Capítulo 66

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Mais um dia em que estou surtando? Talvez. Mas se alguém contasse para a Dulce de 16 anos que a Dulce do futuro iria estar na mais plena felicidade adotando uma criança com Christopher Von Uckermann, ela riria e acharia que seria mentira.

E sim, eu, o amor da minha vida e minha princesa, estávamos a caminho do orfanato, para buscar nossa outra princesa. Louco, né? Quem diria que eu iria construir uma família com quem eu jurava odiar. Acredito que a vida sempre nos reserva as coisas mais inacreditáveis possíveis, mas sempre no momento certo.

Poucos minutos dirigindo e Christopher já parou o carro em frente ao orfanato. Eu estava extasiada, e da última vez que me senti assim, foi quando ganhei Luna. Falando na baixinha, ela estava tão ansiosa quanto nós dois, acho que passamos isso a ela.

— Dulce! Christopher! Vieram cedo, bom dia! — fomos recepcionados por Dona Ana assim que entramos. Ela era uma das monitoras do orfanato, uma senhora tão doce que eu tinha vontade de passar o dia ouvindo suas histórias.

— Bom dia, dona Ana! Estávamos ansiosos pra pegar a Ayla. — Eu disse a cumprimentando.

— Dulce mal dormiu a noite, a senhora acredita? — Christopher falou, abraçando a senhora de lado e dando um beijo em sua cabeça. Sim, havíamos ficado próximos à ela.

— Ah, eu acredito, meu filho. Essa mulher é ligada no 220V mas tem um coração de ouro. — sorri com suas palavras e me senti emocionada por um momento. — Só uma mãe sabe a dor que é ficar separada de um filho, e imagino como é pra vocês, que se apegaram tanto a Ayla.

— Não era fácil, mas graças a Deus isso vai acabar. — a senhora sorriu com as palavras de Christopher e se abaixou para ficar na altura de Luna.

— E você, bonequinha? Animada pra chegada da sua irmãzinha? — Luna sorriu e bateu os pezinhos no chão.

— Sim, vovó! — Gente, minha criança chamava os idosos de avós. Já imaginam o drama que dona Blanca e dona Alexandra fazem, né?

— Bom, então vamos! Vou levá-los até a Alice. — fomos até a sala da assistente e eu honestamente só queria sair logo dali com minhas filhas no braço, mas sabia que ainda tínhamos que lidar com coisas burocráticas.

— Olá, Alice! — eu disse assim que entramos, e Christopher fez o mesmo.

— Como vocês estão?

— Ansiosos! O que temos que fazer? — Christopher não mentiu quando disse que estava ansioso, a perna do homem não parava quieta um segundo.

Alice começou a explicar todos os trâmites a partir de agora. Teremos visitas esporádicas de assistentes sociais, levaremos Ayla ao psicólogo com frequência, e como ela já estava na idade, tínhamos que garantir a educação da pequena, matriculando ela em uma escola. Eram tantas informações que eu estava zonza. Assinamos toneladas de papel, e ouvimos um milhão de recomendações. Enfim, uma hora depois, estávamos indo embora com Ayla e Luna gritando de forma animada sem parar. Finalmente, minhas bebês estavam juntas, e se Deus quiser, nada nem ninguém será capaz de separar elas duas.

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— Tia Dul, eu vou morar aqui agora? — Ayla perguntou assim que estacionamos em frente à nossa casa.

— Sim, meu amor. E eu e o tio Chris seremos seus novos papais. — Ayla arregalou os pequenos olhinhos, e Luna sorriu.

— Olha, você tem que chamar eles de papai e mamãe. E eu de irmã, La. — Luna disse do jeitinho dela, e eu olhei sorrindo para Christopher.

— Eu posso? — Meu coração disparou de uma maneira estranha e um aperto me dominou.

— Lógico, meu amor. Você é tão nossa filha como a Luna. Nós amamos você, filha. — Christopher disse e ela abriu um lindo sorriso.

Yo Si QueríaOnde histórias criam vida. Descubra agora