Capítulo 71 :

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Falo com meus pais, meu irmão, e ando até minha avó. O clima está tão pesado. Arthur aparece com a mochila nas costas e se despede dos meus pais.

Arthur: Peço desculpas a vocês pelo que aconteceu. Ela me pegou de surpresa. — Meu pai dá de ombros e aperta sua mão enquanto minha mãe sorri e lhe dá um abraço.

Cassio: Espero que seja a última vez que envolva minha irmã numa situação dessas. Foi ridículo!

Arthur: Pode confiar em mim. Eu jamais faria algo para magoá-la. — Ele abraça minha avó e lhe dá um beijo na testa.  — Obrigada pela recepção, dona Helena. Nunca me senti tão bem quanto essas horas que passei com vocês. E perdão por ter causado esse clima.

Helena: Imagina! Em relação ao que aconteceu, eu conheço a neta que eu tenho e em nenhum momento acreditei no que ela falou. Mas espero que isso não impeça de nos vermos outras vezes.

Arthur: Jamais! — Ele sorri — Pode ter certeza que na próxima tratei um manto rubro negro de presente. — Ela franze a testa.

Helena: Melhor eu não responder. Agora vá! Tomem cuidado. — Abraço-a mais uma vez e subo na garupa da moto, colocando o capacete. Ela faz um sinal da cruz em nossa direção. É uma maneira de nos abençoar. É o mesmo ritual de sempre. Faz com todo mundo.

Passo as mãos na cintura do Arthur e ele dá partida. Ainda estou tensa e agradeço pela impossibilidade de conversar em cima de uma moto. Não quero conversar. Só quero e preciso relaxar.

Nunca tive uma boa convivência com a Sueli. Ela sempre viu concorrência entre nós duas. Como não sei ficar quieta, sempre acabávamos brigando. Não é à toa que não gosto dela e vice-versa. Em relação ao Arthur, eu sei que ele tem um passado regado de sexo, mulheres e que eu escolhi isso para mim. Só me basta confiar.

Mas claro, com um olho no peixe e o outro no gato. Não posso dar cento por cento da minha confiança, não ainda. Nos conhecemos há pouco tempo e ainda tenho que conviver mais para saber se ele me quer de verdade ou se não passo de uma novidade. Enquanto isso, posso curtir. E se nada der certo, bola para frente. Eu sempre sobrevivo. Já passei por coisas piores.

Quase duas horas de viagem, ele entra no condomínio na Barra da Tijuca. Desço da moto e sigo para o elevador. Ele vem logo atrás. Assim que entro no apartamento jogo minha bolsa no sofá.

Arthur: Está com raiva? — Sua voz é calma e ele senta na minha frente, apoiando as mãos sobre meus joelhos.

Carla: Raiva é um sentimento forte, Arthur. Só estou chateada.

Arthur: Mas sei que acredita em mim. — Balanço a cabeça em afirmação. Ele segura meu queixo, e me faz encará-lo. — Eu não posso mudar meu passado, mas posso te garantir que meu presente e meu futuro pertencem a você. É com você que quero dividir minha cama, meus sonhos, conquistas e derrotas também. Meu coração é seu. Não quero mais ninguém. — Sorrio.

Carla: Eu sei. Estou te dando um voto de confiança e espero não me decepcionar. Em relação a minha prima, quanto mais distante estiver dela, melhor.

Arthur: Não poderia desejar outra coisa. Aliás, eu posso! — Ele levanta me colocando nos braços e indo em direção ao quarto. — Você é linda! E a única na qual eu desejo. Não sei quando isso começou, mas não quero que acabe nunca.

Seu peso cai em cima de mim e eu me entrego ao momento, deixando de lado tudo o que aconteceu.

Arthur: Eu amo você, Carla. Seja lá quando e como esse sentimento apareceu, mas eu amo você. Não poderia ser diferente.

Sabe aquele arrepio gostoso que começa na nuca e passa pelo corpo todo? Então, é isso que estou sentindo agora.

Carla: Arthur... Eu... — Nem consigo falar.

Arthur: Acho que essa seria a parte que você falaria: Eu também te amo, Arthur. Você é o homem da minha vida! — Sorrio.

Carla: Que convencido. Eu ainda não sei... Sim. Eu estou com medo. — Ele descansa a testa contra a minha.

Arthur: Quem não amaria o Arthur aqui? Sou irresistível, gata!

Carla: E muito modesto. — Puxo para um beijo, e aperto minhas coxas ao seu redor. — Apenas me fode, Arthur. — Ele me olha como se não acreditasse no que eu acabei de falar e gargalha.

Arthur: Acho que isso é tão bom quanto um eu te amo.

Assim, sem demorar, ele obedece e me leva ao paraíso.

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