surtiu efeito algum, quase como se deus se recusasse a curar o rapaz.

- Não gaste suas energias. Meu pai gastou anos de sua vida em busca de uma cura até desaparecer e o máximo que conseguiu foi desenvolver alguns medicamentos que amenizavam o desconforto.

- Não entendo como podes estar tão tranquilo com isso. Não fostes tu mesmo que me disse para viver e não desvalorizar minha vida?

- Bom, mais cedo ou mais tarde a morte atinge a todos... Não é como se eu quisesse morrer, mas também não há muito que se possa fazer além de lamentar, não é? Apenas... Aceito o meu destino... - o rapaz deu de ombros tentando voltar aos seus afazeres, sendo impedido por um braço pálido que se pôs em seu caminho.

- Não posso aceitar. -os olhos verdes se fixaram nos cinzentos que refletiam um misto de inconformidade e tristeza- Fiquei aqui porque queria estar contigo e agora diz-me que vou perder-te gradativamente para essa doença sem poder fazer nada para impedir?

- Levi. -a voz soou doce e apaziguadora, acompanhada de um carinho suave na bochecha do meio demônio- Tu, assim como eu, sabe que a morte não é o fim... Além disso, não é como se eu fosse morrer hoje mesmo. Ainda tenho tempo e pretendo vive-lo da melhor forma possível, assim como te disse para fazer naquele dia.

- Não. Não posso permitir que se conforme assim. Eu encontrarei um meio... Estive estudando muito sobre medicamentos contigo, deve haver algo, alguma combinação que funcione para curar-te - com essas palavras ele se pôs a revirar os manuscritos de Eren que já havia lido e os que não lera também. Precisava de algo, nem que fosse uma única fagulha de esperança para se agarrar. Levi não deixaria aquele garoto que aprendeu a amar, morrer.