Dark Soulmate

15| werewolf

Aisha Collins

— Ela vai ficar bem? — perguntei para o médico preocupada.

Minha mãe estava muito doente, por isso ainda continua no hospital. O médico não sabe ao certo o que ela tem, ele disse que talvez ela esteja com pneumonia, mas tem que fazer exames para ter certeza.

— Eu não posso mentir, sua mãe está em um estado grave. — ele disse com um olhar de lamento.

Eu não entendo, ela não deveria ter ficado doente. Eu não fiquei quando virei vampira, muito pelo ao contrário, nunca mais fiquei doente.

— Eu vou fazer mais alguns exames para ter certeza o que ela tem. — ele disse e eu concordei.

Enquanto o médico ia para seu quarto, recebi uma mensagem do Nicholas me dizendo para me encontrar com ele em um bar o que me deixou confusa e desconfiada. Mas não questionei muito, só comecei a andar em direção ao bar.

O bar ficava a uns vinte minutos do hospital andando, se eu fosse de carro teria chegado mais logo. Olhei para a entrada do bar e achei estranho o fato de estar bem movimentado o local. Agora era seis e meia, normalmente esse horário não tem muita gente nos bares.

Quando entrei, avistei Nicholas sentado em um banco em frente ao balcão, enquanto bebia alguma coisa. Me aproximei, fazendo ele notar minha presença.

— Demorou. — ele disse quando me aproximei e me sentei ao baco do seu lado.

— Estava no hospital. — eu disse e ele me olhou.

— Sua mãe ainda está lá? O machucado já deveria ter cicatrizado. — ele disse confuso.

— Ela está doente. — eu disse e ele me olhou como se já soubesse o que está acontecendo.

— Merda. — ele disse bebendo toda a bebida que estava no seu copo de uma vez. — Você lembra como era a mordida? — ele perguntou depois de um tempo e eu dei de ombros.

— Era quase igual quando Enzo me mordeu, porém tinha mais sangue e o machucado era maior. — eu disse e ele suspirou.

— Ela realmente foi atacada por um cachorro. — ele disse sarcástico e rindo, só não sei qual a graça aqui.

— O que? — perguntei confusa.

— Não foi um vampiro, foi um lobisomem. — ele disse e eu franzi meu cenho.

— Lobisomem? — perguntei assustada. — Ela vai virar um lobisomem?

— Não. — ele disse erguendo sua mão e pedindo mais duas bebidas para o barmen. — Não tem como virar um lobisomem quando você não nasce sendo um. — ele disse quando o barmen foi preparar as bebidas.

— Então porque ela está doente? — perguntei preocupada.

— Porque uma mordida de lobisomem é quase letal, causa várias doenças até levar a pessoa a morte. — ele disse e eu segurei meu choro.

O barmen voltou com duas bebidas, uma para Nicholas e uma para mim. Eu não iria beber, mas com essa notícia, talvez ficar bêbada seria bom. Então bebi um gole da bebida e fiz uma careta pelo gosto forte de álcool.

— Mas existe um antidoto. — ele disse e eu suspirei de alívio.

— Como a gente consegue? — perguntei esperançosa.

— A gente não vai conseguir. — ele disse e eu o olhei engolindo o nó enorme que se fazia na minha garganta. — O antídoto tem que vir da alcatéia do lobisomem e eu duvido que ele vai te dar o antídoto.

— Ela vai morrer? — perguntei com a voz falha e sentindo meus olhos lacrimejar, enquanto olhava para Nicholas.

E novamente senti que ele estava paralisado no lugar enquanto me olhava. Ele não se moveu e nem disse nada por algum tempo.