16| desire

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Aisha Collins

Ariadne estava sentada no sofá da casa do Nicholas, com um olhar assustado.

— Você vai querer fazer isso do jeito fácil ou do jeito difícil? — perguntou Nicholas pegando um banco e se sentando em frente a ela.

Ela abriu a boca várias vezes e fechou, sem falar nada. Eu estava apreensiva, eu sabia que Nicholas poderia fazer muito mal a ela e o que me deixa mais irritada, é que eu não iria intervir se isso fosse salvar minha mãe. E isso me assusta.

— Do jeito difícil então. — ele disse e o sorriso de lado que ele deu, me enviou arrepios, mesmo não sendo direcionado a mim.

— Nicholas, espera... — eu disse colocando uma mão no seu ombro, quando ele fez menção de levantar e provavelmente, a machucar.

Senti seu corpo se enrijecer com meu toque, enquanto ele inclinava a cabeça para o lado, olhando minha mão em seu ombro, mas com essa encarada, eu retirei ela instantaneamente. Nicholas balançou a cabeça e voltou a olhar em direção a Ariadne, que agora me olhava como se me pedisse socorro. Mas eu não podia fazer nada.

— Eu falo. — ela disse com a voz trêmula.

— Fala então. — disse Nicholas sério, cruzando seus braços.

— Foi o Maicon Amarok. — ela disse.

— É claro que foi esse filho da puta. — disse Nicholas passando uma mão pelos seus cabelos escuros.

Ele se levantou da cadeira e mandou Ariadne se levantar também. Ouvi o coração da garota disparar, deixando nítido o medo em cada batida, assim como em suas mãos trêmulas.

Eu estava alarmada sobre o que Nicholas poderia fazer, agora que ela disse quem foi, não tem motivos para a machucar, mas acho que ele não pensa da mesma forma. Nicholas parou ao lado dela, ficando os dois de frente para mim. Ele retirou o cabelo que tampava seu pescoço, o colocando para trás, deixando assim a área totalmente exposta. Munha boca secou quando olhei seu pescoço e eu quase podia sentir o gosto do seu sangue em minha boca.

Ariadne estava com os olhos arregalados e paralisada no lugar, enquanto Nicholas abria um sorriso malicioso em minha direção.

— Quer provar da fonte, docinho? — me perguntou, aproximando seu rosto e cheirando o pescoço dela.

Engoli em seco, tentando manter minha cabeça no lugar e não perder o controle. Mas era difícil quando a única coisa que eu pensava, era como seria tomar um sangue fresco invés do das bolsas.

Balancei minha cabeça, tentando manter esses pensamentos longe.

— Não. — eu disse negando e dando uns passos para trás, segurando os fios do meu cabelo e usando todo meu auto controle, enquanto minha minha garganta secava e uma grande sede se fazia presente no meu corpo.

— Tem certeza? — ele disse arqueando uma sombrancelha.

Ele abriu sua boca, deixando suas grandes presas a mostras para mim e aproximou sua boca do pescoço de Ariadne, mas suas ações foram interrompidas pela voz da garota assustada.

— Maicon ficaria ainda mais irritado se me machucasse. — disse com a voz embargada pelo choro que prendia.

Nicholas fechou a boca lentamente, abrindo um sorriso e eu franzi o cenho.

— Olha só, Aisha... — disse irônico ainda sorrindo. — Agora temos algo para trocar pelo antídoto. — Apontou para Ariadne.

Entendi. Eu tenho uma chance de salvar minha mãe e isso me fez respirar com alívio.

Dark SoulmateOnde histórias criam vida. Descubra agora