Capítulo 95 :

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Bônus +

Arthur: Nem eu estou acreditando. Ela encenou o tempo inteiro. Eu achava que ela gostava de você. Era importante eu ver que a minha irmã, que eu sempre amei, sentia carinho pela minha namorada. — Sua mão passeia pelo meu rosto, roçando os dedos na minha barba.

Carla: Eu suspeitei dela algumas vezes. Uma hora ela era gentil, amiga, mas em outra ela me olhava diferente. Achei que fosse paranoia minha. Queria agradar a cunhada. — ela brinca, mas logo fica séria. — Mas o que ela fez foi uma tamanha sacanagem comigo. Por sorte você acreditou em mim. Agora a Abby não. Não tem sensação pior do que você ser acusada de algo que não fez. Pelo menos agora as coisas serão esclarecidas com sua amiga, senão...— Aperto sua cintura com cuidado para não tocar no machucado.

Arthur: Nunca duvidei de você. Bastou ouvir sua voz para saber que falava a verdade, e disse a você. Nos conhecemos há pouco tempo, mas parece que te conheço a vida toda. Tenho uma conexão com você que nem sei bem explicar.

Carla: Que lindo, Arthur! — Ela me beija e seus lábios me tranquilizam. Carla se levanta, me puxando em direção ao quarto.

Arthur: Carla, você não pode. Ainda está se recuperando, e...— Seu dedo indicador cobre meus lábios.

Carla: Quero você!  Por favor, me faz esquecer essas coisas ruins que tem acontecido ultimamente, e só me ama. Depois a gente resolve esses problemas. Não aguento mais isso... só preciso sentir seu amor por mim. — Fecho a porta do quarto e ela se deita na cama apenas de camisola.

Arthur: O máximo que terá de mim é carinho. Não quero ter que arriscar sua vida por causa de uma irresponsabilidade.

Tiro minha camisa e jogo no chão. Faço o mesmo com a minha bermuda. Logo estou por cima dela, beijando e idolatrando essa mulher que transformou minha vida. Lentamente, tiro sua roupa, beijando cada parte do seu corpo. Seus seios inchados, sua barriga ainda pequena, sua pele macia.

Arthur: Linda e minha. — falo entre um beijo e outro. — Ninguém mais tocará em você. Ninguém mais será o dono dos seus lábios.

Carla: Não pode continuar fazendo isso se não tem a intenção de se enterrar dentro de mim. — Sorrio e desabo ao seu lado, passando a mão pela sua barriga.

Apesar do que acabou de acontecer, da bomba que caiu sobre minha cabeça, eu me sinto em paz quando estou ao lado dela.

Arthur: Eu te amo. Te venero. — Beijo sua mão — E te adoro!

Carla: Idem! — Sorrio. — Dizer que você é o homem da minha vida é cafona? — brinca.

Arthur: Não. É lindo! E eu adoro. Pode falar sempre.

Só ela consegue me acalmar. No momento, só quero curtir nós dois. Aliás, nós três. Prefiro não pensar muito na minha irmã e toda a merda que vem junto.

~~~~~

Sento com Carla na sala de jantar e a empregada nos serve com um risoto de carne, purê de batatas, salada e suco de graviola. Tudo saudável por causa da gravidez.

Arthur: Quando teremos uma consulta com um obstetra? Quero participar de todas as consultas. — Pergunto.

Carla: Daqui a uma semana. Provavelmente terei uma pilha de exames a fazer.

Arthur: Mal posso esperar! — Sim, sou ansioso. Já não aguento mais ficar na curiosidade pra saber como ele, ou ela, será.

Ficamos na varanda enquanto Carlinha lê um livro. A empregada nos interrompe avisando que minha namorada tem visita.

Xxx: Um tal de Júnior. Ele está lá embaixo querendo falar com a Carla. Disse que é um amigo dela. — Olho pra ela e ergo a sobrancelha. Lembro bem que é esse Júnior.

Arthur: O que esse cara quer aqui? — Dá de ombros.

Carla: E eu que sei? Só posso dizer quando ele subir. — Levanto.

Arthur: Se ele provocar, não responderei por mim.

Carla: Sossega, Arthur! — Ela olha para a senhora baixinha parada na porta — Pode mandar subir.

Passo a mão na sua cintura e fico parado na frente da porta. Alguns minutos depois, ele chega e a porta abre. Ele vem na direção dela, abraçando. Já o conheci em outra ocasião, mas não prestei muita atenção nele. Eu não sou um homem de achar outro cara bonito, mas o que eu posso dizer? Atlético, moreno alto, e com muita intimidade. Não gosto nem um pouco disso.

Júnior: Caramba, Carla! Que susto você me deu. — Ele a estuda dos pés à cabeça — Quando vi a notícia do que houve, quis ter ido logo te visitar, mas não pude. Está bem?

Carla: Sim. Estou ótima! Como você mesmo disse, foi só um susto. — Ela sorri. Não consigo tirar os olhos dele.

Júnior: Nunca mais apareceu pra levar o Chaplin e fazer meu dia mais feliz.

Que descarado! Será que se eu arrancasse as bolas dele e servisse ao Chaplin, o cachorro sobreviveria?

Carla: Eu ando bem ocupada, Júnior. Além do mais, serei mamãe. — Ela alisa a barriga e ele olha com desdém.

Júnior: Também vi sobre isso em um site. Agora você virou notícia.

Carla: Faz parte!

O cara me ignora o tempo inteiro. Tenho certeza que é pra me provocar.

Júnior: Eu sinto sua falta.

Não. Esse filho de uma mãe, desgraçado, não falou isso. Eu vou matar esse pedaço de merda!

Junior: Vou deixar meu telefone com você. Eu troquei de número, e...— Ele estende o cartão pra ela, mas antes eu tomo e amasso, para sua surpresa.

Arthur: Não. Minha namorada não quer seu número. Agora, se você não percebeu, está atrapalhando. Estávamos... Bom, você sabe. Está sendo inconveniente. — Carla olha pra mim, chocada.

Júnior: Sério? — Ele sorri — Então, a gente se fala depois, Carlinha. — Ele sai, e eu fecho a porta.

Carla: Qual é Arthur? Pra que essa cena toda?

Arthur: Eu que pergunto. O cara entrou na minha casa, me ignorou e se insinuou pra minha namorada. Não sou de ferro. — Ela bufa.

Carla: Era isso que ele estava procurando, te provocar.

Arthur: Pois conseguiu. Não quero saber desse cara perto de você. Aliás, vocês tinham algo além do namoro antes que eu aparecesse? — Ergue a sobrancelha.

Carla: Tem certeza que quer saber?

Arthur: Não responde não! Já sei. Ele aliviava você! Mané... — debocho, mas morrendo de raiva por dentro.

Carla: Ei! Nem comece! Você também tinha uma vida antes de mim. O que aconteceu no passado de ambos não interessa. Pra mim, só não pode interferir no presente. — Ela me puxa pela gola da camisa. — Agora deixa de ciúme bobo e me beija. Eu só amo e só desejo você.

Faço o que ela pede, mas dessa vez eu beijo possessivamente. Nunca senti ciúmes, mas com ela estou experimentando novos sentimentos.

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