Capítulo 79 :

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CARLA

Vestida com um minúsculo biquíni vermelho, eu encaro meu reflexo na frente do espelho. Hoje tem uma festa na casa de um dos amigos jogadores do Arthur. Aquele tipo de festa que acaba em "putaria", mas dessa vez ele está fazendo questão de me levar e mostrar a todo que está comprometido.

Confesso que estou nervosa por me enfiar no meio de tanta gente que parece ter saído de capas de revista, mas ao mesmo tempo sou muito de boa com meu corpo e não me escondo por causa de padrões impostos pela sociedade.

Termino de colocar uma saída de banho longa e elegante, boto meus óculos de sol e vejo Arthur me encarando de onde está, sentado na cama. Está lindo! Aliás, qual dia esse homem não está estupidamente gostoso e irresistível?

Arthur: Maravilhosa! Mas acho melhor a gente ir, porque já estou ficando cansado de esperar você se arrumar, mesmo não precisando disso.

Carla: Claro que eu preciso. Queria que eu fosse como?

Arthur: Como uma burca, pra ninguém olhar pra você.

Carla: Um pouquinho machista, não acha? — Ergo a sobrancelha e o encaro.

Arthur: Certo, vá com um fio dental, os peitos saltando pra fora do biquíni e foda-se, você é minha mulher de qualquer forma. — Gargalho com suas palavras.

Carla: Não evoluiu muito, mas é aceitável. — Brinco, saio do quarto e sou acompanhada por ele.

Arthur convidou a irmã, mas ela preferiu ficar em casa dormindo e eu fiquei mais satisfeita. Não que eu não goste dela, mas algo dentro de mim apita para ficar de olho. Talvez encontre a Perola por lá, porque com toda certeza Lucas vai e ela adora essas festas.

Chegamos ao condomínio luxuoso no Recreio e Arthur estaciona com facilidade, já que conhece muito bem o lugar. Como um cavalheiro, abre a porta do carro e de imediato coloca a mão na minha cintura, demonstrando possessividade.

Fico embasbacada com o luxo dentro da casa, que não parece com nada que eu tenha visto pessoalmente, apenas na TV. Escada acarpetada com um vermelho sangue e os corrimões dourados dão um ar de exagero ostentação. Móveis novos, lustres exorbitantes e quadros caríssimos nas paredes.

Meus pensamentos são interrompidos pela música que vem da parte de trás da casa, onde as pessoas estão aglomeradas. Quando eu disse que esse tipo de festa só tinha gente bonita, não estava exagerando. Por Deus!

A piscina gigantesca e está razoavelmente cheia. Algumas mulheres estão se bronzeando, outras bebendo e conversando com homens musculosos, de pernas torneadas e tanquinhos sarados. Tudo bem. Eu namoro, mas não sou cega.

Arthur: Algum problema, Carla? — A voz do Arthur me tira dos abdomens sarados.

Ah, não! Só estava mesmo admirando esses tanquinhos excepcionais. Olha não arranca pedaço, não é?

Carla: Nenhum! Só estava estudando o lugar. — Essa não é a melhor resposta, mas pelo menos é adequada.

Arthur: Se quiser beber algo, fique à vontade. Eu não posso, mas você pode tudo. — Olho pra diversidade de drinks sobre a mesa e escolho um coquetel de frutas, sem álcool. — Por que não quer com álcool? Acho que com vodca fica bem melhor. — Olho para o copo e depois encaro o Arthur.

Carla: Melhor não! — Ele me olha desconfiado, mas aceita.

Xxx: Arthur! — Um moreno alto, aparentemente da mesma idade do Arthur, se aproxima. — Já tinha apostado com os caras que você não iria aparecer. Anda sumido mesmo.

Os dois se cumprimentam com um abraço. Assim que se afastam, o olhar no homem desce pelo meu corpo descaradamente. Sinto a mão do Arthur apertando minha cintura.

Xxx: Oi, loirinha! — Seu olhar é sedutor. — Por que ainda não fomos apresentados? — Lanço um sorriso sem graça.

Arthur: Porque ela não é para o seu bico, Felipe. — Arthur é curto e grosso.

Felipe: Ah! Qual é? Agora vai ficar fazendo charme? Quantas já trouxe aqui e compartilhamos? O que ela tem de especial, que as outras não tinham? Sabe que isso me deixa ainda mais curioso, não é?

Puta merda! Isso não vai prestar! Dois gostosos brigando por mim era excitante nos meus sonhos, não na vida real.

Arthur: Porque ela é minha namorada. — Meu Deus! — Só vim porque achei que não poderia te dar um bolo, mas já que não respeita minha mulher.

Felipe: Opa!

Arthur: Eu vou embora. — Felipe ergue os braços.

Felipe: Que isso, cara! Só achei que... — Ele sacode a cabeça — Fiquem à vontade! — O tal Felipe se afasta, nos deixando à sós. Arthur não para de bater o pé no chão.

Carla: Relaxa, Arthur! Está tenso demais. — Ele ergue uma sobrancelha e me encara.

Arthur: Será que não tenho motivos?

Carla: Nenhum. Estou aqui com você. Não é a primeira vez que tenho homens me paquerando e não será a última. — Dou um beijo rápido nos seus lábios.

Andamos até uma mesa mais afastada de todos e sento. O lugar é agradável. Bebida, sol, música... Até que é bem animada.

Xxx: Arthurzinho... — A voz feminina me faz ligar o alerta — Como eu senti sua falta!

Por que ela está miando? Sério que ela acha isso sexy?

Arthur se mexe na cadeira, nervoso. A mulher é bonita, magérrima, tem porte de modelo e é ruiva, alta... e está se jogando em cima do meu namorado.

Xxx: Carolina. Não se lembra de mim?

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