Após o sexo ao ar livre, que particularmente foi um dos melhores que já fizemos, Christopher e eu subimos de mãos dadas para nosso quarto. Eu estava sem calcinha, já que agora ela tinha se tornado apenas retalhos, e usava apenas a camiseta dele. Já estava tarde da noite e eu sabia que em breve, Luna choraria, e tudo começaria mais uma vez.
Assim que entramos, vi pela câmera da babá eletrônica que Luna dormia tranquilamente, e Christopher suspirou com o queixo apoiado em meu ombro, enquanto me abraçava por trás.
— Ela é tão perfeitinha, tá cada dia mais parecida com você, Dul. — O olhei de relance e percebi que ele olhava hipnotizado pra ela. Christopher podia estar um pouco ausente, mas era completamente apaixonado pela filha, e todos notavam isso.
A verdade é que eu só não queria que ela crescesse tendo a visão de que o pai trabalha tanto, que não tem tempo pra ela. Meu maior medo era que Luna crescesse frustrada ou desenvolvesse algum trauma por causa do pai, e eu sei que Christopher se sentia exatamente assim, eu o conhecia como ninguém, e eu sei que no fundo, ele estava se martirizando.
— Você acha? Ela me lembra muito você...Ela tem a sua personalidade, isso eu tenho certeza. — Ele riu fraco e beijou meu pescoço, arrepiando minha pele.
— Não sei se isso é bom ou ruim...
— Não diga isso, Chris. — Eu disse me virando e o abraçando pela cintura, olhando em seus olhos. — Você é um homem incrível, Luna e eu temos muita sorte de te ter.
— Eu ando falhando tanto com vocês... Eu juro que não era pra ser assim. — Ele encostou sua testa na minha e suspirou.
— Não temos como reparar nosso passado, mas podemos passar a rever nossas atitudes. Já conversamos sobre isso, Chris, não se sinta assim, Luna não vai lembrar disso e eu já te perdoei, sei que você vai passar à prestar mais atenção nessas coisas, eu conheço você com a palma da mão e inclusive sei que você está se martirizando por isso. Não precisa, já está tudo bem.
— Acho que você tem razão. Eu fiquei abalado pelo que você falou sobre a Luna dormir com a minha camiseta. Meu Deus, a minha filha tem todo o direito de me odiar. — Ele apertou os olhos e negou com a cabeça, por mais magoada que eu tinha ficado, não gostava de vê-lo dessa forma. Entrelacei minha mão com a dele e nos guiei para a varanda do nosso quarto. Ele se sentou na poltrona e antes que eu pudesse me sentar ao seu lado, fui puxada para sentar em seu colo. Olhei para a lua cheia que nos iluminava e suspirei, mas assim que desviei meu olhar, percebi que estava sendo atentamente observada por Christopher. — Eu não canso de apreciar você e sua beleza. — fiquei levemente corada e ele percebeu.
— Pare, não vamos mudar o foco dessa conversa. — dei um tapinha leve em seu braço e ele sorriu.
— Foi você que sorriu abobalhada pra Lua, eu só estava te olhando, e sinceramente é a vista mais bonita da cidade. — Ele tirou o dia pra me envergonhar?
— Eu gosto de olhar pra Lua, ela me acalma, me traz paz, é bom refletir olhando pro céu. — Ele suspirou e me puxou para deitar em seu peito, enquanto olhava pra cima.
— Parece que sempre fomos mais parecidos do que imaginávamos, né?
— Sim... — murmurei e o olhei, o que ele tinha dito antes ainda ecoava na minha cabeça. — Chris, Luna nunca vai te odiar, é impossível odiar você. Ela é apaixonada por você, vocês têm uma conexão incrível, isso nunca vai se perder. — Ele abaixou a cabeça e mexeu com as mãos.
— Eu tenho muito medo disso. Luna é fruto dessa loucura que a gente vive, graças a ela nós chegamos até aqui juntos, ela só tem três meses mas é uma criança incrível, eu quero que ela me veja como eu via meu pai. Quero que ele também tenha orgulho de mim. Tem noção do quanto ele deve estar decepcionado comigo? Falhei com você, com a nossa filha, com a nossa empresa...
— E juntos nós vamos solucionar tudo isso. Tio Victor tem orgulho de você, Chris, e você sabe disso. Não se prenda às falhas e sim como vamos resolvê-las, e honestamente você já acertou duas de três. Não é justo você ter que carregar a empresa nas costas sozinho se somos presidentes juntos, e isso com certeza não é função do Christian, mesmo de licença, eu posso te ajudar daqui de casa e dar um jeito, só não quero que se sinta assim, ou que diga essas coisas sobre o tio Victor, todos têm muito orgulho de quem você se tornou, a prova disso é a Luna babona pelo pai. — Ele sorriu fraco e olhou nos meus olhos tão intensamente, que naquele momento eu me sentia nua.
— Eu não sei o que seria de mim sem você. — sorri para ele e acariciei suas bochechas.
— Por favor, você estaria devastado, seria medíocre... — Eu disse em tom dramático de brincadeira e ele riu, me apertando contra ele.
— Você não falou sério mas provavelmente é uma verdade. — sem que eu pudesse responder, ele me puxou para um beijo tão intenso quanto seu olhar. Nossas línguas se enroscavam em perfeita sincronia, as mãos dele me seguravam firmes e eu passei a arranhar suavemente sua nuca, arrepiando sua pele. Eu já sentia minha boceta pulsar novamente, e a saudade dele já me invadia.
— Chris, eu quero você, amor. — eu disse quando ele desceu os beijos, assim que nos faltou ar.
Levei minhas mãos ansiosas por cima da sua bermuda e passei a massagear seu pau, que já estava duro. Ele estava tão excitado quanto eu. Christopher capturou minha boca em um beijo sedento e quando eu ia abrir o botão de sua roupa...
A babá eletrônica soou no ambiente. Luna estava chorando.
Suspirei chorosa para ele, que riu de mim.
— Poxa filha, a mamãe só queria dar de novo. — Eu disse me levantando do colo dele e indo em direção à porta da varanda, mas sendo impedida por Christopher.
— Eu pego ela, amor. Vai tomar um banho frio. — Ele disse em tom de brincadeira e eu choraminguei mais.
— Vai ser rápido, eu prometo. Acho que ela quer mamar. — Eu disse enquanto via ele sair do quarto.
— Não se preocupe. — Christopher saiu do quarto e fechou a porta. Fui procurar meu celular para ver as horas, a fim de saber se era o horário habitual de alimentar minha cria, mas fiquei congelada com a cena que vi do monitorzinho.
— Oi, princesa do papai. — Ele disse enquanto pegava ela no colo e a aninhava ali. — Se acalma, meu amor, papai está aqui. E sempre estará aqui. — Luna já tinha parado de chorar, e observava atentamente aos movimentos de Christopher. — Perdoa seu pai por ter estado distante, minha bebê, você é a minha bonequinha e eu vou te amar para sempre, te prometo que nunca mais isso vai acontecer. — Ela fez um barulhinho com a boca, parecendo concordar com ele, e a essa altura, eu já estava chorando. — Nós vamos ser melhores amigos, eu vou te levar para todos os lados e nós vamos nos meter em altas aventuras... Claro que tem a mamãe, e algumas delas nos faremos escondidos dela, sabe com ela é brava, né? — Mais um barulhinho com a boca, vindo do meu pacotinho humano. — Pois é, meu amor. Mas sabe, a mamãe é gente boa, ela é bem legal, e se você não tivesse nos interrompido, a gente estaria fazendo coisas proibidas pra você até os 30 anos, e eu espero que você obedeça o papai, Luna Maria. — Ele tentou engrossar a voz mas de uma forma engraçada. — Eu te amo, meu amor, pra sempre. Você é o anjinho que eu pedi à Deus, você e sua mãe são tudo que eu sempre sonhei. — a esse ponto, eu já estava em prantos, não sabia se era possível morrer de felicidade, mas se desse, eu partiria nesse exato momento. Vi Christopher sair do quarto dela e rapidamente entrei no banheiro, ligando o chuveiro, Deus me livre ele pensar que eu escuto as conversar dele.
Tomei o banho mais rápido de toda a minha vida e sai do banheiro, enrolada numa toalha. Me deparei com Christopher sentado na cama, com Luna em seus braços, e cantando pra ela uma canção de amor, uma das minhas favoritas, e ali eu fiquei suspirando e observando aquele momento ao vivo, aquela conexão era a mais forte que se tinha, e naquele momento.
"É o meu amor revolucionário."
E eles eram. Assim, eu percebi que tudo de ruim que eu estava sentindo antes, tinha ido embora, e na realidade eu só precisava deles dois, e nada mais.
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Yo Si Quería
أدب الهواة+18 | Finalizada | Com a vida praticamente inteira planejada, Dulce e Christopher se conhecem desde crianças mas nunca se gostaram. Por conta dos pais, eles foram obrigados a tomar frente das empresas, se casarem e comandar a Saviñon Von Uckermann j...