Capítulo 6 :

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Arthur: Como é que é? Você que não tem cuidado com isso... cachorro? — Sorrio — Fala sério! Já assistiu a aquele filme dos Gremlins? Então, parece que estou vendo um daqueles monstrinhos! — Seu rosto fica vermelho.

Xxx: Estava vindo em alta velocidade. Não pode andar por aqui dessa forma! Quem você pensa que é? Ainda debocha do meu cachorro. É muito ridículo! — Ela não sabe quem eu sou? Interessante...

Arthur: Em primeiro lugar, se tivesse cuidado com ele, não teria se soltado. E eu estava a menos de sessenta. Presta mais atenção, gatinha.

Ela se afasta, indo de volta à beira mar, alisando o pequeno cão. Eu estaciono meu carro e caminho até ela, que já está sentada na areia com o bicho no colo. Chego por trás, assustando-a.

Arthur: Posso sentar com você? — Seus olhos expressivos me encaram, me analisando.

Xxx: Como se adiantasse dizer que não. — Ergo a sobrancelha.

Arthur: Não adiantaria mesmo.

Ela olha para o mar e o bicho no seu colo relaxa com os olhos fechados sentindo o cheiro da sua barriga. Um lugar onde eu queria estar nesse momento.

Arthur: Como é seu nome, esquentadinha? — pergunto e ela me lança um olhar fulminante.

Xxx: Não caio em cantadas de estranhos. Principalmente um que ia matando meu cachorro atropelado.

Arthur: A culpa não foi minha. E eu não sabia que perguntar o nome era um tipo de cantada. Baixa a bola! — Ela bufa.

Xxx: Certo! Eu acabei me descuidando e ele se soltou. Descontei em você porque tomei um baita susto.

Arthur: Olha só! Ela sabe ser gentil. — Ela dá de ombros.

Xxx: Carla. — Sua mão pequena fica no ar e eu logo levo a minha até ela. Aperto em um gesto cordial. Esse não sou eu mesmo. Ela me encara por um tempo, cerrando o olhar. Acho que está começando a me reconhecer. — Arthur. — Seus olhos arregalam em minha direção.

Arthur: O que foi? — Ela levanta de uma vez, segurando o cachorro, enrolando a corrente no pulso.

Carla: Tenho que ir. É... obrigada por não ter matado o Chaplin. Até mais!

Assim vai embora, sem me deixar entender o que houve. Ou ela tem pavor a jogador de futebol ou deve ser uma fanática que ficou atônita ao me ver. Vai entender essas mulheres.

Volto para meu apartamento, uma cobertura à beira-mar. Quando chego, saio jogando minha roupa por onde passo e deito na minha cama. Lembro-me da loirinha. Devia ter sido mais gentil com ela para trazê-la para a minha cama. Gostei dela. Bem interessante.

Meu celular apita e logo vejo que é mensagem do Lucas, meu amigo de longa data, e claro, meu assessor, me envia um print de uma matéria sensacionalista postada há pouco tempo.

"O jogador Arthur, atacante do Flamengo, foi dispensado por tempo indeterminado por causa das polêmicas que se envolve. Segundo fontes seguras, o mesmo foi suspenso devido ao excesso de festas, sexo e bebidas. Ih... será que ele vai continuar com essa bola toda com as mulheres, especialmente a atriz, mesmo se permanecer sem jogar? Isso é o que vamos ver!"

Eu mato quem fez isso!

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