Aisha Collins
— Tem certeza disso? — perguntou Nicholas pela milésima vez.
Ele achou a ideia da psicóloga de pedir desculpas a Amber horrível. Ele insistiu em dizer que ela era uma vagabunda e que merecia coisa bem pior do que eu fiz a ela.
— Tenho. — eu disse olhando para o cemitério.
Desci do carro e senti um vento fria me atingir, balançando meus cabelos. Escutei o som de uma porta se fechando e olhei para trás.
— Eu vou sozinha. — eu disse ao Nicholas que havia saído do carro.
— Mas...
— Sem mas. — o interrompi. — Não tem perigo aqui, se eu precisar de ajuda eu grito.
Parecendo relutante, ele concordou e voltou para dentro do carro.
Eu fechei meus olhos e respirei fundo antes de começar a andar em direção a entrada do cemitério.
Andei pelos túmulos sentindo uma sensação estranha aqui, mas ignorei isso. Depois de procurar, achei seu túmulo.
Amber Scott
— Ok. — eu disse juntando minhas mãos a frente do meu corpo. — Como eu começo?
Olhei para os lados garantindo que não havia ninguém aqui.
— Me desculpa por ter te matado com uma espada? — eu disse em tom de dúvida e a voz falhando. — Eu tô muito merda fazendo isso, que péssima ideia.
Voltei a andar para fora do cemitério, mas no meio do caminho resolvi voltar e tentar de novo.
Respirei fundo e me sentei ao lado do seu túmulo.
— Ok, Amber, você era uma pessoa horrível, mas isso não justifica o que eu te fiz. — eu disse passando minha mão pela terra. — Porém você meio que estava pedindo por isso, né? Mas eu me sinto péssima pelo que te fiz, então me desculpa.
Terminei de dizer e sentia que um terço do peso das minhas costas havia ido embora.
— E por favor, para de atormentar minha cabeça, eu já sei que o que fiz foi ruim.
— Você sabe? Pois eu não estou sentindo muita firmeza no que diz. — escutei sua voz e parada a minha frente estava ela.
— Mas é de coração.
— Não, não é. — ela gritou.
— O que você quer que eu faça? Quer que eu te implore perdão? — eu comecei a me irritar e me levantei ficando a sua frente. — Pois então eu te imploro, me desculpa.
Não sei porque, mas meus olhos encheram de lágrimas.
— Me desculpa por te matar, eu não devia ter roubado sua vida. — comecei a sentir lágrimas cair de meus olhos. — E desculpa Carl também por ter te colocado nesse meio, você estar morto também é minha culpa, mas me desculpem.
Fechei meus olhos sentindo as lágrimas descerem com força.
— Me desculpa, me desculpa. — pedi soluçando e me sentando no chão, abraçando meus joelhos.
Quando consegui me acalmar e abri meus olhos, ela já não estava mais aqui. Nenhuma perturbação da minha cabeça estava aqui, e eu comecei a pensar que talvez tenha dado certo.
Limpei meus olhos e funguei.
Fiquei ali até meu rosto secar e sumir a aparência de quem chorou, porém não sumiu totalmente.
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Dark Soulmate
HorreurVocê acredita em almas gêmeas? Você acredita que um ser tão sádico e cruel poderia ser a alma gêmea de alguém? Por um azar de Aisha, seu destino foi entrelaçado com o de Nicholas, um demônio que quer matar ela, mas não pode porque a vida dos dois e...