Capítulo 96 :

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No final do dia minha mãe chega ao Brasil. Foi direto para o hotel. Convidei Dani, Pedrinho e ela para jantar com a gente, além de Pérola, Lucas, meus sogros e o Cassio. A avó da Carla está nos devendo uma visita, mas disse que em breve comparecerá. Pelo que soube, ela não gosta de sair de casa.

A mãe da Carla, Mara, comentou que sua sobrinha anda mais calma. Parece que a avó andou ameaçando-a. Daquela ali só quero uma coisa: Distância. Ah! Chaplin está morando conosco também e está tentando se adaptar ao apartamento. Ele já está acostumado a passar noites por aqui, mas ainda estranha. Ele ama deitar perto da barriga da dona.

Olga, a cozinheira, prepara um arroz à parmegiana, salada agridoce no abacaxi e filé ao molho madeira. De sobremesa, Carla sugeriu um pavê de ameixa. Claro, pediu que comprasse um mousse de chocolate por causa do Pedrinho meu sobrinho.

Enquanto eu me arrumo com uma camisa social, dobrando as mangas até os cotovelos, e uma calça jeans escura, ela escolhe um vestido até os joelhos no estilo tomara que caia. As roupas estão começando a ficar justas, principalmente nos seios. Admito que não vou gostar de vê-la saindo em público com esse decote.

Carla: O que foi? Não gostou da minha roupa? — Ela me flagra olhando pra ela.

Arthur: Gostei. O problema é outra pessoa gostar.

Carla: O que é bonito é pra mostrar mesmo. — Eu também, mas não falo nada.

Logo vamos para a sala esperar os convidados. Queria ter chamado a Abby, mas ela ainda está tentando voltar com a vida normal depois do que houve. Também não teve uma conversa com a Carla. A família de Carla chega e eu os recebo com simpatia. Já estamos todos familiarizados e não existe mais tanta cerimônia.

Mara: Está tão linda! — Mara olha pra filha e em seguida dá um forte abraço.

Carla: Fala como se fizesse muito tempo que a gente não se vê.

Mara: Anda comendo bem? Os enjoos passaram mais? — pergunta, mas logo olha pra mim — Arthur, fale você. Ela mente! Se eu não pegar no pé, ela é totalmente desligada. — Sorrio.

Arthur: Pode ficar tranquila, Ela está se alimentando bem. Estou cuidando disso pessoalmente. E quando tenho que sair, a Olga é quem fica no pé. — Suspira aliviada.

Mara: Olha o que eu trouxe para meu netinho. Ou netinha, não é? — Entrega a embalagem e a Carlinha abre ansiosa. De dentro da sacola ela retira um par de sapatos de cor branca. Todo de lã. — Meu primeiro presente. De muitos, óbvio. Mas foi irresistível passar em uma loja e não conseguir comprar.

Carla: Ah, mãe! Obrigada! Esse será especial.

Cassio me cumprimenta e o Carlos também. Ofereço bebida aos dois, mas só o Cassio aceita, já que o meu sogro que irá dirigindo para casa. Ficamos batendo papo na varanda enquanto Carla conversa com a mãe na sala. Pelo jeito deles falarem, estão bem ansiosos com a gravidez. Só duvido que estejam tanto quanto eu, já que mal posso me conter.

Logo Pérola chega, sozinha; o que me surpreende, já que convidei o Lucas também. Eu mal a tenho visto graças a rotina corrida dela. Mas em todos os dias que teve folga, ela veio cuidar da Carla enquanto eu estive trabalhando. Ela ficou louca quando a amiga sofreu o atentado, mas também eufórica quando soube da gravidez.

Pérola: Como você está, amiga? — Ela abraça Carla com carinho.

Carla: Ótima, sua sumida! E cadê o Lucas? — Ela revira os olhos.

Pérola: Ele disse que tinha uma reunião importante e acabamos tendo uma briga feia. Mas deixa ele pra lá.

Carla: Tenho certeza que aí tem

Pérola: E eu sei que estou em falta, mas meu tempo anda tão corrido. Tenho uma novidade maravilhosa! — Todos olham curiosos. — Em breve irei trabalhar em uma agência de modelos em Nova Iorque. Será uma boa pra mim.

Carla: Uau! A carreira de modelo anda mesmo de vento em popa.

Pérola conta animada sobre o futuro projeto e fala sobre a vontade de continuar trabalhando com o jornalismo, mas no outro país. Sem contar a chance de poder treinar mais o outro idioma.

A campainha toca e vou atender. Ao abrir a porta e vejo as duas mulheres que eu amo, além da Carla. Minha mãe e irmã. Além do meu sobrinho. Meu Deus! Parece que meu coração se conforta ao vê-las.

Beatriz: Meu amor! — Ela me afaga em um abraço apertado.

Arthur: Estava com saudades da senhora, mãe! — Abraço apertado minha irmã que esta uma adolescente bonita. — Dani! — Ajoelho-me — E de você também, meu safadim!

Seguro meu sobrinho nos braços e dou um beijo na cabeça. Ele está maior do que a última vez que o vi. Mais pesado e mais lindo. Pedro é a cópia da mãe. Cabelos loiros, olhos claros e poderia até ser meu filho, já que também temos traços em comum. É o meu xodó!

Arthur: Quero que conheçam a minha mãe, Dona Beatriz, Minha irmã Dani e meu sobrinho, Pedro. — Carla se aproxima e cumprimenta minha mãe.

Beatriz: Então essa é a tal Carla que conseguiu laçar meu filho de vez? Que honra conhecer você. — Sorrio aliviado. Minha mãe gostou dela. Também, quem não se apaixona? — Estou tão feliz em saber que meu Arthur será pai. Agora ele vai saber o que eu sentia quando ele passava dias sem mandar notícias.

Arthur: Mãe! — Ela ignora meu apelo.

Beatriz: É verdade! Só veio começar a sossegar de uns meses pra cá. Agora sei bem o porquê. — Todos sorriem.

Pedro: Minha vovó disse que eu vou ganhar um priminho. É verdade? — Pedro pergunta, alisando a barriga da Carla.

Carla: Sim. E você vai poder me ajudar a cuidar dele, não vai? — Ele para e pensa.

Pedro: Só não troco fralda. Isso é nojento! — Gargalho.

Carla: Tudo bem, Pedrinho. Isso você não fará. Eu prometo!

Pedro: A tia Dani pode trocar por mim. — Todos começam a ri.

Carla: Sobrou pra você Dani. — Dani sorri.

Dani: Não tem problemas, portanto que eu faça parte da vida do meu sobrinho ou sobrinha. —  Carla sorri e abraça minha irmã com carinho, que retribui, Dani sempre foi uma menina carinhosa.

Olga avisa que o jantar vai começar a ser servido e vamos todos para a mesa.

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