Capítulo 25 :

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Xxx: Está sim, Carlinha. — Júnior se aproxima — Ele fraturou a pata, mas nada sério demais. Fizemos um raio-X e o máximo que ele precisou foi enfaixar. Vou passar um anti-inflamatório. — Aliso a cabeça do Chaplin enquanto o veterinário anota no papel.

Junior: E você, como está? O que anda fazendo da vida além daquele blog?

Carla: Estou bem! E aquele blog é meu trabalho. — Lanço um sorriso rápido e sarcástico.

Junior: Não quis ofender.

Júnior, além de ser o veterinário do Chaplin, é meu ex-namorado. Tenho um carinho imenso por ele e pelo que vivemos; mas esse jeito dele de debochar do meu blog me irrita.

Junior: A gente devia marcar algo qualquer dia. Estou solteiro.

Carla: Não. Vamos limitar nosso relacionamento a isso. Melhor assim. — Seguro Chaplin nos braços e o coloco na cesta acolchoada dele. — Obrigada pelo cuidado com ele. Sabe o quanto o amo e fico preocupada.

Junior: Eu sei. — Ele me entrega a receita — Daqui a quinze dias você volta para que eu possa repetir os exames. — Concordo, me despedindo com um beijo rápido no rosto dele.

Pago a consulta com a recepcionista e sigo meu caminho. Volto para casa mais tranquila por ver que o Chaplin dorme mais tranquilo. Parte meu coração vê-lo com a pata machucada, mas o que importa é que ele está bem.

Passo o resto do dia observando ele. No final da tarde ele fica mais animado. Ainda está sob efeito do remédio. Anda com sono e só levanta para comer, beber água, ou fazer suas necessidades. Não geme mais com dores, a que me dá um alívio imenso. Sofro por ele.

Preparo um lanche rápido para mim e sento na frente da TV. Não tenho a mínima vontade de escrever nada. Estou com muita raiva. Tive as últimas vinte e quatro horas bem movimentadas. Ligo para Perola, que quando eu conto o que aconteceu, ela aparece em menos de meia hora.

Quando entra, vai logo em direção ao Chaplin para vê-lo.

Perola: Que maldade, meu amor. Titia ficou tão preocupada. — Sorrio com o jeito que ela conversa com ele.

Carla: Obrigada por ter vindo, amiga. E aí, tem novidades? — Caminho até ela, que me olha preocupada.

Perola: Carla, o que você vai fazer? Olha lá, hein?! — Ergo o braço.

Carla: Nem comece. Ela me provocou. Só não vou deixar por isso mesmo.

Perola: Tudo bem. — Ela dá de ombros — Nesse horário ela está na academia e fica por lá durante umas duas horas. Se ficar na frente do condomínio que ela mora, logo dará de cara com aquela vagabunda, já que ela não está de carro.

Carla: Valeu! — Solto um beijo no ar — Agora é minha vez.— Perola balança a cabeça negativamente.

Passei a tarde inteira pensando no que fazer, mas como não sou uma mulher calma e paciente, não aguentei. Acabei ligando pra Perola e pedi o endereço, ou qualquer lugar onde a Lorena pudesse estar hoje.

Como ela conhece todo mundo e é amiga de muitos paparazzis, não demorou para chegar aqui com a informação. Pego um uber. Já que estou nervosa e ansiosa, não tenho condições para dirigir. Seria irresponsabilidade minha fazer isso. Paro em frente ao condomínio de luxo, pago a corrida e desço.

Ando até a calçada e fico encostada próximo ao portão pequeno. Confiro o relógio a cada minuto. Melhor que demore mesmo, já que minha raiva só vai aumentando.

Meia hora depois, eu a vejo caminhando em direção ao prédio. Não espero que ela chegue perto, já que não pretendo dar show na frente de porteiro ou vizinhança. Meu corpo inteiro treme.

Carla: Olá, vadia. — Assim que ela me vê, fica pálida.

Lorena: O que está fazendo aqui?

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