Capítulo 35 :

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Carla: Folgado! Essa sua paixão por mim está começando a me assustar.

Ele para por um instante, mas logo volta a fazer as coisas como se tivesse pensado em algo. Observo Arthur mexendo na minha cozinha, arrumando pratos e talheres sobre a mesa, sem cerimônias, como se já fosse de casa.

Carla: Sua mãe não deve ter educado você, hein? — Sento na banqueta.

Arthur: Educou muito bem, mas eu odeio ser contrariado.

Carla: Entendi. Eu não sou um brinquedo para você. Para com isso, você está me cercando, sufocando e não me deixa escolhas. Invadiu minha casa e está aqui, mexendo nas minhas coisas como se já fosse íntimo. — Lança um sorriso acompanhado por uma piscada.

Arthur: Já temos intimidade o suficiente, Carlinha.

Carla: Ridículo! — Logo os pratos de talharim estão postos, prontos para ser apreciados. Sem esquecer o vinho tinto que ele trouxe.

Arthur: Espero que goste de massas. Foi o mais comum que encontrei, pois não sabia do que você gostava. Geralmente massa é a melhor pedida. Gosta de vinho? — Assinto, levando a taça até os lábios.

Carla: Sua intenção é me embebedar e enfiar seu brinquedinho entre minhas pernas? —Arthur Gargalha.

Arthur: Longe de mim. Prefiro você bem consciente dos seus atos para que nunca possa esquecer o que houve aqui.

Carla: Convencido. Vai ter que ser melhor do que aquela outra noite.

Arthur: Sabe que vou cobrar com juros e correção pelo que fez comigo, não é? — Sorrio, mordendo o lábio inferior.

Carla: A noite com sua mão foi tão ruim assim, ou alguma amiga aliviou sua barra? — Nem sei se quero ouvir a resposta.

Arthur: Minha mão foi minha única e decepcionante companhia. Quebrou um galho.

Carla: Você é um tarado!

Arthur: Cada um usa o que pode. Você não usa os dedos de vez em quando? — Engasgo com a bebida ao ouvir sua pergunta.

Carla: Isso não é da sua conta.

Arthur: Mas vai passar a ser. — Sua frase é direta, me fazendo focar na comida e não abrir a boca para fazer outra coisa além de comer.

Meu estômago mal aceita a comida. Estou tensa. Estar perto dele me dá fraqueza. A mesma que eu achava que não tinha. Na teoria é bem mais fácil dizer que vou evitá-lo. Aqui, na prática, é difícil.

Arthur: Gostei da sua roupa. — fala — Acho que foi melhor mesmo vir jantar aqui. Assim não precisaremos ser discretos.

Carla: Você alguma vez já usou a cabeça de cima para pensar? Não tem outras qualidades para mostrar que não seja o sexo? — Ele me dá um olhar divertido.

Arthur: A de cima eu uso para pensar sempre, mas a de baixo que trabalha realmente.

Carla: Doente!

Arthur: Mas eu sou bem mais do que um rosto bonito, um bom sexo... posso ser melhor do que você imagina. — Ergo a sobrancelha e contínuo a comer.

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