Assim que chegamos, fomos para o quartinho que seria de Luna e deixamos as coisas lá. Christopher e eu já tínhamos tirado tudo dali, já que era um antigo quarto de hóspedes, as paredes também haviam recebido a cor acizentada, as cortinas na cor lilás já estavam instaladas, no teto havíamos feito uma sanca de gesso em formato de lua e já havíamos denominado o espaço do bercinho, além de ter começado a reforma em seu banheiro, tudo estava ficando lindo, do jeitinho que eu sempre quis.
— Está tudo bem? — Christopher disse me abraçando por trás e levando as mãos na minha barriga saliente.
— Sim... Estou tão feliz, Chris. Nossa menininha vai ser tão amada. — Eu disse sorrindo e ele beijou meu pescoço. — Sei que não era o momento, ou o combinado, mas eu ter engravidado foi a melhor coisa que aconteceu.
— Eu concordo, nunca deveríamos ter colocado aquele item no contrato. — Ele riu leve e eu o acompanhei. — Acho que nada acontece por acaso, Dul. Luna tem um propósito nas nossas vidas, só não descobrimos ainda qual.
— Eu tenho minhas suspeitas, mas vou esperar um pouco para confirmar.
— Confesso que eu também. — eu sorri olhando para ele, era como se estivéssemos conversando novamente apenas com o olhar. Christopher me deu um beijo rápido e logo tornou a falar. — O que acha de começarmos a organizar as coisas dela? Amanhã chegam os móveis grandes, já podemos arrumar tudo.
— Bom, eu acho ótimo, odeio bagunça.
— Eu sei, querida, eu sei. — Então começamos a arrumar tudo. Coloquei as roupinhas para lavar, higienizei alguns brinquedos e Christopher ficou encarregado de montar o carrinho e o mobile da bebê.
Algum tempo depois, Christopher e eu sentamos no chão cansados. Deitei no ombro dele e suspirei assim que seus braços contornaram meu corpo e ele beijou minha cabeça.
— Cansada?
— Sim, sua filha suga todas as minhas energias. — Ele riu e eu fechei os olhos.
— Aposto que ela vai ser elétrica feito você. — Arregalei os olhos e levantei a cabeça para olhá-lo.
— Lascou, nunca mais teremos paz. Será que teremos tempo e energia pra transar? — murmurei deitando em seu ombro novamente e ele riu.
— Claro que vamos, sempre podemos dar um jeitinho, uma escapada...
— Ótimo! Sabe, Chris, estava pensando em diminuir o ritmo na empresa depois que Luna nascer. Talvez até trabalhar alguns dias de casa, não quero perder nenhuma fase de sua vida, seu crescimento.
— Eu tenho pensado nisso também, Dul. Acho que podemos tentar, não vai ser fácil mas é um esforço necessário.
— Bom, eu acho que vai ser bom pra nós dois e pra nossa filha.
— Falando nisso, o que acha de tirarmos umas férias antes do nascimento dela?
— Quer viajar? — perguntei levantando a cabeça novamente.
— O que você acha? Finalmente estamos nos dando bem, esperando uma filha, acho que vai ser bom pra nós dois... — sorri para ele e senti meu coração acelerar.
— Se a médica nos liberar, não vejo problema algum! Também acho que pode ser ótimo para nós dois, principalmente porque logo não poderei viajar em longa distância.
— Então, na segunda-feira já peço para marcarem nossas férias e nós iremos.
— Ótimo. — ficamos mais um tempo em silêncio naquela posição durante mais um tempo mas logo me levantei para tomar um banho, e Christopher disse que ia cozinhar algo para comermos.
Era louco pensar em como minha vida havia mudado em menos de um ano, nem o mais racional saberia explicar a minha proximidade com Christopher.
Tomei um banho rápido, me vesti com uma camiseta dele e desci as escadas, o encontrando na cozinha, cantando e dançando uma música que tocava em seu celular, enquanto cozinhava algo no fogão.
Me encostei no batente da porta observando aquele homem sem camisa se movimentando sensualmente. Não me leve a mal, mas eu estava grávida, só aquela rebolada de quadril dele me excitou inteira.
Christopher se virou e me notou no ambiente, ele sorriu e veio até mim, me puxando pelo braço e me fazendo dançar junto com ele. Christopher colou sua barriga em minhas costas enquanto dançávamos aquela música, e tudo ficou sensual de repente.
Ele passou a cantar em meu ouvido, se movimentando cada vez mais lentamente, mantendo seu corpo junto ao meu e seu pau batendo em minha bunda, eu juro que poderia gozar só com isso. Christopher deu um beijo em meu pescoço e eu senti minha pele inteira se arrepiar. A música terminou e ele me virou, olhando em meus olhos e sorrindo largamente. Christopher levou sua mão em meu pescoço e me beijou, e meu Deus, que beijo! Estávamos num encaixe perfeito, ele me abraçava cada vez mais e sua outra mão apertava levemente minha cintura. Encaixe. Perfeito.
Mas tudo que é bom, dura pouco.
E dessa vez, o culpado por nos interromper foi o timer do forno.
Gemi frustrada em sua boca e Christopher sorriu, dando mais alguns selinhos em mim.
— Desliga isso tudo, vamos transar! — desgraçado riu do que eu falei e eu apenas cruzei os braços olhando indignada para ele enquanto sentava na banqueta da cozinha. — Dá pra você parar de rir, ordinário!
— Podemos transar, mas não agora. Você precisa se alimentar. — é, pensando bem...
— Só porque estou morrendo de fome, se não, você não me escapava. — Ele riu de novo e se debruçou no balcão para me dar um selinho. — O que você cozinhou? Está com um cheiro incrível!
— Salmão com legumes e um macarrão com molho branco, como você gosta. — meu deus?
— Hum, meu prato favorito, como sabia?
— Perguntei à dona Antônia alguns anos atrás, por curiosidade mesmo, caso eu precisasse amansar a fera, e ela me falou. Fora que eu lembro da tia Blanca fazendo esse prato e você amando. — ok, meu coração chegou a doer, será que é infarto? Olhei para ele com algumas lágrimas nos olhos e ele se aproximou de mim, me abraçando. — Eu falei alguma coisa errada? Não é assim que você gosta? Eu confundi, né?
— Não, você acertou tudo, você é perfeito. São lágrimas de felicidade. — Eu disse olhando para ele, que sorriu e me beijou.
— Tudo pras minhas meninas. — Agora eu tinha certeza que cairia dura no chão. Será que ele não sabia que eu tava grávida? Eu não podia com fortes emoções, não sabia lidar. Mas retribui o sorriso e aspirei o cheiro de sua pele, aquilo já estava gravado em mim. — Vamos comer, vou colocar seu prato. — E ele fez isso, acreditam? Como se eu tivesse oito anos! Não estou reclamando mas achei fofa sua atenção e preocupação comigo, mas claro que era só porque eu era mãe de sua filha.
Comemos enquanto conversávamos sobre algumas coisas da empresa e eu aproveitei para sugerir alguns lugares para viajarmos. Não sabia se Christopher queria ir longe, então sugeri apenas uma ida à nossa casa em Acapulco, lá era lindo e com certeza eu gostaria de voltar até lá apenas para relaxar, já que da última vez eu estava em choque, em um desespero total.
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Yo Si Quería
Fanfiction+18 | Finalizada | Com a vida praticamente inteira planejada, Dulce e Christopher se conhecem desde crianças mas nunca se gostaram. Por conta dos pais, eles foram obrigados a tomar frente das empresas, se casarem e comandar a Saviñon Von Uckermann j...