Capítulo 9

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— Ok, agora que esse surto passou, o que acham de irmos tomar um banho no vestiário e saímos pra jantar? — Anahí sugeriu.

— Por mim pode ser, estou faminta. — eu disse olhando para ela e dando de ombros.

— Que novidade, Dulce Maria... — Christopher disse ainda abraçado comigo, por que mesmo que ele estava ainda abraçado comigo? — Mas vamos, eu realmente preciso de um banho.

— Ótimo! Ponchito mi amor, vai com Christopher pegar o Manu, dona Dulce Maria vem no carro comigo já que precisa me contar umas coisas. — ela me lançou um olhar furioso e sedento pela fofoca, essa era Portilla.

— Ah é, vai contar o que pra ela? — Christopher sussurrou no meu ouvido arrepiando minha pele, por que ele não se toca meu Deus? — Da nossa noite juntos?

— Sim, do surto que aquilo foi e como não vai acontecer de novo. — eu falei ríspida e talvez rápido demais, já que Christopher arregalou os olhos e franziu seu cenho.

— Meu bem, nem você acredita nisso. — ele disse baixinho mas já se afastando, que droga eu não acreditava mesmo.

Fui para o vestiário feminino com Anahí e senti o olhar malicioso dela pra cima de mim, aquela loira estava doida pela fofoca, eu sei disso. Tomei um banho rápido afinal era o vestiário da academia, nos arrumamos rapidamente e logo fomos para o estacionamento, onde os três já esperavam a gente, perto dos três carros.

— Poncho, não esquece do Manuzinho, quero apertar meu neném. — Eu disse me aproximando e abraçando de lado meu primo.

— Relaxa, Ardilla, só estávamos esperando vocês e ouvindo Christian reclamar que vai num carro sozinho.

— Pollito, pare de reclamar ou vem com a gente e Christopher leva seu carro, mas já aviso que você não vai gostar do assunto. — Eu disse calmamente e olhei de relance para Christopher que estava com aquele sorriso maldito no rosto. Que vontade de matar aquele desgraçado, só não disse do que. Não, tenho que tirar da cabeça esses pensamentos.

— Deus me livre desse trauma. Vou sozinho no meu carro ouvindo minha diva Rihanna, melhor que ouvir vocês duas nesse momento. — Ele não estava errado.

— Ok, então vamos. — entramos nos carros e fomos em direção à pizzaria que Annie havia escolhido, e assim que entramos no carro, a Barbie/Tinker Bell/A loira mais curiosa do planeta terra começou a me olhar daquele jeito que você olha pra sua melhor amiga quando quer que ela te conte algo. Revirei os olhos e cruzei os braços, pra ver se ela se tocava e pelo menos prestava atenção no trânsito.

— Fala, Portilla, o que quer saber?

— Como assim 'o que eu quero saber'? Saviñon, não brinque comigo, quero todos os detalhes, principalmente o que aconteceu antes. — ok, a imagem daquela noite incrível na minha cabeça me deu arrepios, sentir Christopher daquele jeito foi único e indescritível.

— Bom, eu fui embora antes dele para casa, já que ele estava atolado de reuniões, e eu juro que não imaginei que ele chegaria tão cedo, mas ele me pegou fazendo coisas... — Anahí soltou um grito estridente no carro e bateu as mãos no volante.

— Você estava usando o Zack, sua safada? — Sim, ela estava familiarizada com meu fiel vibrador.

— Estava, e eu estava no meu quarto! Um descuido desses nunca mais eu passo.

— Passa sim, Dulce Maria, te conhecemos... E como foi?

— Como foi o que?

— Sonsa, o sexo! — Arregalei os olhos novamente e a olhei, senti minhas bochechas queimarem e eu provavelmente estava vermelha feito minha calcinha.

— Foi normal, Anahí, foi sexo.

— Não, não! Eu não aceito essa resposta, Dulce. Como ele é na cama? — Eu poderia mentir mas ela descobriria, então falar a verdade seria a melhor alternativa.

— Ele é...uau! Mesmo! Tá de parabéns, uma das melhores transas da minha vida.

— Meu Deus?

— Claro que eu não contei isso à ele, né. E também não vamos fazer isso de novo, temos um contrato.

— Você tá falando da boca pra fora, sabe disso, né? Dulce, sempre rolou uma tensão entre vocês dois, e depois da morte do tio Victor, você sabe o quanto Christopher mudou, então não diga isso, vocês vão acabar cedendo.

— Sempre rolou tensão entre nós? Do que você tá falando, Anahí?

— Era uma fofura só quando éramos mais novos, vocês até brigando têm química. — Anahí estava certa? Eu nunca havia parado pra pensar naquilo, e muito menos pra perceber algo.

Sem que eu ao menos percebesse, chegamos finalmente ao restaurante, eu já estava dando pulos de alegria por finalmente comer. Assim que entramos, vi Christopher sentado já na mesa com Poncho e Christian, e Manu em seu colo, como tinha uma cadeira vazia ao sei lado, resolvi sentar ali pra conversar com meu neném.

— Oi, amor da tia Dul, que saudade de você. — Manu riu enquanto eu fazia cócegas em sua barriguinha, eu amava tanto aquela criança que poderia roubá-lo de Anahí. Percebi que Christopher também sorria com aquilo, e sua mão estava apoiada no centro das minhas costas, o que será que eu perdi?

— Fariam uma família linda, olha só, a Dul nasceu pra ser mãe. — ouvi Annie dizer aquilo para Christian bem baixinho, talvez na tentativa de não ouvirmos, e uma pontada atingiu meu peito. Ser mãe sempre foi meu sonho, sempre quis uma menininha para mimar, mas seria errado demais trazer uma criança a esse mundo dessa maneira.

— Christopher também seria um pai excelente, olha pra cara de bobão dele. — vi a expressão do meu marido mudar radicalmente após esse fatídico comentário, mas sei que pensávamos igualmente.

Resolvemos fingir que não ouvimos os comentários dos dois alecrins dourados e logo voltamos no clima que estávamos. Manu ficou o tempo todo em nosso colo, um grude só, e Christopher e eu demos toda a atenção do mundo à ele, o amor com nosso afilhado era incondicional. Logo comemos e após algumas conversas triviais, resolvemos ir embora. Entrei no carro com meu marido ao volante e suspirei fundo sem nem perceber.

— Aquilo te afetou também, né?

Yo Si QueríaOnde histórias criam vida. Descubra agora