Nove meses depois
Cidade do México, 21 de dezembro de 2022
Hoje era o aniversário de um ano da Luna, e tanta coisa aconteceu nesse tempo que eu mal podia acreditar que foi rápido assim.
Primeiro que Luna começou a falar, e sua primeira palavra foi papai! PAPAI!! Eu carreguei a garota nove meses, sofri no parto, pra ela vir a cara do pai e ainda chamar ele primeiro, são só dias de luta na minha vida.
E sim, Luna era a cara de Christopher, só tinha os mesmos olhos que eu, mas de resto, era o pai todinha. A não ser a personalidade. Aquela pequena humana era a minha cópia, Christopher dizia que parecia estar me vendo quando éramos mais novos com certas coisas que Luna fazia, pelo menos isso, né?
Bom, Paulina, aquela mulherzinha que eu tive o desprazer de relembrar durante nossa viagem à Monte Carlo, não apareceu mais, graças a Deus. Mas eu tinha certeza que ela ainda iria infernizar nossa vida, era como se eu estivesse apenas esperando por isso.
Depois da nossa conversa, Christopher realmente diminuiu o ritmo de trabalho após demitir por justa causa os responsáveis pelo desvio de dinheiro na nossa empresa, aquilo tirou nosso sono, mas conseguimos resolver juntos.
Falando na empresa, eu já havia voltado a trabalhar normalmente, e todos os dias eu me martirizava por deixar Luna em casa com uma babá, me sentia triste assim, mas eu precisava voltar à ativa, e por mais que me doesse deixá-la, eu não podia largar a empresa, por isso, Christopher e eu fazíamos o máximo de esforço possível para não sairmos tarde de lá, assim podíamos aproveitar nossa bebê.
Nosso relacionamento também não podia estar melhor. Christopher realmente era o amor da minha vida e quase nunca brigavamos, apenas algumas discussões pequenas, mas nada grave.
Como hoje era o aniversário da pequena, resolvemos fazer uma festa para ela, chamando apenas nossa família e alguns amigos próximos. Estava terminando de me arrumar quando Christopher entrou no quarto com Manu no colo.
— Alguém queria ver a dinda... — sorri ao avistar meus homens que estavam lindos. Abracei Manu no colo de meu marido e o enchi de beijos. — Eu não ganho nenhum não? — que homem dramático meu deus. Dei um beijo rápido em seus lábios e ele sorriu. — Está linda, meu amor.
— Você também está maravilhoso, mi Chris. Como sempre. — sorrimos um para o outro totalmente rendidos, porque era isso que éramos, rendidos um no outro.
— Titia, eu tava com saudade. — Manu era muito sensível, puxou a mãe, e se ficávamos dois dias sem ver ou ligar para ele, meu pequeno ficava sentido.
— Oh meu neném, a titia tava morrendo de saudade também. Você já foi ver a Luna? Ela tava chamando você essa semana! — os olhinhos azuis do Manuzinho brilhavam, ele era apaixonado pela prima, cuidava dela como se fossem irmãos.
— Ainda não levei ele lá, Luna ainda não acordou, Dul. — Christopher disse colocando Manu no chão.
— Annie chegou cedo, o que aconteceu?
— Ela e a tia Blanca estão terminando de fazer alguma coisa lá na cozinha.
— Aí meu Deus, você deixou as duas sem supervisão?? — olhei para Manu e ela ria do meu desespero.
— A mamãe é bagunceira, titia, o papai nunca deixa ela sozinha na cozinha. — Arregalei os olhos para Christopher que visivelmente segurou a risada. Desgraçado.
— Christopher, faz alguma coisa!
— Relaxa, amor, elas estão fazendo coisa pra nossa filha que nós amamos e queremos que seja amada, lembra? Não surta! — Eu era extremamente organizada, principalmente com a minha cozinha, odiava bagunça e sujeira lá. Mas Christopher estava certo, era pela Luna, que inclusive começava a chorar no berço, e pudemos ouvir na babá eletrônica.
— Ok ok, pode ir pegar ela, Chris? — Ele assentiu e deu um beijo rápido em meus lábios, me deixando sozinha com Manu.
— Titia, posso te pedir uma coisa? — esse menino me derrete inteirinha.
— Claro, meu príncipe azul, você pode me pedir qualquer coisa nesse mundo.
— Eu queria outro primo. — É o que? Mal superei o parto da Luna. — Na verdade, eu queria um irmão. Sinto falta de segurar a Lu no colo, ela tá grande demais. — Oh meu Deus, ele era tão precioso.
— Meu amor, a titia não consegue te prometer um priminho agora porque a Lu ainda tá muito pequenininha. — Christopher entrou no quarto com Luna pulando em seu colo, a agitação em pessoa. — Mas eu vou falar com a sua mamãe, tá? Quem sabe ela não te dá um irmãozinho.
— O que aconteceu? — Christopher parecia confuso. Bastante confuso.
— Manu pediu um primo a mais. Ou um irmão. Alguém tem que dar um bebê pro bebê. — senti Christopher ficar tenso por um momento mas logo pareceu passar, deve ter sido coisa da minha cabeça. — Me dá a Luna aqui, vou arrumar ela. Chris, vai olhar a cozinha. — Eu disse choramingando e ele riu, enquanto me dava um selinho.
— Não se preocupe, Dul, volto já. — Ele saiu do quarto, deixando Luna, eu e Manu ali sozinhos.
— Manuzinho, que tal me ajudar a arrumar a Lu? — seu rosto se iluminou e ele assentiu animado, eu amava tanto esse menino.
— Vamos lá pro quarto dela. — segurei minha criatura no colo e peguei na mão de Manu, o guiando para o quarto de Luna.
Assim que entramos, instrui meu pequeno a escolher um lindo vestido pra ela e um sapatinho branco, enquanto eu trocava a fralda dela e amamentava. Apesar de estar grande, Luna ainda gostava do meu leite, e eu jamais negaria algo a ela.
Bons minutos mais tarde, Christopher apareceu no quarto apenas para nos dizer que os convidados já estavam chegando, e por isso ele não tinha conseguido subir antes.
Desci segurando Manu enquanto Christopher segurava Luna. Toda a decoração do aniversário dela estava linda, com tema "no mundo das nuvens" totalmente delicada e a cara dela.
Deu pra perceber que Christopher e eu somos obcecados pelo céu, né?
A festa começou e eu sentia que tinha algo de errado. Christopher estava tenso desde o papo de "dar um primo para Manu", e apesar de nunca termos discutido propriamente quando seria a hora de termos o segundo filho (ou o primeiro, que no caso não foi discutida, mas saiu tudo bem), eu sabia que ele era louco por crianças e talvez pudesse querer mais algumas naquela casa enorme.
Resolvi investigar a situação enquanto Anahí olhava Luna e Manu, junto com minha mãe e tia Alê.
Se fui conversar com Christopher? Claro que não! Mas sim, com o ser humano mais fofoqueiro desse universo.
— Christie! — ele, que conversava com Poncho, me olhou de imediato. Me certifique de que Christopher estaria entretido em alguma conversa e resolvi falar com os dois. Irmão e melhor amigo, eles devem saber de algo. — Christopher tem andado estranho com vocês? Tipo, com umas conversas incomuns?
— Em relação à que, Ardilla? — Contei a eles dois o que Manu tinha dito no quarto e a reação de Christopher, aproveitei inclusive para puxar a orelha do meu primo e me dar mais um sobrinho.
— Candy, Christopher sempre quis muitos filhos, ele ama crianças, eu diria até que é quase uma. Acho que você deve conversar com ele sobre isso.
— Também acho, Dul. — foi a vez de Poncho falar. — Além disso, não precisamos de outro surto seu, então se esse for planejado, nós agradecemos. — revirei os olhos e cruzei os braços para ele.
— Engraçadinho. — dei um tapa em Poncho e mudei o assunto, já que Christopher estava se aproximando. Queria evitar essa conversa porque já não queria outro filho, não agora, mas acho que seria inevitável.
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Yo Si Quería
Fanfiction+18 | Finalizada | Com a vida praticamente inteira planejada, Dulce e Christopher se conhecem desde crianças mas nunca se gostaram. Por conta dos pais, eles foram obrigados a tomar frente das empresas, se casarem e comandar a Saviñon Von Uckermann j...