Capítulo 78 :

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Arthur: Abby e eu somos amigos desde a escola. Somos como irmãos. Nunca aconteceu nada entre a gente. Seria como um incesto. — Aparentemente convencida, ela balança a cabeça.

Carla: O que houve com ela? Chantagem?

Arthur: Um imbecil que ela namorou tem um vídeo íntimo dos dois. Ele está se aproveitando que ela é modelo e que não quer sujar a imagem, então fica chantageando.

Carla: Que horror! Acho que o melhor é ela arrumar um advogado e não ceder a chantagem desse cara.

Arthur: Não. Eu até já dei essa sugestão, mas ela prefere não se expor. Respeito a escolha dela, mas não concordo. — Seguro seu rosto. — Agora vem cá e me deixa te beijar.

Com um beijo abrasador, com paixão e necessidade, deixo nosso corpos se conectarem em um abraço. Eu estou amando isso. Puxo suas pernas e coloco em volta da minha cintura, levando pra minha cama fazer o que penso o tempo inteiro. Perder-me nesse corpo.

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Saio do banho e não encontro a Carla na cama. Visto uma roupa e vou atrás dela. Acabo a encontrando na sala, mexendo no notebook.

Arthur: O que está fazendo?

Carla: Publicando uma matéria nova. Uma nota. Vem ver! — Sento ao seu lado e leio.

"Deixo aqui meus parabéns ao jogador Arthur Louzada, que mesmo com todas as farras, escândalos e fofocas conseguiu voltar aos campos com tudo. Sim, acreditem, eu estou falando sobre futebol. Acho que o gol marcado por ele na noite de ontem merece ser comemorado, afinal, há boatos que foi dedicado a alguém muito especial."

Arthur: Você sempre deixa de um jeito diferente. Não sei dizer como. — Ela sorri.

Carla: Dou uma apimentada. Nada demais! Um exagero aqui, outro acolá de vez em quando, não faz mal nenhum. — Puxo seu rosto pra um beijo.

Arthur: Vamos comer? A comida já está esfriando. Já não almoçaram, então poderiam ao menos me fazer companhia no jantar.

Thais aparece de uma vez, nos assustando. Sentamos à mesa e nos servimos da comida mexicana que pedi e um restaurante aqui perto. Thais passa boa parte do jantar calada, diferente do que realmente é.

Arthur: Aconteceu alguma coisa? — pergunto.

Thais: Não. Só estou sentindo falta de casa. Morro de saudades do Pedro. Falei com ela hoje e ele mandou beijos para o titio desligado.

Arthur: Que drama! Em breve faremos uma visita a ele e a mamãe. Quero apresentar os dois para Carla. — Seguro a mão de minha namorada.

Thais: E o papai também. — Carla se mexe na cadeira — Você tem que conhecê-lo, Carla. Ele vai amar conhecer a namorada do filho.

Arthur: Não força a barra, Thais. — Cerro o olhar pra minha irmã.

Thais: Só acho ridícula essa briga de vocês dois. Além do mais, ele...— Bato na mesa, já sentindo a irritação me corroer.

Arthur: Chega. Não quero falar sobre ele. — Ela se cala, mas não parece satisfeita. Olho pra minha namorada e sorrio. — Você vai amar o Pedrinho. É um amor de criança... Nem parece com a diabinha da minha irmã. —

Thais atira o guardanapo em mim, lançando uma risada debochada.

Arthur: E quando você volta?

Thais: Comprei passagem para segunda-feira depois do almoço.

Durante o jantar conto sobre nossa infância para a Carla, que escuta tudo atentamente. Fico feliz por ver que Thais aceitou bem minha namorada. Não que me importaria se fosse o oposto, mas é sempre bom ter todos convivendo em paz, porque já basta os contratempos com meu pai.

Depois de ajudar as mulheres a limparem mesa e juntar a louça, coisa que me obrigaram a fazer, levo Carla para o quarto juntamente com vinho e duas taças. Tranco a porta e ando até o som. A música do Ed Sheeran, Thinking Out Loud, começa a tocar.

Despejo um pouco de vinho nas duas taças. Caminho até ela, que está na janela, de costas pra mim. Entrego pra ela, que sorri.

Arthur: Essa música é minha pra você. Esses dias que passei na concentração eu a escutei e só me veio você em mente. — Cochicho em seu ouvido e ela vira em minha direção com um lindo sorriso no rosto.

Carla: Não é nessa hora que você me convida para dançar?

Olho nos seus olhos e vejo algo que nunca vi. Um brilho que me causa uma sensação de paz. Ela não precisa dizer nada, mas sei que estou sendo correspondido. Essa sim é uma boa sensação. Coloco as taças no criado mudo e seguro firme sua cintura. Carla envolve os braços no meu pescoço, me dando a honra de sentir seu cheiro hipnotizador.

Arthur: Seria impossível não me apaixonar por você. — sussurro e mordo sua orelha. — Só comecei a viver realmente depois que você entrou na minha vida. Deu outro sentido pra tudo. Hoje, procuro ser melhor por você. A única coisa que quero é te fazer feliz. — Afasto meu rosto apenas para encará-la.

Carla: Nunca imaginei que dentro dessa casca de convencido e cafajeste,  teria alguém tão sentimental.

Arthur: Cafajeste? Não. Qualquer outra coisa, menos isso. Essa parte ficou no meu passado. Você está me deixando assim, está despertando todos os bons sentimentos dentro de mim. Quero mostrar isso pra todo mundo que mudei. Quero que todos saibam o quanto você me faz feliz. — Ela segura meu rosto e me beija, passando os dedos na minha barba.

Carla: Você conseguiu roubar meu coração. — Engole seco — Não sei como eu deixei isso acontecer, mas agora é tarde. Só me resta aproveitar a oportunidade.

Arthur: Então vem. Aproveita e não se cansa. Usa à vontade! — Gargalha.

Carla: Você não presta mesmo. O momento estava tão romântico. Eu estava tentando ser fofa, caramba!

Arthur: Sexo combina com romantismo.

Carla: Ah, é? — Balanço a cabeça.

Viro Carla de costas, a assustando, e ela se apoia na janela. Sem delicadeza, arranco seu vestido e o jogo no chão. Acerto um tapa forte na sua bunda. Ouvindo seu gemido, ajoelho-me e beijo onde deixei a marca vermelha da minha mão. Afasto-me para me livrar da roupa e logo me esfrego nela novamente.

Arthur: Isso aqui é paixão. Desejo. Tudo por você. Esse também é um tipo de romantismo. Um novo romantismo. O pervertido. — Sua risada me deixa ainda mais apaixonado, e eu me encaixo por trás, apertando sua cintura. — Amo você, Carla.

Sua resposta é um gemido sensual e excitante.

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