Capítulo 58 :

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CARLA

Arthur saiu daqui depois das quatro. Passamos a tarde vendo filme, séries e conversando sobre a volta dele aos campos. Percebi o quanto estava ansioso para o retorno. Mal posso esperar para vê-lo jogar. Nunca fui muito ligada a futebol, mas assim que ele voltar, irei assistir. Quero estar por perto e apoiá-lo.

Liguei pra Perola e contei sobre o jantar, mas não mencionei o Lucas. Até porque conheço minha amiga e sei que ela não aceitaria. Para falar a verdade, ela quase não aceitou ir. Acha que vai segurar vela, que vai acabar atrapalhando Arthur e eu. Mas eu tenho meu jeito de insistir, e ela está a caminho.

Escolhi um vestido amarelo que termina na metade das coxas, com tiras na parte das costas. Nos pés estou usando uma sandália de salto médio e confortável. Quando estou pronta, Perola chega.

Perola: Que tal? — Ela rodopia, mostrando seu jeans básico e uma blusa preta. — Simples, mas como eu vou mesmo para segurar vela. — Gargalho. Ela consegue ficar bonita até vestida com uma sacola.

Carla: Está linda, Perola! Como sempre. — Escolho ir no meu carro, já que sou mais controlada e evito beber; ao contrário da minha amiga.

Sou muito bem recebida na portaria do prédio, sendo avisada que uma das vagas do estacionamento está reservada para mim. Agradeço ao homem simpático e caminho até o elevador, ouvindo minha amiga conversar animada sobre o quanto meu "caso" com o jogador cafajeste está indo muito bem.

Arthur nos recebe com um lindo sorriso no rosto. Meu coração palpita ao vê-lo tão bonito, com uma camisa preta dobrada até os cotovelos, uma calça clara ajustando nas suas coxas e destacando o volume dentro dela.

Arthur: Vocês estão lindas, com todo o respeito. — Sorrio com sua gentileza.

Perola entra e vê Lucas vindo em sua direção.

Perola: O que esse cara está fazendo aqui?

Carla: Calma amiga! Ele quer falar com você.

Perola: Claro! Eu devia ter desconfiado. E você, hein, Carla? Anda muito intrometida.

Lucas: Perola... — Lucas fala em um tom baixo — Eu sei que fui um babaca, estúpido, imbecil e que não devia ter julgado a Carla da forma que eu fiz. Estava de cabeça quente e acabei jogando tudo em cima de você. Não quis ser um idiota. — Minha amiga cruza os braços e o encara desconfiada.

Perola: Não sei se devo confiar em você. — Ela se afasta.

Lucas: Faço o que quiser para que volte a ser como antes.

Perola: Na verdade, eu vim aqui pra comer. Cadê o jantar?

Ela solta uma piscadela na minha direção e anda até a mesa, ignorando o homem desesperado atrás dela. Assim que se faz, amiga!

Arthur passa a mão na minha cintura e me leva até a mesa, puxando a cadeira para mim. Ele encomendou frutos do mar, vinho, champanhe, e pavê de chocolate de sobremesa. Nós quatro comemos animados e a conversa flui com facilidade.

Perola: Então o negócio é sério mesmo? — Ela pergunta olhando pra nós dois.

Arthur: E por que não seria? — Arthur segura minha mão e sorri pra minha amiga.

Perola: Porque até um dia desses vocês se odiavam. — Gargalho.

Arthur: O que a Dona Carla tinha por mim era paixão. Nunca conseguiria me odiar! — Reviro os olhos.

Carla: Não seria o contrário? — Ergo a sobrancelha – Você quase caiu aos meus pés na primeira vez que me viu.

Lucas: Quanta melação! Preciso de mais vinho ou não vou aguentar até o final do jantar. — Lucas reclama incomodado.

Não sei não, mas não gosto dele. Não me desce. Durante o jantar Arthur passa a mão na minha coxa, fala no meu ouvido, beija minha mão... Hoje vai ser difícil de resistir. Ah, mas eu nem vim disposta a resistir mesmo!

No final da noite os dois vão embora juntos e eu fico sozinha com Arthur.

Arthur: Finalmente! Pensei que nunca iriamos ficar sozinhos outra vez. — fala, me abraçando por trás.

Carla: Arthur...— Ele me vira de frente para ele e antes que possa pensar em protestar, ele une os lábios com os meus.

Passo meus braços ao redor do seu pescoço e respondo seus beijos calorosos. Meu coração bate acelerado e eu mal consigo conter minha respiração ofegante. Estar perto dele dessa maneira é tudo que eu tenho ansiado.

Meu corpo fica elétrico quando encosta no dele. Arthur me coloca nos braços, arrancando um sorriso meu e me leva até o seu quarto. Uma cama grande, com lençóis escuros, me convida pra experimentá-los. Mas antes ele me coloca no chão.

Carla: O que foi? — pergunto sem entender — Não quer me levar para seu abatedouro? — ele gargalha. — Sei que trouxe outras pra cá e não me importo, se é isso que quer saber.

Arthur: Sério? Se quiser, posso mandar trocar a cama, os lençóis, até o quarto.

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