11| we are even

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Aisha Collins

Ei... Acorda... — escutava uma voz parecendo longe me chamando. Eu sentia uma pressão em meus ombros, enquanto o que eu acho ser duas mãos me balançavam.

Minha cabeça doía e eu tentei abrir meus olhos, mas havia uma luz forte, o que me fez fechar os olhos novamente com força. Resmunguei algo incompreensível até para mim e eu só queria voltar a dormir.

Minhas costas estavam confortavelmente encostada em algo macio. Eu não fazia a menor ideia da onde eu estava e nem mesmo quem me chamava.

— Acorda porra. — a voz que antes parecia calma, agora chegaram em meus ouvidos de uma forma agressiva e alta.

Franzi meu cenho e tentei novamente abrir meus olhos. Pisquei algumas vezes tentando me acostumar com a forte luz que me causava dores, e aos poucos consegui abrir meus olhos totalmente. Meu foco primeiramente foi para a luz, que descobri vir de uma lâmpada.

— Tá me ouvindo? — alguém disse e essa pessoa entrou em meu campo de visão.

Era Nicholas. Ele estava me olhando atentamente com seus grandes olhos, que agora descobri ser castanho escuro, quase chegando no preto. Sua camiseta estava suja de sangue e eu me desesperei. Olhei para os lados, tentando me localizar, mas só me fez ficar assustada ao ver que eu estava em um lugar desconhecido. Era uma sala, e o lugar macio que eu estava sentada era um grande sofá cinza.

Voltei a olhar para Nicholas e eu queria perguntar onde eu estava. Minha mente estava confusa, e minhas memórias eram vagas e com muitos furos pra mim saber o que realmente aconteceu e porque eu estou aqui.

— O que...? — perguntei confusa e assustada.

— Caralho, pensei que você fosse morrer. — ele disse respirando aliviado e se afastou de mim, parando no meio da sala e ainda me olhando.

Coloquei minha mão na minha testa, que doía e eu gemi quando encostei em um machucado nela.

Aos poucos fui me lembrando do que aconteceu e isso só fez minha dor de cabeça piorar. Coloquei minhas mãos na minha cabeça, sentindo uma pontada forte nela.

— Minha cabeça... Está doendo. — minha voz saiu baixa e fraca, enquanto eu sentia minha garganta seca.

— Você bateu a cabeça em mais algum lugar sem ser a testa? — ele perguntou se aproximando novamente e me olhando atentamente.

Confirmei balançando levemente minha cabeça. Dessa vez, não precisei me esforçar tanto para me lembrar de Enzo batendo minha cabeça com força contra a parede do beco.

— Que porra, deixa eu ver. — ele disse se aproximando bruscamente de mim, me assustando mais. — Me mostra. — ele disse quando parou na minha frente e viu que eu iria me afastar se ele se aproximasse mais.

— Ta. — eu disse e me virei para o lado lentamente sentindo meu corpo um pouco dolorido. Inclinei minha cabeça para baixo e senti os dedos de Nicholas chegarem na minha nuca.

Fechei meus olhos quando senti a ponta fria dos seus dedos contra a pele da minha nuca. Ele com as suas duas mãos, procuraram por algo na minha cabeça, entre meus cabelos e eu sentia que ele estava fazendo uma grande bagunça nos meus fios.

— Aí. — reclamei quando ele encostou sua mão em um ponto específico na minha cabeça.

— Para quieta. — ele disse segurando minha cabeça no lugar, quando eu fiz menção de levantar ela.

— Cuidado então... — eu murmurei fazendo uma careta por causa da dor.

Sua mão afastou um pouco os meus fios daquela região, fazendo meu cabelo cair praticamente todo no meu rosto. Dessa vez, com menos pressão ele passou seus dedos novamente no meu machucado na cabeça.

Dark SoulmateOnde histórias criam vida. Descubra agora