Capítulo 28

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Assim que chegamos, fomos para o quartinho que seria de Luna e deixamos as coisas lá. Christopher e eu já tínhamos tirado tudo dali, já que era um antigo quarto de hóspedes, as paredes também haviam recebido a cor acizentada, as cortinas na cor lilás já estavam instaladas, no teto havíamos feito uma sanca de gesso em formato de lua e já havíamos denominado o espaço do bercinho, além de ter começado a reforma em seu banheiro, tudo estava ficando lindo, do jeitinho que eu sempre quis.

— Está tudo bem? — Christopher disse me abraçando por trás e levando as mãos na minha barriga saliente.

— Sim... Estou tão feliz, Chris. Nossa menininha vai ser tão amada. — Eu disse sorrindo e ele beijou meu pescoço. — Sei que não era o momento, ou o combinado, mas eu ter engravidado foi a melhor coisa que aconteceu.

— Eu concordo, nunca deveríamos ter colocado aquele item no contrato. — Ele riu leve e eu o acompanhei. — Acho que nada acontece por acaso, Dul. Luna tem um propósito nas nossas vidas, só não descobrimos ainda qual.

— Eu tenho minhas suspeitas, mas vou esperar um pouco para confirmar.

— Confesso que eu também. — eu sorri olhando para ele, era como se estivéssemos conversando novamente apenas com o olhar. Christopher me deu um beijo rápido e logo tornou a falar. — O que acha de começarmos a organizar as coisas dela? Amanhã chegam os móveis grandes, já podemos arrumar tudo.

— Bom, eu acho ótimo, odeio bagunça.

— Eu sei, querida, eu sei. — Então começamos a arrumar tudo. Coloquei as roupinhas para lavar, higienizei alguns brinquedos e Christopher ficou encarregado de montar o carrinho e o mobile da bebê.

Algum tempo depois, Christopher e eu sentamos no chão cansados. Deitei no ombro dele e suspirei assim que seus braços contornaram meu corpo e ele beijou minha cabeça.

— Cansada?

— Sim, sua filha suga todas as minhas energias. — Ele riu e eu fechei os olhos.

— Aposto que ela vai ser elétrica feito você. — Arregalei os olhos e levantei a cabeça para olhá-lo.

— Lascou, nunca mais teremos paz. Será que teremos tempo e energia pra transar? — murmurei deitando em seu ombro novamente e ele riu.

— Claro que vamos, sempre podemos dar um jeitinho, uma escapada...

— Ótimo! Sabe, Chris, estava pensando em diminuir o ritmo na empresa depois que Luna nascer. Talvez até trabalhar alguns dias de casa, não quero perder nenhuma fase de sua vida, seu crescimento.

— Eu tenho pensado nisso também, Dul. Acho que podemos tentar, não vai ser fácil mas é um esforço necessário.

— Bom, eu acho que vai ser bom pra nós dois e pra nossa filha.

— Falando nisso, o que acha de tirarmos umas férias antes do nascimento dela?

— Quer viajar? — perguntei levantando a cabeça novamente.

— O que você acha? Finalmente estamos nos dando bem, esperando uma filha, acho que vai ser bom pra nós dois... — sorri para ele e senti meu coração acelerar.

— Se a médica nos liberar, não vejo problema algum! Também acho que pode ser ótimo para nós dois, principalmente porque logo não poderei viajar em longa distância.

— Então, na segunda-feira já peço para marcarem nossas férias e nós iremos.

— Ótimo. — ficamos mais um tempo em silêncio naquela posição durante mais um tempo mas logo me levantei para tomar um banho, e Christopher disse que ia cozinhar algo para comermos.

Era louco pensar em como minha vida havia mudado em menos de um ano, nem o mais racional saberia explicar a minha proximidade com Christopher.

Tomei um banho rápido, me vesti com uma camiseta dele e desci as escadas, o encontrando na cozinha, cantando e dançando uma música que tocava em seu celular, enquanto cozinhava algo no fogão.

Me encostei no batente da porta observando aquele homem sem camisa se movimentando sensualmente. Não me leve a mal, mas eu estava grávida, só aquela rebolada de quadril dele me excitou inteira.

Christopher se virou e me notou no ambiente, ele sorriu e veio até mim, me puxando pelo braço e me fazendo dançar junto com ele. Christopher colou sua barriga em minhas costas enquanto dançávamos aquela música, e tudo ficou sensual de repente.

Ele passou a cantar em meu ouvido, se movimentando cada vez mais lentamente, mantendo seu corpo junto ao meu e seu pau batendo em minha bunda, eu juro que poderia gozar só com isso. Christopher deu um beijo em meu pescoço e eu senti minha pele inteira se arrepiar. A música terminou e ele me virou, olhando em meus olhos e sorrindo largamente. Christopher levou sua mão em meu pescoço e me beijou, e meu Deus, que beijo! Estávamos num encaixe perfeito, ele me abraçava cada vez mais e sua outra mão apertava levemente minha cintura. Encaixe. Perfeito.

Mas tudo que é bom, dura pouco.

E dessa vez, o culpado por nos interromper foi o timer do forno.

Gemi frustrada em sua boca e Christopher sorriu, dando mais alguns selinhos em mim.

— Desliga isso tudo, vamos transar! — desgraçado riu do que eu falei e eu apenas cruzei os braços olhando indignada para ele enquanto sentava na banqueta da cozinha. — Dá pra você parar de rir, ordinário!

— Podemos transar, mas não agora. Você precisa se alimentar. — é, pensando bem...

— Só porque estou morrendo de fome, se não, você não me escapava. — Ele riu de novo e se debruçou no balcão para me dar um selinho. — O que você cozinhou? Está com um cheiro incrível! 

— Salmão com legumes e um macarrão com molho branco, como você gosta. — meu deus?

— Hum, meu prato favorito, como sabia?

— Perguntei à dona Antônia alguns anos atrás, por curiosidade mesmo, caso eu precisasse amansar a fera, e ela me falou. Fora que eu lembro da tia Blanca fazendo esse prato e você amando. — ok, meu coração chegou a doer, será que é infarto? Olhei para ele com algumas lágrimas nos olhos e ele se aproximou de mim, me abraçando. — Eu falei alguma coisa errada? Não é assim que você gosta? Eu confundi, né?

— Não, você acertou tudo, você é perfeito. São lágrimas de felicidade. — Eu disse olhando para ele, que sorriu e me beijou.

— Tudo pras minhas meninas. — Agora eu tinha certeza que cairia dura no chão. Será que ele não sabia que eu tava grávida? Eu não podia com fortes emoções, não sabia lidar. Mas retribui o sorriso e aspirei o cheiro de sua pele, aquilo já estava gravado em mim. — Vamos comer, vou colocar seu prato. — E ele fez isso, acreditam? Como se eu tivesse oito anos! Não estou reclamando mas achei fofa sua atenção e preocupação comigo, mas claro que era só porque eu era mãe de sua filha.

Comemos enquanto conversávamos sobre algumas coisas da empresa e eu aproveitei para sugerir alguns lugares para viajarmos. Não sabia se Christopher queria ir longe, então sugeri apenas uma ida à nossa casa em Acapulco, lá era lindo e com certeza eu gostaria de voltar até lá apenas para relaxar, já que da última vez eu estava em choque, em um desespero total.

Yo Si QueríaOnde histórias criam vida. Descubra agora