Capítulo 44

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Parecia que o tempo tinha passado em um estralar de dedos, mas já era dez da noite e Christopher e eu estávamos exaustos. Apesar da quantidade de trabalho, conseguimos revezar e conciliar tudo com dar atenção à Luna e cuidar da nossa pequena.

Enquanto Christopher conversava com a equipe que investigava todo o rolo em nossa empresa, eu percebi o quão zonza eu já estava, e fiz uma pausa. Pois bem, acabamos por descobrir que os chefes da contabilidade e do financeiro da empresa estavam desviando dinheiro, com isso, a Saviñon Von Uckermann tinha um rombo fiscal gigantesco e problemas na Receita Federal, e como isso acontecia a mais um ano, reverter a situação estava complicado.

Resolvi subir as escadas para tomar um banho com Luna, coisa que eu fazia quase todas as noites, eu amava esse momento mãe e filha que nós duas tínhamos, era importante para mim.

Estava cantando tranquilamente para ela, e pude ver seus olhinhos pesados quase se fechando. Como estávamos na banheira, procurava sempre jogar água em suas costas, para mantê-la aquecida, e logo vi Christopher aparecer na porta, com um sorriso tímido no rosto.

— Será que tem espaço pro papai? — Luna se agitou no momento exato que ouviu a voz dele, eu dizia que a menina era apaixonada pelo pai.

— Acho que a resposta dessa criaturinha já diz muita coisa. — Eu disse vendo ele entrar na banheira de bermuda mesmo. Christopher se sentou ao meu lado e passou o braço por cima do meu ombro, abraçando nós duas.

— Obrigado pela ajuda hoje, Dul. Acho que eu não conseguiria sem você. — Ele disse enquanto acariciava as costas de Luna.

— Não precisa me agradecer, já te disse que você não está sozinho nessa, Chris. — Christopher me olhou e sorriu, dando um rápido selinho em meus lábios.

— Preciso sim, você é sempre tão compreensiva e faz tudo para ajudar todo mundo, o mínimo que eu possa fazer é te agradecer.

— Conheço outros jeitos de você me agradecer. — sorri maliciosa para ele, que sorriu de volta.

— Eu amo o quão safada você é. — O beijei rapidamente e me levantei da banheira, sendo seguida por Christopher que pegou a bebê no colo e a secou, enquanto eu fazia o mesmo comigo.

— Vou colocar Luna para dormir e volto já. — dei uma piscadinha para ele, peguei a nenê no colo e sai do quarto, vestindo apenas um roupão.

Minha bebê sorridente não parava de sorrir enquanto eu a trocava. Eu amava tanto essa menina que chegava a doer, se antes dela eu não conhecia o amor, agora eu conheço a parte mais bonita dele.

Fiquei olhando para ela enquanto amamentava e percebi que ela também me olhava atentamente.

— Oi, bebê da mamãe. — foi só eu falar que ela sorriu, mesmo ainda mamando. — A mamãe ama muito você, mais do que você imagina. Obrigada por me mostrar o que é o amor, e graças à você, descobri o amor que eu tenho pelo papai. — Ela me olhava atentamente, com seus olhos pretinhos arregalados. — Além de ser nosso anjinho, você também e nosso cupido, meu amor. E eu amo eternamente você e ele. Mal posso esperar pra você crescer, espero que a tia Annie não roube você da mamãe, igual eu fazia com o Manu. — percebi que seus olhinhos estavam ficando pesados e estavam quase fechando. — Eu te amo, meu amor, dorme com os anjinhos. — logo ela caiu no sono, e eu apenas a coloquei no berço e fiquei a olhando. Além de tudo, minha filha parecia uma boneca de porcelana, era a coisinha mais linda desse mundo, Christopher e eu tínhamos caprichado.

Voltei para o quarto e encontrei Christopher sentado na cama, com o monitorzinho da babá eletrônica na mão. Ele levantou o olhar assim que percebeu que eu estava no cômodo e estendeu a mão para que eu fosse até ele.

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