Capítulo 110 :

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CARLA

Perfeita. Essa é a definição que dou a minha festa de casamento. Tudo certo, exatamente como queria e imaginei durante essas semanas. Foi difícil fazer tudo tão rápido, mas ao mesmo tempo foi prazeroso, já que o Arthur me ajudou e ficou ao meu lado em todos os momentos e decisões.

Tive uma boa ajuda da minha amiga Pérola, da minha mãe, da Abby e da minha sogra também. Foram elas que me ajudaram a comprar o vestido de noiva... o que eu não queria comprar. Seria bem mais fácil e econômico alugar, mas preferiram algo que fosse meu, feito exclusivamente para mim. O vestido é todo de seda lisa, sem detalhes demais. É frente única, um pouco solto e com um decote que destaca bem meus seios inchados.

Também foi difícil convencer minha mãe de casar com quase nove meses de gestação era uma boa ideia. Já que só faltam duas semanas para começar a contagem regressiva. Passei o dia um pouco indisposta. Senti durante o dia todo umas pontadas no pé da barriga, mas minha mãe falou que meu nervosismo está colaborando com isso.

Nunca me senti tão bonita! Depois de várias fotos, com todos da minha família, me sinto exausta. Minha avó paterna veio, mesmo sendo um pouco ranzinza. É o jeito dela, sempre foi assim; mas estou feliz por ela ter vindo. Claro, como é muito cheia de moral e bons costumes, resmungou pelo fato de ver a neta casando grávida. O que pra ela, é errado. Eu deveria ter esperado.

Joana: Comeu a sobremesa antes do jantar. — fala — Hoje está tudo moderno demais para o meu gosto. Não quero nem imaginar como serão daqui a uns vinte anos. Já se foram os valores. Na minha época, isso seria um escândalo. — Sorrio quando ela fala.

Carlos: Mamãe, são outros tempos. — Meu pai a abraça. — Os jovens são assim. Namoram, se divertem...

Joana: Prefiro não comentar! Você deu liberdade demais. — Dá de ombros.

Arthur tenta segurar o riso.

Belisco alguns petiscos que estão sendo servidos e bebo um coquetel de frutas sem álcool. Cumprimento alguns convidados, que não são muitos. Preferi não chamar tanta gente. Claro, grande parte são amigos do Arthur. Jogadores, dirigentes do clube e etc.

Arthur: Hora da dança! — Arthur puxa minha mão.

Carla: Ah, agora? Estou tão cansada! Meus pés estão doendo demais.

Arthur: Não se preocupe. Não fará nenhum esforço! — Olho desconfiada para ele, mas levanto.

No meio do salão está montado um pequeno palco de piso de vidro. Uma cadeira está isolada na frente, e é onde Arthur me leva.

Carla: Eu não ensaiei nada, Arthur! — falo entre os dentes — O que vou fazer?

Arthur: Vai ficar quietinha, na sua, assistindo.

Franzo a testa sem entender. Ele simplesmente se afasta, me deixando sentada sem saber o que está havendo.

As luzes se apagam, e só o jogo de luzes coloridas começa a trabalhar. Arthur e mais três amigos, que reconheço como jogadores, incluindo meu irmão, se juntam, ficando no centro do palco.

Meu Deus. Eles não vão... Não vão mesmo! A música remixada começa a tocar.

Carla: Não acredito! — Levo a mão até a boca surpresa, quando começam a dançar.

Sim! Em uma coreografia sincronizada, os cinco começam a dançar, desajeitados, mas engraçados. A música que começa a tocar é da Beyonce, e eles dançam... Meu Deus! Gargalho, tentando me controlar.

Arthur e os quatro fazem a dança com o corpo duro. Tudo bem, eles não sabem dançar, mas está engraçado, admito. Todos batem palmas de acordo com as batidas da música. Eles giram em torno do salão e ele não tira os olhos de mim. Seu sorriso é imenso e lindo. Parece até um menino se divertindo.

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