Capítulo 5 :

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ARTHUR

Chego a sede do clube e estaciono meu carro. Logo depois que saí da mansão do Ítalo, fui para casa tentar descansar um pouco. Estou com uma ressaca terrível e preciso de sossego.

Porém, fui chamado até a sede para conversar com o presidente do clube. Pela bronca que levei do meu assessor mais cedo, sei que não vem coisa boa por aí.

A recepcionista me manda entrar, mas antes dou um cheiro ao pé do seu pescoço e mordo sua orelha. Ela sorri, me empurrando.

Xxx: Arthur, é melhor se controlar. O Bruno não está nada feliz com as notícias que andam espalhando por aí. — Reviro os olhos.

Arthur: Foi inevitável. Está irresistível hoje. — Olho para seu decote e para os seios fartos. — E esse cheiro? Uma delícia.

Jamile é linda, baixa, com olhos cor de mel e uma bunda maravilhosa. Se já ficamos? É óbvio! Mas ela sabe as regras, nada de mulher pegajosa.

Abro a porta e vejo meu chefe com uma cara nada amigável.

Bruno: Sente-se! —  Mostra a cadeira e eu obedeço. Fico esperando. — O que está querendo fazer com a sua carreira? — Abro a boca, mas ele ergue o dedo — Quer parar em sites de fofocas por pegar uma mulher casada? É só isso que consegue fazer no tempo livre?

Arthur: Espera aí! Eu nem sabia que ela ainda estava com ele. — Mentira. Sabia! — E tem mais, eu não devo satisfações e sim ela. Eu estou solteiro e estava em uma festa particular. Foi uma infelicidade da minha parte ter ficado justamente com ela. Agora eu me pergunto: O que uma mulher casada estava fazendo em uma festa como aquela? — Ele passa as mãos no cabelo branco.

Bruno: Arthur, você é jovem, um dos melhores jogadores do país e está sendo visado até mesmo por times de fora novamente. Está querendo afundar tudo, é isso?

Arthur: Vei, o que isso tem a ver com minha vida sexual? Sou homem e preciso aliviar meu estresse.

Bruno: Claro! Mas não com mulheres casadas! Você viu o blog de hoje? Aquela fofoqueira venenosa já publicou e chegou em todos os lugares. — Levanto.

Arthur: Foda-se! Não vou perder meu tempo me preocupando com uma fofoqueira. — Ele ergue a sobrancelha espantado.

Bruno: Certo! Você quer agir como um adolescente, pois assim será. Você está suspenso dos jogos. A temporada do estadual acabou, mas vêm outros campeonatos; e até segunda ordem, estará suspenso. — Olho para ele, atônito. Isso é inacreditável.

Arthur: Você não pode fazer isso. Irá desfalcar o time!

Bruno: Não existe só você no time. E tem mais, fique de molho até decidir se vai querer seguir carreira de jogador profissional ou de celebridade porque eu já estou cansado de ver meu time sendo ligado a escândalo.

Arthur: Que exagero! — bufo — Tudo bem, tenho outras propostas... posso muito bem sair daqui e ir para outro time. Sabe que só estou aqui porque gosto de onde moro.

Bruno: Desvalorizado como está? As pessoas te conhecem mais pelo fato de ser um jogador que pega geral. Isso está sujando sua imagem. — Balanço a cabeça.

Arthur: Até mais! —  Saio batendo a porta revoltado.

Quem ele acha que é para fazer isso? Quer saber? Vou tirar meu merecido descanso. Não vou me estressar com isso agora. Tenho dinheiro o suficiente para não me importar em trabalhar. Não agora, pelo menos. Entro no meu carro e piso no acelerador. Aperto o volante e meus dedos ficam brancos.

Ligo o som do carro e é Mateus e Kaun que começa a soar dentro do veículo, uma das minhas duplas favoritas. Passo pela orla da praia de Copacabana e diminuo a velocidade. Procuro um local para estacionar.

Vejo uma loirinha de cabelos presos, uma roupa bem apertada marcando seu corpo e correndo. Um corpo curvilíneo, com carne, curvas, toda pequena e delicada... uma beleza comum, mas atraente. Assim que olho para a frente, vejo um pequeno cachorro atravessando a rua. Freio bem em cima.

Que porra! Desço do carro já escutando xingamentos que saem da boca da mulher que vem à minha direção com o cachorro nos braços.

Xxx: Você quase matou meu cachorro, seu imbecil! — ela grita.

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