Capítulo 8 :

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Arthur: Você traiu o marido e eu que acabei levando suspensão, vê se pode! Ainda tenho que tomar partido. Faça alguma coisa você, isso não é problema meu. Você devia ter sido fiel ao seu marido, já que queria preservar seu casamento. Se não tivesse se ajoelhado entre minhas pernas, nada disso teria acontecido.

Lorena: Você é um idiota mesmo! Ela está usando você para me atingir, seu estúpido! — Levanto a mão, e caminho até ela.

Arthur: Ou seria você que está querendo me usar para ficar com brigas de menina contra a tal jornalista? Deixe essa mulher falar o que quiser. Daqui a pouco vai esquecer isso tudo e partir para outra celebridade. — Ela revira os olhos.

Lorena: Certo! Pois espere aquela víbora fazer mais uma nota maldosa sobre você. Estarei assistindo de camarote. Aí vai me dar razão. Aquela ali eu conheço muito bem. Ela não vai sossegar. — Lorena sai do meu apartamento batendo a porta.

Que inferno!

Como se já não bastassem os problemas que tenho, ainda me aparece essa fofoqueira. Tudo bem que eu já ouvi muito falar dessa tal jornalista e blogueira, mas nunca fui muito ligado à internet, então evito ler matérias sensacionalistas. Nunca dou ibope, então não faço a mínima ideia de quem seja. Se passar na minha frente, eu nem reconheço.

Fico com isso martelando na minha cabeça, até ligar para o meu assessor e pedir o endereço da mesma. Hoje eu vou atrás de saber quem é essa desocupada.

Lucas: Você está querendo ir atrás de confusão. Mexer com ela é o mesmo que cutucar um vespeiro... melhor ficar na sua. Nunca deu importância a imprensa sensacionalista, e isso porque já tiveram matérias piores ao seu respeito. Poupe-me, Arthur. — Ele reclama.

Arthur: Mas eu quero. Depois da matéria que ela fez, eu preciso ter uma conversinha com ela. Ah! Que mal ela vai me fazer? Deve ser uma velha, mal-amada, rodeada de gatos e com cabelos oleosos devido as gorduras que come o dia todo. Basta dar uma prensa nela que vai desistir. Se não desistir uso meios, como um bom processo por calúnia e difamação. — Lucas gargalha do outro lado da linha.

Lucas: Sério isso? Você precisa se conectar mais com o mundo virtual. Então tudo bem, darei o endereço dela com o maior prazer. Espero que a velha te surpreenda.

Ele me passa e vou anotando. Fico surpreso quando descubro que ela mora há poucos metros daqui há 11 minutos, em uma parte um pouco mais afastada da orla porém perto. Deve até ganhar bem, já que mora em uma área nobre. Agradeço e pego minhas coisas. Nada que um bom susto não resolva.

Pego minha moto e sigo para o apartamento. Sempre a mantenho guardada, já que é mais prática do que um carro. Estaciono do lado de fora do prédio e logo sou reconhecido pelo porteiro, que me pede autógrafo para os filhos. Dou com prazer. Mas em troca, peço que me permita entrar, sem ser anunciado.

Arthur: Obrigado. Não vou demorar. Na próxima prometo trazer uma camisa para seus filhos.

Xxx: Que honra! — fala — Só não me meta em problemas. Não posso perder o emprego. — Balanço a cabeça.

Arthur: Não se preocupe, você está falando com o Arthur Picoli. — Deixo meu capacete com ele, e pego o elevador. Ah! Essa mal- amada vai ter o que merece.

Chego ao seu andar e caminho até sua porta e toco a campainha. Quando a porta se abre, minha mente tem um misto de confusão. Os sentimentos de raiva e indignação se misturam com a surpresa e a tensão que habita meu corpo inteiro.

Carla: Você? — A Loira da praia me pergunta com o olhar assustado.

Loira, praia, cachorro... Espera... Carla... Sim! Carla!

Entro de uma vez, batendo a porta atrás de mim. Meu corpo reage de uma maneira estranha. Disfarço da melhor maneira possível.

Arthur: Então a desocupada é você! — Encaro seu rosto e desço o olhar para seu corpo. Ela está vestindo um pequeno short jeans e uma blusa branca de alças. Seu cabelo está amarrado em um nó bagunçado. — Olha, eu posso ser tudo, menos um fantasma. Então, por que essa cara? Foi por isso que fugiu de mim na praia?

Aproximo-me enquanto ela anda para trás, se afastando, até que o sofá interrompe seus passos e eu apoio minhas duas mãos no mesmo, deixando-a presa entre nós dois.

Arthur: O gato comeu sua língua?

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