Aisha Collins
— Lembra do plano. — Nicholas disse pela milésima vez.
— Eu sei. — eu concordei. — Esperar ele aparecer, enrolar ele para não perceber a presença de vocês quando se aproximarem.
— Isso, mas ele é esperto, então não o subestime. — o carro parou e eu respirei fundo.
Meu coração estava acelerado tanto de medo e de ansiedade.
Ajeitei a escuta que colocaram por dentro da minha jaqueta para eles saberem o que estava acontecendo.
Nicholas poderia se comunicar comigo através da sua coisa de demônio que entra na minha cabeça, mas seu pai poderia descobrir, então a tecnologia foi nossa melhor opção.
Desci do carro e olhei para a floresta escura.
— Vai dar tudo certo. — Nicholas desceu também e se aproximou.
Senti sua mão na minha e a apertou levemente.
— Eu tô com medo. — o encarei.
— Não vou deixar nada de mal acontecer a você, não importa o que eu tenha que fazer. — disse segurança meu rosto e aproximando seu rosto depositando um leve selinho em meus lábios.
Concordei com a cabeça e me separei dele. Era hora de enfrentar o diabo.
— Saberemos a hora certa de ir. — Isaac disse de dentro do carro e eu concordei.
Com passos hesitantes adentrei a floresta e comecei a andar cada vez mais a fundo por entre as árvores.
Minutos andando, encontrei o lugar que me foi descrito. Um campo. Parei de andar e analisei ao meu redor não conseguindo ver muitas coisas pela escuridão.
Estava uma noite escura e fria. As árvores pareciam estar mais sombrias assim como o céu.
Abracei meus braços me sentindo vulnerável.
Eu estava começando a me arrepender só pelo fato de estar aqui sozinha. Ninguém poderia me acompanhar pois o diabo sentiria a presença deles, por isso acharam melhor ficar distantes.
Mas eu sentia que ainda sim Nicholas me vigiava, não sei como.
Encarar o diabo sozinha era aterrorizador, mas o medo de perder minha mãe era ainda maior. Nessas horas eu percebo que pelas pessoas que amo eu literalmente faria de tudo.
Um vento fria balançou meus cabelos e senti minha pele arrepiar pelo frio que a jaqueta fina não esquentava o suficiente. Me abracei ainda mais forte e a cada segundo minha ansiedade aumentava.
A cada barulho, por menor que fosse, me deixava em alerta. Ele poderia chegar a qualquer momento e ele não era confiável.
Eu soube quando ele chegou pois a sensação horrivel que me invadiu era inconfundível. Sempre sentia quando ele se aproximava.
Engoli em seco e apertei o tecido da minha jaqueta entre meus dedos tentando conter a tremedeira do meu corpo que agora não era só de frio, mas também de medo.
— Fiquei muito feliz quando aceitou o acordo. — me virei rapidamente ao ouvir sua voz atrás de mim.
Seu sorriso era perverso e nos seus olhos brilhavam maldade.
— Cadê minha mãe? — perguntei firme tentando não demonstrar todo terror que eu sentia.
Ele ergueu sua mão e balançou seus dedos como se chamasse alguém. Atrás dele percebi algo se aproximar lentamente.
Quando chegou mais perto identifiquei ser minha mãe. Ela andava devagar e seus olhos estavam com uma cor estranha, assim como ela não parecia estar consciente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dark Soulmate
HorrorVocê acredita em almas gêmeas? Você acredita que um ser tão sádico e cruel poderia ser a alma gêmea de alguém? Por um azar de Aisha, seu destino foi entrelaçado com o de Nicholas, um demônio que quer matar ela, mas não pode porque a vida dos dois e...