Capítulo 92 :

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Depois do jantar, todos vão embora e eu levo a Carla para a cama. A campainha toca, atrapalhando nosso momento.

Arthur: Espera um pouco. Vou ver quem é! — Saio do quarto e vou atender a porta. Quando abro, a Abby entra.

Abby: Oi, Arthur! — Ela tenta sorrir.

Arthur: Como você está?

Abby: Eu tenho novidades. — Espero que ela fale. — Meu ex foi encontrado. Depois da divulgação das fotos dele, acabaram fazendo uma denúncia anônima. Ele estava numa casa em Niterói. De qualquer forma, valeu a pena ter a matéria publicada. — Ela dá de ombros.

Arthur: Eu sempre disse a você que o melhor seria contar pra polícia. Teria evitado muita coisa... inclusive aquela matéria. — Seu olhar abaixa, de vergonha.

Abby: Como ela está? Eu soube do que aconteceu. Soube que você a perdoou.

Arthur: Ela não teve culpa. Foi tão vítima quanto você.

Abby: Não sei, Arthur, desculpa. Minha cabeça ainda está confusa. Vou precisar de tempo até entender tudo isso. — Passo um braço ao redor dos seus ombros.

Arthur: Certo, mas ela estará aqui quando quiser conversar. Vale a pena dar um voto de confiança a Carla.

Abby: Estou tão feliz por você, meu amigo.

Conto sobre a descoberta da gravidez, falo sobre minha animação, até que ela decide ir embora antes que tenha de esbarrar com a Carla. Apareço no quarto e vejo Carla tirando a roupa.

Arthur: Não faça isso. É trabalho meu!

Carla: Eu não estou doente, estou grávida. E em relação ao tiro, só foi um susto. Ainda posso fazer coisas normais, como tirar uma roupa. — Fico sentado de frente para ela enquanto tiro sua blusa.

Arthur: Mas eu gosto de fazer isso, não é nenhum sacrifício. Já que não podemos, ainda, fazer amor, quero desfrutar do seu corpo... nem que seja só para tocar.

Passo a mão do seu pescoço, indo até a curva dos seus seios. Ela apoia a cabeça na cabeceira da cama e esbanja um lindo sorriso. Meus dedos param quando pousam em cima da barriga, ainda pequena.

Arthur: Sabe que eu mal posso me conter de felicidade por saber que serei pai?

Carla: E eu por ser mãe. A vida vai mudar, as prioridades, responsabilidades, serão outras, mas estou tão feliz. Não poderia ser com alguém melhor. Você foi o melhor acerto da minha vida, Arthur. — Meu coração bate forte.

Arthur: Estou vendo que a maternidade está deixando você romântica, porque olha, é difícil te ver assim. — Revira os olhos.

Carla: Não estraga o momento, Arthur! Passei horas ensaiando essas palavras. — Gargalho.

Arthur: Tudo bem! — Ergo os braços — Mas me fala, tem preferência? Digo em relação ao sexo do bebê.

Carla: Acredito que uma mãe nunca tenha preferências em relação a isso. Só a saúde. Se for uma menina, vai ser muito apegada a você.

Arthur: E serão duas pra pegar no meu pé. — Brinco. — Se for menino, vai pegar muitas meninas e irá ficar de olho na mamãe quando eu não estiver por aqui.

Carla: Não viaja! Meu filho não vai ser um cafajeste.

Arthur: Cafajeste não, mas fará muito sucesso com a mulherada. — Bufa.

Carla: Em primeiro lugar, vou ensinar meu filho a tratar uma mulher como se deve. Ele vai ser educado para ser um príncipe. — Ela estica a mão na minha direção. — E em segundo, vem logo se deitar, porque eu estou exausta.

Livro-me das minhas roupas, beijo sua barriga e deito na cama, posicionando-me atrás dela. Beijo seu pescoço e durmo com a mão em cima da sua barriga.

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