Capítulo 14

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Ellen que sempre adorava ficar a vontade em casa,vestiu uma camiseta e um short que estava em seu guarda roupa,prendeu os cabelos com um laço,algo simples mas que a deixava tão linda como as noivas que apareciam no comercial que passava na tv.
A casa estava em silêncio, Leslye já havia passado em seu quarto mais cedo para lhe dar mais remédios e verificar sua temperatura que estava normal,o que sentiu mesmo foi um resfriado,com os remédios certos em poucos dias estaria ótima novamente.
Desceu para a cozinha e agradeceu que não cruzou com o pai,a mãe ela já sabia que havia saído para tomar café com um grupo de amigas,o que não era nenhuma novidade pois se encontravam duas vezes na semana,cinco mulheres elegantes que nem faziam idéia do que iriam fazer naquele dia.

- Dalva! - Ellen chamou a governanta.

- Ellenzinha,você me assustou menina! - a senhora de cabelos grisalhos exclamou. - A goela não muda, é capaz de acordar os mortos. - riu largando o pano de prato que tinha nas mãos. - Que saudade de você.

- Eu também,fiquei triste que você não estava ontem. - Ellen deu um abraço tão apertado na senhora que balançou o corpo das duas de um lado a outro. - Como senti tua falta.

- Não sei não,nunca mais me ligou,nem do meu aniversário lembrou. - Dalva comentou ressentida,havia cuidado de Ellen desde criança.

- Eu juro que lembrei e pensei muito em você, liguei para cá e você estava de folga. - Ellen se desculpou mexendo nos cabelos da mulher,tanto Dalva havia envelhecido naqueles anos. - Não faz essa carinha,você também está na hora de ter um celular,vou te dar um de presente.

- Obrigada minha filha,mas eu não gosto dessas coisas,eu nem ia saber mexer.

- Ah você aprende,tem aparelhos hoje com várias facilidades,assim a gente pode se falar sempre. - Ellen sentou em frente a mesa. - Só não vai arrumar um namorado pela internet.

- Menina! - Dalva riu,seu rosto se ruborizou. - Sua mãe pediu que preparasse um chocolate quente para você.

- Que saudade desses mimos todos.

Ellen sorriu enquanto Dalva preparava tudo para ela.

- Bom dia Sr Pompeo. - Dalva cumprimentou o patrão.

- Bom dia Dalva. - John retribuiu o cumprimento. - Peça que hoje façam a limpeza do jardim,esse último jardineiro só fez merda,a grama está alta.

- Sim senhor. - Dalva já não era mais a mesma de antes,já não sorria e se voltou para seus afazeres domésticos.

- Bom dia meu docinho. - ele disse se referindo a Ellen pelo apelido que lhe dera anos atrás,quando ela era criança. - Está
tudo bem com você hoje?

Ellen ignorou ele totalmente,era como se ele não estivesse ali.

- Dalva,você pode sentar e tomar café comigo. - Ellen disse.

Enquanto relutante Dalva se sentava a mesa,John cruzou a cozinha para abrir a geladeira e Ellen ficou observando cada passo dele,os olhos dos dois se encontraram quando de repente ele se virou.

- Então docinho,quanto tempo você vai ficar na cidade? - a voz de John se tornou suave,era a naturalidade fingida,o afeto fantasioso que sempre existiu entre eles antes dele mostrar suas garras

Top Model,a modelo do magnataOnde histórias criam vida. Descubra agora