— Emily, pode chamar o Christian aqui na minha sala, por favor? — eu pedi por telefone para minha secretaria, minha mente do mal favorita com certeza me ajudaria.
— Claro! Farei isso imediatamente. — agradeci a ela e desliguei o telefone, cinco minutos depois, lá estava ele, batendo em minha porta. Destranquei para ele passar e tranquei em seguida, não queria ser interrompida e Emily já estava avisada.
— Candy, me conta tudo! Você saiu tão rápido da sala de reuniões que eu não consegui te parar. — Ele disse quando se acomodou no sofá, e eu me sentei ao seu lado.
— Christopher defendeu aquela mulherzinha na minha cara, eu estou cansada de ter que lidar com essa vigarista. Preciso de ajuda.
— Claro, com o que? Quer que eu converse com ele? — revirei os olhos e cruzei os braços.
— Acorda, Christian, eu quero que me ajude a fazê-la desaparecer das nossas vidas. — Ele arregalou os olhos e me fitou, eu ia me arrepender disso, tinha certeza.
— V-você quer... dar um fim nela? — revirei os olhos de novo.
— Deixa de ser tapado, Christian! Eu quero que ela não volte a nos atormentar, só isso. — Ele pareceu respirar e relaxar, como ele pensaria que eu mataria alguém? Já olhou pra mim? Será que me conhece mesmo?
— Ah, ufa! Não acha melhor falar isso com Christopher?
— Pra ele defender aquela mulher de novo na minha frente? Não, obrigada. Não quero olhar na cara de Christopher... — eu estava realmente magoada, como ele poderia ter feito isso comigo? Eu sou insuficiente? Ele não me ama o bastante? Eu estou tão confusa.
— Você se chateou mesmo... Meu irmão é um idiota mas ele te ama, Dul. Talvez ele tenha ficado inseguro por ter feito isso em ambiente de trabalho, não sei.
— Não importa, Christian, eu sou a mulher dele, ele teria que ficar do meu lado. Toda vez que essa senhora aparece as coisas entre Christopher e eu ficam estranhas.
— Não acha que Christopher pode estar escondendo alguma coisa de você? — Arregalei os olhos e parei para pensar, ele realmente ficava tenso quando ela fazia algum tipo de contato.
— Mas o que? Sei que ele não me traiu com ela, Christopher passa o tempo todo grudado ou em mim ou em Luna.
— Christopher não é o tipo de cara que trai, ele não consegue esconder isso por ser transparente demais...
— Então, o que pode ser? O filho dela não pode ser dele, ele não se parece nadinha com Christopher.
— E se ele deu dinheiro pra comprar o silêncio dela? A distância? Ela pode estar voltando a atormentar vocês pra arrancar mais.
— Mas Christopher, quando viajamos, disse que estava de saco cheio dela tentando tirar dinheiro dele...
— Mais uma evidência de que pode ser isso que vem acontecendo. Temos que encontrar um jeito de ver se eles se comunicam e o que ela fala pra ele.
— Como que eles se comunicam se o Christopher mesmo disse que bloqueou o número dela?
— E-mail? Rede social? Dulce, não seja burra. — Ele disse em tom de deboche e eu apenas o olhei pensativa.
— Então, eu preciso olhar o computador dele, isso não vai ser difícil. — pensei alto.
— Você olha e se for isso, nós pensamos num jeito de cortar as asas dela. — sorri para Christian e assenti, sabia que meu melhor amigo não iria me decepcionar.
--
Passei o restante do dia ignorando Christopher. Não queria vê-lo, falar com ele ou lidar com ele. Assim que Christian saiu da minha sala, peguei minhas coisas e resolvi ir embora para casa. Pedi a Emily que avisasse meu marido, chamei um uber e fui. Precisava ficar com a minha filha, ela seria a única que me acalmaria nesse momento.
Assim que entrei em casa, meu pedacinho de gente veio correndo me abraçar, correndo do seu jeitinho atrapalhado. Peguei minha bebê no colo e inalei seu cheirinho delicioso. Resolvi dispensar a babá, já que eu estava em casa, e fui ficar com ela.
Levei Luna para o estúdio de música que tinha lá em casa e fiquei ali com ela. Enquanto eu tocava violão e cantava, Luna me observava atentamente, como se tivesse absorvendo cada palavra que saia da minha boca, já eu, me sentia desabafando. Minha bebê com certeza seria uma estrela da música, seus bracinhos se movimentavam no ritmo certo e ela até arriscou a bater na bateria do pai.
Algumas horas depois, Luna e eu estávamos exausta de tanto brincar, eu sentia falta de passar tanto tempo com a minha bebê, então isso com certeza me fez bem. Dei banho nela, tomei um banho rápido também, e me deitei na cama, com Luna deitada em meu peito, piscando longamente e quase dormindo.
Quando eu já estava quase me entregando ao sono, vi Christopher passar pela porta e dar meio sorriso assim que entrou no quarto. O ignorei e apenas fechei os olhos enquanto suspirava, me agarrando ainda mais em Luna, que já dormia pesadamente.
— Dul, você vai ficar com dor no corpo, me deixa levá-la pro quarto dela. — Ele sussurrou.
— Ok. — fui seca, não queria papo ou conversa com ele agora, eu ainda estava muito magoada. Enquanto Christopher foi levar Luna para a cama, eu me virei e fechei os olhos, tentando fingir que dormia. O escutei entrar no banheiro e ir tomar um banho rápido, logo se deitando atrás de mim.
— Você está bem? — murmurei um sim, ainda sem me virar para seu lado, e o senti me abraçar. — Me perdoa, amor, não sei onde eu estava com a cabeça. — permaneci em silêncio, apenas ouvindo ele falar. — Eu não quis te ofender ou ficar do lado dela, eu só não queria confusão na empresa. Eu odeio aquela mulher tanto quanto você, só achei que não precisava ter dito aquelas coisas, foram muito pesadas. Eu também quero me livrar dela, também quero ter paz com você, me desculpe se eu te magoei, se fiz parecer que não estou do seu lado, porque eu sempre estou e sempre estarei. Eu te amo, mi Dul, não me ignora assim, eu prometo reparar isso... Foi horrível passar esse dia com você sem falar comigo, sem um beijo seu, sem um sorriso vindo de você, eu odeio quando a gente briga, odeio saber que tem uma tensão estranha entre nós.. — respirei fundo absorvendo tudo que Christopher havia dito. Eu odiava brigar com ele, mesmo estando magoada, Christopher tinha me amolecido com suas palavras, e no final das contas, eu entendia seus motivos.
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Yo Si Quería
Fanfiction+18 | Finalizada | Com a vida praticamente inteira planejada, Dulce e Christopher se conhecem desde crianças mas nunca se gostaram. Por conta dos pais, eles foram obrigados a tomar frente das empresas, se casarem e comandar a Saviñon Von Uckermann j...