Aisha Collins
Dentro do carro, com meu coração acelerado, eu tentava não bater em nenhum carro, enquanto eu dirigia em uma velocidade que se uma polícia me parasse, no mínimo, eu levaria uma multa. Minutos depois, avistei o grande prédio do hospital.
Estacionei o carro de qualquer jeito e sai num pulo, não me importando nem de trancar as portas. Entrei no hospital e corri para o elevador, pra subir no terraço. Eu não me importava com as pessoas me olhando como se eu fosse uma maluca, e eu realmente deveria estar parecendo uma.
Entrei no elevador e apertei o botão para subir pro último andar.Quando cheguei no terraço, olhei para todos os lados, não conseguindo ver nem Nicholas e nem Carl.
— Chegou um pouco tarde demais. — disse uma voz atrás de mim e eu me virei num pulo.
Encostado na mureta do terraço, estava Nicholas com um sorriso perverso.
— O que você fez com ele? — perguntei com minha voz trêmula, enquanto uma sensação de angústia me consumia.
— Olha você mesma. — disse dando um passo para o lado e indicando para que eu me aproximasse.
Em passos rápidos me aproximei da mureta e olhei para baixo, vendo um corpo caído. Por ser noite, não conseguia enxergar muita coisa, mas eu sabia que era Carl. Senti minhas bochechas ficarem molhadas e uma dor no meu coração. É minha culpa.
— O que você fez? — perguntei em um sussurro com meus olhos arregalados.
— A pergunta é: o que você fez? — respondeu no mesmo tom de voz que a minha, aproximando sua boca do meu ouvido.
O empurrei e sai correndo do terraço, para chamar um médico e tentar salvar Carl. Ele ainda pode estar vivo, não é?
Desci correndo, sentindo meu choro ficar cada vez mais frenético e mais forte. Quando cheguei no primeiro andar, comecei a gritar por socorro e em palavras embaralhadas, falei que Carl estava caído na parte de trás do hospital. Rapidamente enfermeiros e um médico correram para o local que eu disse e eu fui atrás.
Chegando lá, vi que realmente era ele. Seus olhos estavam abertos, enquanto tinha muito sangue ao redor da sua cabeça. Senti minhas pernas fraquejar e eu caí de joelhos, chorando compulsivamente quando o médico colocou dois dos seus dedos no pescoço de Carl tentando procurar algum sinal de vida e quando não achou, se virou para mim negando com a cabeça.
"Foi minha culpa... Minha culpa..."
Minha mente insistia em me acusar.Senti dois braços me erguerem do chão, mas eu estava totalmente mole e sem qualquer vontade de falar alguma coisa.
— Ele... Ele se matou. — escutei a voz de Nicholas e eu franzi o cenho, percebendo que era ele quem me segurava.
Empurrei com força, me afastando dele e vendo que ele tinha uma expressão falsa de tristeza.
— Foi você... Você matou ele. — eu disse o acusando e vi o médico se levantar e vir para perto de nós.
— Ela está abalada pelo o que aconteceu. Eu também estou um pouco abalado... — disse e vi ele fungar.
— Sínico. — eu disse com nojo em meio as minhas lágrimas e avancei nele.
Enquanto eu tentava o acertar com meu punho, ele apenas os segurava, não deixando que eu o ferisse. Novamente senti alguém me abraçar, e percebi ser um enfermeiro. Ele me afastou de Nicholas, enquanto eu me esperneava e chorava. Senti uma picada no meu pescoço e minha visão foi ficando escura.
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Dark Soulmate
HorrorVocê acredita em almas gêmeas? Você acredita que um ser tão sádico e cruel poderia ser a alma gêmea de alguém? Por um azar de Aisha, seu destino foi entrelaçado com o de Nicholas, um demônio que quer matar ela, mas não pode porque a vida dos dois e...