— Está tudo bem? — Christopher me perguntou baixinho, sussurrando no meu ouvido.
— Sim, amor. Você está bem? — Ele assentiu e sorriu.
— Se tem uma coisa que eu tenho certeza que o papai pagaria pra ver, era Dulce e Christopher assim. — Christian disse nos olhando atentamente, e de fato aquilo era algo que ninguém poderia imaginar, Christopher e eu diziamos tanto que nos odiavamos que aquilo se tornou amor. Irônico, não?
— Eu sempre soube que esses dois aí não se odiavam. — Agora foi a vez de Poncho falar. — Quantas vezes eu já não peguei Christopher suspirando e olhando pra Dulce? Ou Dulce encarando ele fixamente? Eu sempre soube, o olhar de vocês dois entrega muito. — olhei pra Christopher e sorri, de fato nos comunicavamos pelo olhar, tudo que sentíamos era transmitido ali.
— Christopher dizia tanto que te odiava e que gostava de te irritar que acho que nem ele acreditava. — Christian disse arrancando a risada de nós quatro.
— A realidade é que eu sempre gostei da Dul, só escondia isso.
— Não posso negar, eu gostava de odiar ele pra ir contra nossos pais mas acabou que eles estavam certos... — Christopher beijou minha cabeça e eu sorri.
— Será que eu posso roubar minha mulher agora? — eita que meu coração ainda disparava com coisas bobas que ele falava.
— Vocês parecem coelhos, não param de transar. Pior que esfregam na cara dos menos afortunados...
— Christian, é aniversário da nossa filha, não vamos subir pra transar, preciso falar com a Dulce só. — fiz biquinho e choraminguei pra ele.
— Ah, sério? — Christopher arregalou os olhos e me olhou.
— Dulce Maria, se comporta, vagabunda. — Christian disse brincando e eu dei de ombros.
— Só porque você não está dando, não quer dizer que eu não esteja. — Christian me mostrou a língua e eu mandei um beijo no ar pra ele, enquanto saía de mãos dadas com meu marido.
Subimos até o quarto e uma ansiedade passou a me invadir, só não entendia porquê. Christopher fechou a porta atrás de mim, me puxou pela cintura e grudou nossas bocas em um beijo sedento. Nossas línguas em perfeita sincronia, me fazendo ficar totalmente arrepiada dos pés à cabeça, as mãos dele me segurando firmemente contra ele e nossos corações acelerados, em pouco tempo já me sentia excitada e com vontade dele.
— Tem certeza que não vamos transar? — Eu disse assim que quebramos o beijo com alguns selinhos, sem desgrudar nossos corpos.
— Agora não dá, pequena. Temos que dar atenção à Luna e aos nossos convidados. — Bufei frustrada e o dei mais um selinho.
— Certo, e por que subimos? — Christopher levou a mão em um dos bolsos e tirou uma pequena caixinha dali.
— Feliz mais um ano de casados, amor. — sorri largamente para ele e o abracei olhando em seus olhos.
— Feliz aniversário de casamento, amor. Me desculpe ter me esquecido antes, a culpa é da sua filha. — Ele riu tímido e negou com a cabeça.
— Não se preocupe, mi Dul, sei que Luna demanda muito de nós. — abri a caixinha que ele me entregou e peguei um colar com um pingente delicado. Christopher pegou seu celular e o iluminou, assim pude ver o que tinha ali, refletido na nossa parede. 'Eu te amo' escrito em todos os idiomas.
— C-chris, que coisa mais linda. — Eu olhei emocionada para aquele colar, Christopher não cansava de me surpreender.
— Eu quero que saiba que amo você, em todos os idiomas possíveis e em todas as vidas. — colei nossas bocas em um beijo apaixonado, eu o amava demais, era quase físico.
— Eu te amo tanto, meu amor. Você é o homem da minha vida, pra sempre. — Ele sorriu e me deu mais um selinho demorado.
— Tia Blanca vai cuidar de Luna hoje, teremos uma noite...especial. — sorri maliciosa para ele, querendo partir direto pra sobremesa, no caso eu.
— Estou ansiosa para isso. Onde vamos?
— É segredo. Sairemos às 17h.
— Christopher, por que você tem que ser misterioso assim?
— Gosto de te surpreender, passei tantos anos sendo um lixo, gosto de me redimir com você. Sinto essa necessidade. — Eu já tinha percebido o quanto Christopher era romântico comigo ou sua necessidade de me fazer feliz, eu o amava e isso não era preciso.
— Chris, você não tem que se redimir comigo, inclusive essa é a última coisa que você tem que fazer. Eu amo você, independente do nosso passado, do ódio que sentíamos por esse contrato ou por coisas que fizemos quando estávamos com raiva. Você não tem que fazer nada disso, eu te amo de graça, meu amor.
— Acho que faço isso pra reafirmar pra mim mesmo certas coisas, sabe? Eu amo você mais do que tudo nesse mundo, aliás você e Luna, mas fiz coisas no passado que me arrependo muito, como por exemplo a Paulina em nossas vidas à um tempo atrás. Aquela briga que tivemos em Monte Carlo me destruiu, mas foi um divisor de águas para mim. — suspirei e o abracei, olhando para ele.
— Eu sei, aquilo foi horrível para mim também, não imaginei que teria aquela reação, mas também foi ali que percebi o quão apaixonada por você eu estava. Não podemos mudar o passado, mas podemos garantir um presente bom e um futuro melhor ainda. Você não precisa fazer nada disso para eu te amar, Chris.
— Você é a melhor pessoa que eu conheço, não consigo olhar pra trás e ver aqueles dois adolescentes que se provocavam o dia inteiro mais... — Ele sorriu e roçou nossos narizes.
— Éramos imaturos e prometidos à um casamento longo que não queríamos, era natural agirmos daquela maneira. Mas tudo acontece por uma razão, e eu penso que precisamos passar por tudo isso para nosso amor florescer e amadurecer.
— As vezes eu fico pensando será que nos encontrariamos se não estivéssemos destinados à um casamento?
— Eu acho que sim, você é minha alma gêmea, de uma forma ou de outra, ficaríamos juntos.
— Eu te amo tanto, mi Dul. — Ele disse murmurando enquanto roçava nossos lábios.
— Eu te amo, mi Chris. Para sempre.
— Para sempre. — Ele sorriu e me beijou novamente, Christopher era tão transparente as vezes que me dava vontade de chorar. Quebramos o beijo assim que o ar se faz escasso e eu suspirei.
— Pode colocar em mim, por favor? — dei o colar em sua mão e me virei. Senti ele beijar meu pescoço levemente e colocar a linda jóia em mim.
— É tão linda, muito obrigada, meu amor. — Eu disse me virando para ele e o beijando rapidamente. — O que acha de descermos agora? Tô com saudade da minha bebê. — choraminguei para ele que riu de mim, como sempre.
— Vamos, meu irmão com certeza vai achar que transamos.
— Acho que deveríamos mas ok, vou guardar minhas energias para noite. — dei uma piscadinha para ele e entrelacei nossas mãos para descermos. Assim que chegamos em nosso jardim, Christian me olhou e sorriu malicioso, vindo em nossa direção.
— Esse tempo todo lá em cima e ainda tem coragem de me dizer que não ia transar. — Ele disse se aproximando e Christopher riu.
— Não transamos, Ti. Não ainda.
— A cara dos dois nem arde. — rimos e fomos em direção à nossa filha, que ficou animada em nos ver. Luna era a razão do meu viver, eu amava essa menina infinitamente.
Logo, mandamos servir o almoço e prosseguimos a festa. Nunca tinha visto Luna tão feliz e animada, Christopher também tinha um brilho no olhar em ver nossa pequena assim que aquecia meu coração, só queria tirar a limpo com ele aquela história de ele ter ficado tenso falando sobre ter mais filhos, só assim eu ficaria tranquila.
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Yo Si Quería
Fanfiction+18 | Finalizada | Com a vida praticamente inteira planejada, Dulce e Christopher se conhecem desde crianças mas nunca se gostaram. Por conta dos pais, eles foram obrigados a tomar frente das empresas, se casarem e comandar a Saviñon Von Uckermann j...