20| restaurant

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Aisha Collins

Quando o Nicholas disse "vamos ficar bem juntinhos" eu não imaginava que isso significaria que ele iria me seguir para todo canto.

No trabalho, na rua, mercado e até em casa, ele estava lá, me vigiando. As vezes de longe, as vezes chegava perto pra fazer um comentário extremamente desnecessário e irritante.

Estava a caminho pra casa e via pelo retrovisor, seu carro seguindo o meu. Quando estacionei na calçada, vi seu carro parar também e eu rapidamente sai.

— Acho que você não precisa me seguir até em casa com o seu carro. — eu disse quando cheguei na janela do seu carro.

— Se não precisasse, eu não seguiria. — ele me olhando. — Você é muito burra e fácil de ser pega.

— Você é muito idiota, cada dia me surpreende mais. — eu disse e ele abriu um sorriso irônico.

Escutei a porta da minha casa abrir e me virei, vendo minha mãe na porta. Ela olhou surpresa para Nicholas e veio em nossa direção.

— Nicholas, quanto tempo. — ela disse e a expressão dele foi de um completo idiota, para um anjo em segundos.

— Estava muito ocupado esses dias. — ele disse e ela balançou a cabeça.

— Por que não fica para a janta?

— O que?! — perguntei desesperada.

— Claro que sim. — ele concordou e eu o olhei irritada.

— É claro que não.

— Não seja mal educada, Aisha. — minha mãe disse e eu revirei meus olhos. — Vamos, entrem, a janta já está quase pronta.

Nicholas saiu do carro e acompanhamos minha mãe para dentro de casa. Tomei uma respiração profunda para não surtar aqui mesmo.

Eu e Nicholas nos sentamos na sala, enquanto minha mãe foi a cozinha terminar a janta.

— Você deveria ir embora. — eu disse apontando para a saída.

— Por que? Eu gosto tanto de você e da sua mãe. — ele disse com o sarcasmo pingando em cada palavra que saia da sua boca.

— Se você fizer qualquer coisa-

— Blá, blá, blá. — ele disse me cortando. — Suas ameaças é uma merda, até uma criança de oito anos ameaça melhor.

Ele se aproximou de mim, passou seu braço por cima do meu ombro, me fazendo o empurrar, mas ele nem se mexeu do lugar.

— Se eu quisesse, eu matava sua mãe e te trancava em um porão pela eternidade. — ele disse e eu o olhei aterrorizada, não duvidando que ele realmente faria. — Mas eu sou uma boa pessoa. — terminou sorrindo pra mim.

Abri minha boca pronta para o xingar, mas minha mãe apareceu na sala.

— Vamos jantar? — ela disse e rapidamente me levantei, me afastando de Nicholas em seguida.

Ele se levantou e se pôs do meu lado, fazendo minha mãe nos olhar com brilhos nos olhos.

— Claro.

Fomos a cozinha e nos sentamos na mesa. Era macarrão e sinceramente, eu estava morrendo de fome.

Enquanto comia, escutava minha mãe e Nicholas conversarem sobre diversos assuntos. Me perguntava como esse monstro consegue fingir ser outra pessoa tão bem.

Ele perto da minha mãe, se tornava a pessoa mais educada possível. Era estranho ver ele assim.

— Sabe, eu recebi um vale em um restaurante aqui perto. — minha mãe começou. — Mas eu não vou poder ir.

Dark SoulmateOnde histórias criam vida. Descubra agora