O Astro do Futebol ⚽️

Capítulo 88 :

Termino de me arrumar e vou para sala esperar a Carla. Combinamos de dar uma volta na praia e tomar uma água de coco. Aos poucos ela está saindo mais.

Já pensamos também em uma boa conversa com a Abby, mas quero primeiro descobrir quem armou aquilo. Depois entrarei em contato com minha amiga e marcaremos algo. Por enquanto, a polícia está investigando o Túlio o ex marido da Lorena. Estão atrás dele, mas o miserável não deixou rastros.

O celular que ele usava era pré-pago e ninguém consegue achá-lo. Mas uma hora ele irá aparecer e vai ter que pagar pela chantagem. Não é possível que a justiça falhe com isso também.

Carla: Estou bem? — Olho pra sua roupa. Justa, de malha e a blusa acentua o decote entre seus seios.

Arthur: Seus seios estão uma delícia! — Ela abaixa o olhar para eles e os apalpa.

Carla: Tão maiores!

Arthur: Não que eu já não gostasse antes. — Ela solta uma gargalhada.

Optamos por ir à praia caminhando. De mãos dadas. Desde que começamos a namorar realmente, saímos juntos sem receios. Saiu uma matéria sobre nós dois na semana passada.

Carla ficou um pouco desconfortável. Claro, agora ela está no centro das atenções. Em qualquer lugar que estiver, pode ser clicada e ter o nome relacionado a mim. No blog ela não tem trabalhado mais. Os patrocinadores deram um tempo pra ela se decidir sobre o que vai trabalhar e só depois resolverão se cancelam os contratos.

Ela é "famosa" entre os blogueiros e de qualquer forma, qualquer coisa que ela fizer vão olhar e vai chamar a atenção. Esses dias visitamos a ONG e ela se apaixonou pela cachorrinha machucada. Ainda visito o local, mas não com tanta frequência devido os treinos.

Faltando um quarteirão para a praia, ela para e amarra o cadarço. Tenho uma sensação ruim, mas não comento nada. Um motoqueiro para na outra esquina e olho desconfiado. Tenho a impressão que ele estava em frente ao prédio da Carla.

Penso em um assalto, mas como o cara não vem mais em nossa direção, continuamos com nossa caminhada. Como se tudo acontecesse em câmera lenta, o homem freia a moto ao nosso lado, fazendo Carla saltar com o susto e se encostar no muro de um condomínio.

Eu mal consigo abrir a boca, principalmente quando o homem ergue a mão e aponta uma arma na direção dela.

Carla grita. O disparo ecoa.

Pessoas correm para o meio da rua. A moto canta pneu. Trêmulo e com a boca seca, eu volto meu olhar para a minha namorada e por pouco não sinto mais meu coração bater. Há sangue. Sangue se espalhando por sua blusa, escorrendo para a barriga, me deixando desesperado.

Arthur: Carla, fala comigo. — imploro, apertando seu rosto entre minhas mãos. — Fala comigo, meu amor.

Sua pele pálida, os olhos arregalados e todo o sangue me assustam e eu grito. Grito por socorro enquanto suas pernas falham e ela quase cai no chão, mas eu a seguro com toda a minha força.

Carla: Arthur, eu preciso te falar algo. — Cubro seus lábios com meus dedos, acalentando a minha mulher.

Arthur: Não. Agora não! Só respira. — Beijo o topo da sua cabeça enquanto me arrasto para sentar no chão.

Que Deus me ajude! Não vou suportar perdê-la. Seria demais para mim!

Uma multidão se junta ao nosso redor. Pessoas falam, outras ligam para a emergência, outras tiram fotos. Que merda! Queria poder mandar todos ao inferno, mas isso não me importa agora. Só quero que ela fique bem.

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