Capítulo 5

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— Anahí, para de rir e me diz o que eu faço, Barbie. — eu tinha contado do meu sonho da noite anterior para Annie e também sobre a conversa meio amigável meio constrangedora que tive com Christopher.

— Ok, ok. Dulce, olha, eu sempre achei que aconteceria algo entre vocês dois, além disso vocês são um casal bem bonito.

— Não somos um casal, Anahí, apenas no papel.

— Mas mesmo assim, por que você não deixa rolar? Talvez a relação de vocês até melhore. — Anahí disse e avistei Christian se aproximar de nós dois, me entregando um drink.

— Já terminou de contar, Candy? — Eu já tinha contado para ele, já que só consegui sair daquele carro quando ele chegou e me tirou de lá. Eu fiquei em choque de verdade com o que Christopher tinha dito.

— Ela terminou, e eu acho que eles deveriam ceder. — Annie disse para Christian e logo se virou para mim. — O que que tem um pouco de sexo? Vocês já são casados mesmo.

— As coisas vão ficar estranhas entre nós, agora que paramos de brigar, não podemos deixar isso acontecer.

— Só vai ficar se você quiser, eu conheço meu irmão e sei que ele vai saber separar as coisas.

— Parece uma ideia ruim...

— Só é se ele te foder mal. E não acho que é o caso, Christopher tem cara de saber o que faz. — olhei para ele que estava distante de nós e assenti.

— Vocês duas podem, por favor, não falar dessa maneira do meu irmão quando eu estiver presente, não quero mais traumas. — Christian disse fazendo drama e arrancando risadas de nós.

Continuamos a beber e fui brincar com meu afilhado, não acreditava ainda no tamanho daquela criança, não estava aceitando de verdade.

Algum tempo depois, eu já estava bem alta da bebida, e como já tinha anoitecido, Christopher resolveu que estava na hora de irmos embora. Entramos no carro e eu, que estava em silêncio, comecei a falar coisas desconexas, que geralmente eu não faria.

— Sabe o que eu estava conversando com a Anahí?

— O que, Maria? — Ele disse rindo pelo nariz.

— Que a gente deveria transar, e se você tem ou não cara de quem fode mal.

— E que conclusão você chegou? — Ele disse num tom de voz mais baixo, como se estivesse nervoso.

— Que você não tem cara de quem fode mal, e provavelmente nao transamos porque eu tenho medo de estragar nossa relação, que já não existe, né querido. — Ele pareceu ficar mais leve e riu fraco, ainda prestando atenção no trânsito.

— Quanto você bebeu, Dul?

— Alguns drinks, algumas cervejas, mas estou ótima, inclusive me deu uma vontade de tomar whisky agora... — Eu disse pensativa.

— Você odeia whisky, sempre diz que é bebida de velho milionário que cheira cocaína. — como se eu tivesse um estalo em minha cabeça, fiz um certo drama com os olhos arregalados.

— Christopher, vou te perguntar uma vez só, quero que seja totalmente sincero.

— Certo.

— Você usa cocaína? — Christopher explodiu em uma gargalhada ao meu lado e eu permaneci séria, olhando para ele.

— Lógico que não, Dulce. Você está louca.

— Louca não, meu amor, eu estou ótima, já te falei.

— Percebi.

— Acho que deveríamos transar assim que chegarmos em casa.

— Não vamos transar com você bêbada assim, e provavelmente você irá se arrepender disso.

— Você é tão certinho, bebê. — Eu disse passando a mão no peito dele, e o ouvi respirar pesadamente. — Podemos quebrar as regras só um dia.

— Sim, podemos, mas não hoje, você está muito bêbada, Dulce. — Ele disse parando o carro em nossa garagem. — Agora você vai tomar um banho frio, eu vou fazer um chocolate quente pra você e vamos dormir, ok?

— Hum??? — Fingi pensar olhando para ele e logo abri um sorriso. — Não. Não seja um mala. — Ele suspirou e saiu do carro. Fiz a mesma coisa, mas quando estava descendo, acabei tropeçando e caindo, machucando meu joelho.

— E aí, querida, quer ajuda?

— Chris, acho que estou bêbada!

— Ora, não me diga. Vem, vou ajudar você. — Christopher estendeu a mão para mim e me ajudou a entrar em casa. Assim que ele me soltou, comecei a tirar minha blusa e jogá-la por onde eu passava. Olhei para ele que estava paralisado no lugar, me encarando de cima a baixo. Logo abri minha saia e também deixei ela escorregar pelo meu corpo, caindo no chão, ficando assim apenas de sapato de salto e calcinha, já que eu não usava sutiã. Me virei para Christopher, quase me desiquilibrando e vi seu olhar queimar em cima de mim, me fazendo sentir vitoriosa.

— Quer tomar banho comigo? — Ele pareceu exitante e pude ver uma ereção se formando em sua bermuda, Christopher respirou fundo e olhou em meus olhos.

— Não, Dulce, vou fazer chocolate quente para você. — Ele pode até ter negado, mas só de ter deixá-lo desconcertado, me valeu a noite. Dei de ombros para ele, me virei retirando devagar meus saltos e fui até o banheiro tomar um banho frio. Eu realmente estava começando a sentir os efeitos do álcool, e apesar de estar provocando Christopher assim, eu só queria melhorar e dormir.

Debaixo do chuveiro, a sobriedade começou a me dominar, e o famoso pensamento 'o que eu tinha na cabeça?' começou a rondar minha cabeça. Fiquei pouco tempo ali, e logo vesti meu roupão e saí. Me deparei com Christopher com a cara fechada sentado em nossa cama, com uma caneca de chocolate na mesinha do meu lado. Vesti uma camisola fina para dormir enquanto ele entrava rapidamente no banheiro. Ri baixinho olhando na direção da porta tomei o chocolate que parecia um abraço de conforto na sua alma, e logo apaguei, sem nem ver quando ele deitou ali.

Yo Si QueríaOnde histórias criam vida. Descubra agora