Capítulo 54

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Mais tarde, naquele mesmo dia, meus pais chegaram a Acapulco com tia Alexandra, surpreendendo à todos. Eu estava morrendo de saudades deles, e estava amando ter todo mundo aqui com a gente.

Após a conversa de Christopher com Poncho, ele havia saído para caminhar e, assim que voltou, parecia outra pessoa. Estava sorrindo, carinhoso com Anahí e até sentou para brincar com Manu. De início, todos estranhamos seu comportamento, até por que estávamos esperando um ataque de raiva da parte dele, mas logo passamos a conviver em harmonia.

Vi Poncho falar algo para Anahí no ouvido e os dois saírem para conversar. Annie pediu para que olhassemos Manu, que no momento enlouquecia Triana, sentando em cima dela, e os observei sair para a praia. Meu coração ficou apertado por um instante, sem saber o que esperar, ou o que pensar.

Christopher estava conversando com meus pais e tia Alê, enquanto Christian se aproximava de mim. Era visível a minha preocupação, me sentia ansiosa só de pensar no que poderiam estar falando.

— Dul, se não quer que minha mãe ou meus tios desconfiem, você tem que disfarçar essa cara. — Ele disse se sentando no sofá, ao meu lado.

— Eu sei, mas estou preocupada, não consigo disfarçar isso.

— Candy, por deus, você precisa ficar mais esperta, não pode ser tão transparente assim, gata.

— O que quer que eu faça, Christian? Eu sempre fui assim, ainda mais quando o assunto é Anahí. Me mata não saber o que eles estão conversando.

— Sabe o que eu acho? Que eles conversaram, se resolveram e agora estão transando na praia. — Arregalei os olhos ao ouvir ele falar, lembrando da minha transa na praia com Christopher, maravilhosa. — O que foi? Acha que Anahí, com aquela cara de anjo dela, não transa por aí?

— Christian, pelo amor de deus, tem criança na sala. — apontei pra Luna e Manu que riam de algo que passava na televisão.

— Certo, desculpa. Mas você já parece relaxada, isso que importa. — sorri para ele e o abracei de lado, Christian era incrível.

— Obrigada, Pollito, eu acho que... — parei de falar quando minha mãe se aproximou e se sentou do meu outro lado.

— Está tão linda, minha filha. Esse amor de vocês têm feito tão bem. — dona Blanca era fã número um de Christopher Von Uckermann, se ela pudesse, desfilava por aí com uma camiseta dele. — Christopher também tem um brilho no olhar sem igual. — olhei para ele, que conversava com meu pai e tia Alê e sorri, meu homem estava cada dia mais bonito.

— Acho que Luna nos fez bem, fez a gente enxergar o que não queria ver, ela juntou nós dois, praticamente. Se não fosse por ela, nós não teríamos nos declarado, passado por tantas coisas... — era verdade, Luna era nossa razão de termos finalmente cedido aos nossos sentimentos e parado com as brigas, meu pedacinho de gente tão novinha mas que já fez tanto pelos pais.

— É muito tarde pra falar que eu te avisei? — minha mãe não perde uma, né meus amores.

— Mamãe, pelo amor de Deus. — eu disse rindo.

— Mas eu avisei, não é mesmo? Desde que aquele cara no centro espírita falou, eu sempre soube, meu amor. Nunca parei de acreditar no amor de vocês, ele só precisava ser desenvolvido. — sorri e me senti ser abraçada por ela, minha mãe era tão amorosa que eu não sei se ela pensava em algo ruim.

Ficamos ali conversando até Anahí e Poncho retornarem, com uma cara indecifrável, mas com as mãos entrelaçadas. Annie gesticulou para mim que depois conversariamos e fomos jantar e conversar sobre a véspera de Natal, que seria no dia seguinte.

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