Capítulo 38

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— Sabe, eu disse, quando descobrimos que a Luna era uma menina, que aquele era o dia mais feliz da minha vida, mas eu estava enganado. Com certeza nada vai superar a felicidade que eu estou sentindo nesse exato momento. — Christopher disse abraçado comigo naquela cama de hospital, já no dia seguinte, enquanto Luna dormia no bercinho ao lado. Meus olhos não secavam em momento algum, o que tinha na água desse lugar que me fazia chorar o tempo inteiro?

— Eu me sinto igualzinha. O fato de ela nascer no dia do nosso aniversário de casamento, me assusta... — Eu murmurei e Christopher me olhou com cara de dúvida. — Ela esperou pra nascer, isso só pode ser um sinal, Uckermann. Ela veio com alguma missão, e nós dois fazemos parte dela, já te disse isso. — Isso era verdade, Luna tinha nascido duas semanas depois do tempo correto, e por mais que os médicos quisessem fazer cesariana, eu sentia que não era o correto.

— Eu acho que... — Christopher dizia mas fomos interrompidos por uma galera entrando no quarto.

Sim, uma galera.

Minha mãe, meu pai, tia Alê, Anahí, Poncho, Christian e Manu.

Como que o hospital autorizou tudo isso de gente aqui, meu Deus?

Pelo menos entraram em silêncio pra não acordar meu bebê.

— Aí, parabéns, casal! Eu deveria matar vocês dois, mas vendo essa cena e essa bonequinha aqui, é impossível. — Annie disse me abraçando, enquanto a atenção de todos estava pra Luna.

— Titi, saudade. — Meu menino favorito no mundo inteiro deu os braços pra eu pegá-lo no colo, e meu coração partiu. Eu morria de saudades do Manuzinho, mas estava mais reclusa no fim da gravidez. Anahí o colocou em cima da cama, ao meu lado e ele me abraçou, deitando sua cabeça no meu peito.

— Oh meu amor, a dinda tava morrendo de saudade de você. Perdoa a titia. — Christopher buscava Manu na escolinha quase sempre, então ele sentia menos falta do padrinho. Ele se aconchegou melhor entre nós dois, logo chamando atenção de todo mundo.

— Manu, a tia Dul tá cansada, filho. — Poncho disse, querendo tirar meu bebê dali. Manu sempre vai ser meu bebê.

— Cansada de ficar longe do meu menino. Deixa de ser chato, Poncho. — Eu disse brincando com ele que sorriu e fez sinal de redenção.

— Meu parabéns, priminha. Pra você também, amigo.

— Valeu, Poncho. — Christopher disse e eu apenas sorri para meu primo.

Todos que estavam naquele quarto lembraram que a criança tinha pais, e vieram nos cumprimentar.

— Candy, sua filha é linda, nem parece que é sua. — Christian disse apenas pra me provocar, e eu mostrei a língua pra ele. — Lembra quando éramos mais novos que eu te chamava de Chuck? Vou voltar com esse apelido, acho tendência.

— Melhor que parecer o tio, olha pra isso. E se você voltar a me chamar disso eu juro que te mato. Ou melhor, volto a te chamar de Fercho, que que você acha? — Ele fechou a cara e cruzou os braços na mesma hora, com uma expressão de indignação.

— Você não ousaria!

— Não me teste, Uckermann mais velho. — semicerrei os olhos encarando Christian, mas logo caímos na risada.

— Vocês são dois idiotas, nunca vi igual! — dessa vez, meu pai nos acusou, mas o que eu podia fazer, era a verdade. Ele se aproximou de mim e me abraçou como pode. — Não acredito que minha bebê tem um bebê! Vitor deve estar orgulhoso de vocês, meus filhos. — Ele disse olhando diretamente para Christopher, que estava com os olhos cheios de lágrimas.

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