03| Let's have fun, sweetheart?

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Aisha Collins

Meus olhos se abriram devagar, mas já se fecharam por culpa da forte luz do sol que entrava pela minha janela. O inverno estava acabando e por isso o sol estava aparecendo mais vezes.

Olhei lentamente para o relógio em cima do criado mudo, vendo que era 10h. Perdi o horário. Estou atrasada para o trabalho. De depende, uma onda de confusão me atingiu. Não me lembrava de ter vindo embora. Aos poucos fui me lembrando dos acontecimentos da noite passada. De Nicholas aparecer no meu "encontro" com Carl.

Meu deus. O Carl.

Levantei da minha cama num pulo, e conhecei a andar de um lado para o outro no meu quarto. Ele morreu? Esse pensamento me fez começar a chorar. Aquilo foi mais um pesadelo, ou aconteceu de verdade? Minha cabeça doi tanto. Eu não sabia mais o que era real ou não.

Com o coração acelerado e o medo de que o que aconteceu na noite passada não fosse um sonho, sai do meu quarto rapidamente e desci as escadas. Avistei minha mãe sentada na mesa da cozinha tomando café. Ela estava com um semblante triste.

Quando me aproximei dela, minha mãe notou minha presença e se virou para mim. Ela fez um expressão de pena e vi que segurava o choro, me fazendo ficar preocupada.

— Mãe? — perguntei com minha voz falhada, já esperando o pior.

— O Carl, Aisha... — ela disse e engoliu em seco.

Meu coração errou uma batida e minhas mãos começaram a tremerem. Eu já sabia o que aconteceu. Eu não queria que tivesse acontecido.

— Ele foi encontrado- — se interrompeu com um soluço.

Já não conseguia controlar minhas lágrimas. Elas escorriam pelas minhas bochechas e minha mãe veio ao meu encontro para me abraçar.

— Ele está em estado grave. — ela falou e eu senti o ar faltar em meus pulmões.

Ele não morreu.

— Eu quero ver ele, mãe. Em que hospital ele está? — perguntei desesperada, falando tudo rápido demais, que dúvido se de para entender o que eu falo.

— Está no perto da cafeteria, eu te levo. — ela disse me dando um beijo na minha testa, depois me apertando em mais um abraço. — Ele vai ficar bem. Eu sei que vai. — sussurrou e eu concordei, engolindo o nó que se formou em minha garganta.

Troquei de roupa rapidamente, enquanto minha mãe tirava o carro da garagem. O caminho até o hospital foi feito em um silêncio no carro, mas na minha mente estava uma confusão. Eu era a culpada disso. Eu não sei porque Nicholas estava atormentando minha vida, e nem o que ele era, mas eu deveria tomar cuidado.

Quando o carro parou em frente ao hospital, eu desci em um pulo e corri para dentro. Perguntei a recepcionista onde estava o Carl, e ela me passou o número do quarto. Eu nem ao menos esperei minha mãe, e subi para o segundo andar, e fui direto para o quarto em que Carl estava. Meu coração estava batendo em pura preocupação, e eu não conseguia fazer minhas mãos pararem de tremerem.

Abri a porta do quarto e vi a mãe de Carl ao seu lado. Ela estava segurando a mão do seu filho e olhando para o mesmo com preocupação. Era notável as olheiras debaixo dos seus olhos. Beatrice percebeu que entrei no quarto e olhou na minha direção.

— Como ele está? — perguntei me aproximando da cama onde Carl estava.

Ele tinha um enorme curativo no seu pescoço e estava de olhos abertos encarando o teto, mas não parecia estar acordado.

— O médico disse que- — um soluço interrompeu sua frase. — Que não sabe o que esta acontecendo com meu filho. — ela disse olhando para Carl com um certo desespero em seus olhos.

Dark SoulmateOnde histórias criam vida. Descubra agora